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O Reino, A Cruz e a Missão da Igreja


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(Autor: Bispo José Ildo Swartele de Mello)

A Cruz de Cristo e a Missão da Igreja
A cruz é considerada o maior símbolo do cristianismo entre católicos e protestantes em geral. Mas existe uma controvérsia entre católicos e protestantes em torno do crucifixo, ou seja, cruz com Cristo crucificado, que é comum entre os católicos, e a cruz vazia, defendida pelos evangélicos. Reconheço ser problemática a representação de Jesus tanto em esculturas como em gravuras, pinturas, etc, pois não temos como nos assegurar de que o artista está sendo feliz em sua inspiração e devemos acrescentar a isto a preocupação com o mandamento de não fazer imagens que possam induzir a idolatria. Portanto, não quero aqui sair em defesa do uso do crucifixo, mas apenas demonstrar a fraqueza dos argumentos de muitos evangélicos, que, em sua defesa da cruz vazia, criticam os católicos como se a cruz com Cristo ou o Cristo crucificado significasse algo ultrapassado pela ressurreição. Conheci alguns evangélicos que chegavam ao ponto de insinuar com isto que os católicos não crêem na ressurreição. Tem até uma música chamada "Espelhos Mágicos" da banda Oficina G3i que, num determinado trecho, diz: "Só vêem um Cristo vencido em dor. Não conhecem a cruz vazia, pois ressuscitou..." Este trecho da canção parece refletir este debate entre “cruz vazia X crucifixo”, retratando o que muitos evangélicos pensam a respeito dos católicos, afirmando que eles “não conhecem a cruz vazia”, traduz-se: “não sabem que Cristo ressuscitou”. Sim, de fato, alguns crentes chegam a sugerir que os católicos estariam ignorando a ressurreição de Cristo. Este erro é oriundo da tentativa de desenvolver uma identidade evangélica latino-americana muito fixada em estabelecer contraste e fazer oposição à Igreja católica. Picuinhas desta natureza são perigosas por acabarem levando a outros extremos, como, por exemplo, na comemoração da páscoa, quando a maioria evangélica chega a se esquecer da sexta-feira. Parecem estar fugindo do tema da cruz, pulando a cruz e indo direto para a ressurreição. E, a cruz, quando lembrada, é a cruz de Cristo e não também a do discípulo.
Pode ser também que, isto, de evitar o tema da cruz, possa ter contribuído em alguma medida para o sucesso do conceito pré-tribulacionista, tão proeminente entre os evangélicos brasileiros, com seu ensino escapista, que diz que Deus não permitirá que a Igreja passe pela Grande Tribulação. Segundo este conceito teológico a Igreja será arrebatada e o Espírito Santo será removido da Terra antes da manifestação do Anticristo. Mas parece bastante incoerente que o anticristo surja no cenário mundial apenas após o arrebatamento da Igreja e a remoção do Espírito Santo. Mas como é que este inimigo poderá ser nomeado anticristo, visto que, segundo o pretribulacionismo, seriam removidos o Espírito Santo e a Igreja que é o Corpo de Cristo? Se este fosse o caso, este inimigo seria ANTI O QUÊ?
Tem ainda a teologia da prosperidade que ensina que Cristo morreu e sofreu na cruz para que nós pudéssemos viver uma vida livre das doenças, privações e sofrimentos, que é conveniente para aqueles que estão contaminados pelo espírito que atua neste mundo por traz desta sociedade de consumo e que também pensam na cruz apenas em termos do que Cristo sofreu por nós a fim de que pudéssemos desfrutar hoje de uma vida semi-paradisíaca na terra, propondo uma escatologia quase que plenamente realizada, pois que já poderíamos usufruir sem restrições de tudo o que Cristo conquistou na cruz como um direito nosso aqui e agora a ser apropriado pela fé, ignorando, portanto, que estamos vivendo no intervalo entre a primeira e a Segunda Vindas de Cristo, e que neste período presente, experimentamos apenas os primeiros frutos da colheita do Reino do Céu (Rm 8) e que vivemos em esperança, suportando angústias até agora aguardando a plenitude dos tempos que se dará com a manifestação do Filho de Deus por ocasião de sua Segunda Vinda. Vivemos no “já e ainda não”. Portanto, no mundo ainda temos aflições (Jo 16.33). Sabemos que Jesus Reina hoje (Ef 1.22) e que está pondo paulatinamente um a um os seus inimigos debaixo de seus pés (1 Co 15.25), mas ainda não vemos todos os seus adversários subjugados aos seus pés (Hb 2.8). A batalha decisiva já foi travada, Cristo já triunfou na cruz, mas a luta continua até a batalha derradeira do Armagedom. E a nós, como seus seguidores, nos cabe nos identificarmos com ele na sua luta e no seu sofrimento, carregando as nossas próprias cruzes, cumprindo assim o que resta dos sofrimentos de Cristo (Cl 1.24).
Retornando ao tema do debate entre católicos e protestantes, Paulo, por exemplo, não pregava apenas a cruz vazia, pois seu foco principal estava na mensagem da cruz “cheia” com Cristo crucificado! “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios (1 Co 1:23); “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Coríntios 2:2). Nos textos de Gálatas mencionados acima, Paulo deixa claro que não somente Jesus havia sido crucificado, mas que ele também havia sido crucificado juntamente com Cristo de modo que o mundo estava crucificado para ele e ele para o mundo. O servo não é maior do que o seu Senhor, devendo o discípulo sempre ter a consciência de que, seguir o Servo Sofredor, que na cruz morreu, é se identificar com ele em todos os sentidos, não somente na glória da sua ressurreição, mas também na dor de seu sofrimento na cruz. Assim, quem quiser seguir o mestre e herdar o reino, deve estar disposto a tomar a sua própria cruz.
Jesus disse que deveríamos ter memória de seu sacrifício na cruz. Esquecer a morte de Jesus é privar o cristão daquilo que dá sentido à sua vida e também daquilo que deve marcar o seu estilo de vida. Não se deve entender a morte como algo superado pela ressurreição. Páscoa é descobrir a Vida que está no interior da morte. Descobrir na morte a Páscoa, como plenitude de Vida, como Vida definitivamente instalada na existência. Algo assim como na Primavera: abrem-se os botões e entregam a vida, gestada na aparente morte do Inverno. A Vida é o que de melhor alguém pode dar a seu semelhante. Quando alguém é capaz de dar a vida por seus semelhantes, é sinal de que vive em plenitude. Na prática, fazer memória é identificar-se com Cristo e com Cristo Crucificado. Fazer memória da Paixão de Jesus significa manifestar no nosso agir diário, não se dá somente através da celebração do ritual da Ceia do Senhor, mas também em tomar a própria cruz, seguindo e assumindo o modelo e o estilo de vida de Jesus aqui neste mundo como suas testemunhas que somos e devemos ser. E não fazer vã a morte dele na cruz.
O que é que os textos de Isaías 6, Natal, Bodas de Caná, Tempestade no Mar da Galiléia e a crucificação de Cristo têm em comum? O silêncio de Deus por um tempo e o seu aparente abandono que se vê no caos que se abatia sobre Israel no período de Isaías, onde parecia que o Diabo havia se assenhoreado da situação, portas que se fecharam para José e Maria no momento crítico do parto, o vinho que acaba durante a festa e a tempestade que abate o barco em que estão os discípulos com Jesus e a própria condição de abandono experimentada por Cristo na sua cruz. Mas sabemos como a boa mão do Senhor se manifestou em cada um daqueles episódios. Deus é o Senhor da história. Não somos joguetes nas mãos dos homens e dos demônios. O Senhor tem um plano e um caminho no meio da tormenta (Naum 1.3). A cruz faz parte do plano, mas ela não é o capítulo final! Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Os cristãos precisam aprender a carregar a sua própria cruz com perseverança, confiança e total dependência de Deus.
Veremos também as implicações da cruz para a ética e a santificação cristãs e também para a pregação do Evangelho e o exercício da liderança cristã e do ministério pastoral.

A Cruz e o exercício da liderança na Igreja


Queremos um testemunho encarnacional, que não separe a cruz do ministério da Igreja. A cruz não é apenas questão do passado. O discipulado exige que levemos a nossa própria cruz a cada dia. A missão de Deus se prolonga em nós à medida que aprendemos o caminho da cruz, isto requer sacrifício.
A cruz é o tema central de nossa identificação com Cristo. Queremos participar de seu reino, então, participemos de seu sacrifício. Pois os cristãos são seguidores do Messias crucificado. Paulo disse que não pregava outra coisa, senão: o Messias crucificado. O Messias (REI) que não busca o poder para dominar os demais. O que significa o que Paulo disse a respeito de a cruz ser loucura para os gregos?
Jesus veio estabelecer uma nova ordem revolucionária, um reino de ponta cabeça, como bem expressou Kraybill, ao dizer também que o Reino de Deus para uma maneira de viver invertida, que contrasta com a atual ordem social,ii onde os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos (Mt 20.16); onde o maior é aquele que se assemelha a uma criança e é aquele serve aos demais com humildade (Mt 18.1ss); onde o maior é aquele que lava os pés dos outros, tarefa que usualmente era destinada aos servos e escravos (Jo 13.14).
A mensagem da cruz revela o aspecto paradoxal do Reino. O Livro de Apocalipse, por exemplo, mostra algo como que uma inversão da norma comum de poder ao apresentar o Cordeiro de Deus que foi ferido como o único digno de abrir o Livro. Diz ainda que o Cordeiro, que foi condenado e setenciado a morte por Pilatos e que morreu como um criminoso de forma vexatória, aos olhos humanos, numa cruz, está assentado no único trono que está sobre todos e que permanecerá vigente na consumação dos séculos.iii
Cristo nos chama a ser seus discípulos e isto significa que ele nos chama para sermos crucificados. Precisamos experimentar sua morte para então podermos experimentar o poder de sua ressurreição. Tiago e João, em Mt 20, queriam os primeiros lugares no Reino. Jesus pergunta, então, se eles estão dispostos a beber o cálice que ele bebe. Sem refletir, prontamente respondem que sim. Jesus profetiza que eles certamente beberam deste cálice. Sabemos que Tiago foi o primeiro dos doze apóstolos a ser morto como mártir (At 12.2) e João o último. Jesus pediu para que o cálice fosse afastado dele, mas não teve jeito, aceitou tomá-lo livremente dizendo: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42). “Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” (João 18:11). Pedro também tentou se esquivar do cálice, mas resignou-se ao seu destino. Tiago e João só estavam pensando na graça e glória de estarem ao lado de Cristo como primeiro ministros, mas nada sabiam ainda sobre a graça de padecer por Cristo. Todos os apóstolos parecem ter sido martirizados por amor a Cristo. Bem, Jesus mesmo já os havia prevenido: “Quem quiser vir após mim, negue a si mesmo e tome a sua cruz e siga-me” e também: “bebereis do meu cálice e sereis batizados com o batismo com que sou batizado”. Mas Jesus respondeu: “Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai” (Mt 20.22-23).
Houve um período em que os discípulos procuravam se esquivar do tema da cruz. Não entendiam e não faziam questão de entender. Só enxergavam o que queriam ver, como alguém apaixonado que só olha o lado bom e agradável. Jesus falava da cruz (Lc 9.44) e eles ignoravam o tema e logo mudavam de assunto inquirindo e disputando sobre algo que lhes parecia bem mais interessante, ou seja: “qual de nós será o maior no Teu Reino?” (Lc 9.45 e 46). Os discípulos tinham uma concepção do Messias apenas em termos do Rei vencedor, que restauraria o Reino a Israel. Criam que ele se manisfetaria ao mundo com grande poder e glória ainda naqueles dias e não podiam pressupor um caminho de cruz, sofrimento, humilhação e rejeição nem sequer como estágio para o estabelecimento do seu Reino. Sentiam-se prontos para reinar com Cristo, mas tinham que aprender a ser menores como uma criança, pois o menor é que é de fato o maior e também deveriam aprender a servir como servos de todos. (Lc 9.47-48). Em 1 Coríntios 1, vemos algo semelhante acontecendo só que no sentido inverso, ou seja, havia disputa entre os coríntios sobre quem seria o maior dos apóstolos, quem seria o melhor dos cristãos e qual grupo era o mais cristão de todos. Paulo responde a esta disputa que inclusive incluía o seu nome, dizendo que ele nunca quis um lugar de destaque e que ele só quis saber de Cristo e este crucificado. Paulo critica a sabedoria deste mundo que é míope para ver o poder e a sabedoria de Deus que se revelam na “fraqueza” da cruz. Levou um dia para tirar o povo do Egito e 40 anos para tirar o Egito do Povo. Pode-se ver, no próprio capítulo 9 de Lucas, que os discípulos, por vezes, manifestaram o espírito deste mundo: “pediram para descer fogo do céu” (v.54). Jesus repreende perguntando “não sabeis de que espírito sois?” (v. 55). Os discípulos estavam agindo como agem os do mundo procurando destruir e eliminar os que fazem oposição. E queriam também impedir que alguém continuasse a pregar e a expulsar demônios somente por que não faziam parte do mesmo “time” (v. 49). Disputaram por posições (v. 46) e Pedro recomendou que Jesus desse um jeitinho de evitar a cruz, por não entender os planos de Deus. Mas Jesus o repreende “arreda Satanás, pois cogitas das coisas dos homens e não das coisas de Deus.” (Mc 8.33). Pois “quem quiser, pois salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, salvá-la-á.”. O caminho do discipulado é o caminho da cruz. Pois “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3:12).
Jesus foi tentado a demonstrar o poder de Sua divindade (Lc 4.8-10). Entretanto, ele estava determinado a se esvaziar da Sua glória, reduzindo-se a nada, unicamente voltado para a glória do Pai. “No meio de vós, Eu sou como quem serve” (Lc 22:27); Jesus jamais perseguiu a fama, pelo contrário, vivia fugindo dela. Dar testemunho de si mesmo é um pecado grosseiro, pois revela a necessidade carnal de ser o centro das atenções. (Jo 7:18a). “Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando os outros superiores a si mesmo... Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:3-8).
Quanto mais nós crescemos no Espírito de Jesus Cristo, mais cônscios de nossa pobreza nos tornamos e mais nós percebemos que tudo nada vida é uma dádiva imerecida. O tom de nossa vida passa a ser a humildade e alegre atitude de gratidão. O pobre de espírito é a pessoa que menos julga ao seu próximo, diferente do altivo fariseu que orava no templo. A criança é pobre de espírito porque não tem pretensões na base de seu méritos. O Reino pertence às pessoas que não ficam tentando parecer boas para impressionar quem quer que seja. Aí vemos o perigo da hipocrisia e do narcisismo espiritual. As crianças tinham pouco valor na época do Novo Testamento. Sem importância, sem status, não eram contadas. São símbolo dos que são marginalizados pela sociedade, como os pobres, mendigos, prostitutas, coletores de impostos, inferiorizados e envergonhados pela sociedade, mas que foram chamados por Jesus de “pequeninos”. Nunca desprezem um destes meus pequeninos (Mt 18.10). Eles não têm o que temer, o reino pertence a eles (Lc 12.32). Jesus gastou um tempo desproporcional com pessoas descritas como: pobres, cegos, mendigos, leprosos, pecadores, prostitutas, cobradores de impostos, perseguidos, marginalizados, possuídos por espíritos imundos, não religiosos, pequeninos, a ralé da sociedade, os últimos e ovelhas perdidas da casa de Israel. Extrema atenção que ele deu aos perdedores, pecadores e para aqueles que eram tidos como ninguém. Jesus deu preferência aos fracos, perdidos e doentes. Possuía uma incompreensível atração pelos não atraentes, um estranho interesse pelos não desejáveis e desinteressantes e um estranho amor pelos não amados. A Missão da Igreja e o exercício da liderança cristã devem ser exercidos neste espírito de Cristo, de modo humilde, sem autoritarismo, servindo sem interesses mesquinhos como ganância e autopromoção. Grandes coisas podem acontecer quando você não se importa com quem vai levar a fama”. (Mark Twain). Creio que as maiores coisas só acontecem quando você dá fama aos outros.
Precisamos resgatar o conceito de Igreja como Povo de Deus. A Igreja evangélica está sendo ameaçada por novas ditaduras dos que se autodenominam apóstolos ou agem como tal, ainda que com outros títulos, ou com títulos nenhum. A Igreja precisa de uma participação mais democrática, que vise à participação de todos de maneira mais ativa.

iA critica se restringe a um detalhe em particular encontrado em uma música e que reflete o pensamento de muitos evangélicos. Nada contra esta banda em si, que, no geral, é de boa qualidade e possui muitas canções excelentes.
iiKraybill, Donald. O Reino de Ponta-cabeça. Tradução: João Marques Bentes. Campinas: Editora Cristã Unida. 1993. P.15.
iiiMyers, Bryant L. Caminar con Los Pobres. Manual teórico-prático de desarrollo transformador. Buenos Aires: Kairós. 2002. P. 52.

Comentários

  1. "Este trecho da canção parece refletir este debate entre “cruz vazia X crucifixo”, retratando o que muitos evangélicos pensam a respeito dos católicos, afirmando que eles “não conhecem a cruz vazia”, traduz-se: “não sabem que Cristo ressuscitou”.

    Tanto é que os católicos não sabem que Cristo ressuscitou, que todo ano celebram a páscoa de nosso Senhor Jesus Cristo e vivenciam o corpo e sangue na eucaristia.

    É interessante expressar opiniões, desde que seja de maneira inteligente, que não haja nada que impeça o ecumenismo, temos que dar exemplo a sociedade, espalhar e praticar a união, afinal foi um dos atributos que Cristo ensinou as pessoas e nós temos que ser exemplo, respeitando não só a palavra, mas as pessoas. Eu por exemplo não debato com pessoas sendo elas católicos, evangélicos ou de outro segmento que não tenha discernimento adequado, infelizmente ainda vemos muito por ai coisas do tipo: "Ah, os católicos adoram imagens", acho isso uma falta total de argumento, falta o mínimo de instrução, sobra ignorância, para não falar outra coisa. Acho que primeiro as pessoas independente do segmento religioso que segue, deve se instruir e analisar as situações para não sair por ai disseminando bobagens.

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    1. Olá Anderson! Obrigado por deixar aqui o seu comentário. Concordo que devemos atentar mais para os nossos próprios erros do que ficar apontando o dos outros.
      Um grande abraço!

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