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quinta-feira, 4 de novembro de 2021
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
segunda-feira, 31 de maio de 2021
domingo, 4 de abril de 2021
sexta-feira, 2 de abril de 2021
A vitória da Cruz
A cruz é o maior símbolo do cristianismo. No entanto, nas celebrações da Páscoa, muitos crentes fogem do tema da cruz. Pulam a Sexta-feira e vão direto para o Domingo. Preferem falar apenas da cruz vazia. Alguns parecem mesmo se escandalizar com a cruz, vendo nela apenas fraqueza e morte, não atentando para o poder e a vitória da cruz. Paulo não pregava apenas a cruz vazia. De fato, seu foco principal estava na mensagem da cruz “cheia”, com Cristo crucificado! “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios (1 Co 1:23); “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2:2).
A palavra da cruz é poder de Deus (1Co 1.18). Por meio da cruz, nosso pecado foi perdoado (1Co 15.3; 1 Jo.1.7), nossa dívida foi removida (Co 2.14), fomos libertados da lei do pecado e da morte (Ap 1.5), fomos justificados (Rm 5.9), fomos redimidos (Ef 1.7; Ap 5.9), o véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mt 27.51; Hb 10.19) e fomos reconciliados com Deus (Rm 5.10; Ef 2.16; Co 1.20-22), e também, através da cruz de Cristo, foi destruído aquele que tinha o poder da morte, a saber, o diabo (Hb 2.14), pois, Jesus, “despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz.” (Co 2.14–15).
Quando Jesus vier novamente em poder e glória, estará “vestido com um manto encharcado de sangue” enquanto que todos os remidos estarão “vestidos de linho finíssimo, branco e puro” (Ap 19.11-14). Bendito seja o sangue de Jesus, Filho de Deus, que nos purifica de todo pecado! (1Jo 1.7).
Portanto, não devemos entender a morte de Cristo como algo superado pela ressurreição. Foi da cruz que Jesus bradou: “Está consumado”! A ressurreição é o atestado da vitória da cruz! Páscoa é a revelação do triunfo do amor e da vida que nasce da morte! Jesus disse que deveríamos ter memória de seu sacrifício na cruz (1Co 11.25). Esquecer a morte de Jesus é privar o cristão daquilo que dá sentido à sua vida e que também deve caracterizar o seu modo de viver. Jesus venceu na cruz e por meio do seu sangue é que nós também temos a vitória sobre o pecado, o diabo e o mundo! “Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro.” (Ap 12.11).
Feliz Páscoa! Sim, feliz, pois há muito poder e vida brotando sempre desta morte!
Bispo José Ildo Swartele de Mello
segunda-feira, 8 de março de 2021
Mulheres no Evangelho de Marcos
As mulheres receberam um tratamento todo especial no Evangelho de Marcos. Vejamos:
- A primeira pessoa curada foi uma mulher, a sogra de Pedro. Interessante notar que é dito que Jesus a ergueu! (Mc 1.30). Jesus se manifestou para desfazer as obras do Diabo (1Jo 3.8). O Diabo derrubou a mulher, mas Jesus veio para levantar a mulher!
- Se é verdade que por uma mulher entrou o pecado no mundo, tornou-se fato também que, por uma mulher, nasceu o Salvador do Mundo. Maria foi uma das mulheres que testemunhou a morte e o enterro de Jesus depois que os discípulos fugiram (Mc 15:41, 47).
- Aquela mulher que sofria de hemorragia demonstrou ser uma pessoa de fé e atitude corajosa. (Mc 5.27–34).
- A mulher sírio-fenícia destaca-se no Evangelho de Marcos como a única pessoa a desafiar com sucesso as palavras de Jesus, mostrando também discernir, antes mesmo dos apóstolos, que o reino de Deus é destinado a todos e não apenas aos judeus. (Mc 7.24–30.)
- Jesus apreciou e destacou a oferta da Viúva pobre como a mais importante de todas (Mc 12: 41–44),
- Aquela mulher em Betânia que ungiu a Jesus, mostrou reconhecer, antes mesmo dos apóstolos, que Jesus era o Messias e que haveria de morrer (Mc 14:3–9).
- As Mulheres que seguiam e serviam a Cristo estavam aos pés da cruz enquanto os discípulos homens haviam fugido (Mc 15.40–41). Elas testemunham o enterro de Jesus (Mc 15:47). E são as primeiras a visitarem o túmulo e o encontram vazio. (Mc 16.1–8).
- Maria Madalena foi a primeira a ver a Jesus ressuscitado e a primeira a proclamar as boas novas! (Mc 16.9–10).
Numa sociedade patriarcal e machista como aquela, vemos as mulheres sendo resgatadas e erguidas por Jesus, mostrando-se iguais aos homens como seguidoras e servas de Cristo. Elas seguem o exemplo de Jesus que não veio para ser servido, mas para servir (Mc 10.45). Elas demonstram, por vezes, terem até mais fé, coragem e discernimento do que os próprios apóstolos. E Deus concedeu a uma mulher o privilégio de trazer Jesus ao mundo e a uma outra de ser a primeira a contemplar a Jesus ressuscitado e a ser também a primeira a proclamar que Ele ressuscitou!
Viva as mulheres!
Bispo Ildo Mello
(baseado em Robert F. Stoops Jr., Bíblia de Estudo do Faithlife)
sábado, 27 de fevereiro de 2021
domingo, 7 de fevereiro de 2021
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
domingo, 23 de agosto de 2020
sábado, 13 de junho de 2020
terça-feira, 17 de julho de 2018
Atos 13.48 está ensinando a doutrina da predestinação incondicional?
Os calvinistas, interpretam Atos 13.48, como se estisse ali uma declaração de que só creram os que estavam predestinados a salvação. Mas isto não é correto pelas seguintes razões:
Primeiramente, é de fundamental importância observar que os versículos anteriores falam dos judeus rejeitando voluntariamente a pregação do Evangelho. Sendo assim, agora, neste versículo, Lucas está afirmando que, apesar da oposição e rejeição dos judeus, os propósitos pretendidos por Deus estão sendo cumpridos. Ele está dizendo que, de acordo com o plano de Deus, o evangelho alcançou os gentios nesta região.
Além disso, é bom também frisar que o termo grego tasso é de origem militar, sendo comumente utilizado no sentido de dispor soldados em ordem de acordo com a vontade de um oficial. E, quando combinado com δια, é assim traduzido em 1Coríntios 11.34 da seguinte maneira: “Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for.” Portanto, em Atos 13.48, Deus colocou em ordem os gentios a frente dos judeus que até então tinham a prioridade. "Ele veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam, mas a tantos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que creem no seu nome." (Jo 1.11-12). Os gentios, que não eram povo, agora foram colocados na ordem do dia da salvação, passando a fazer parte do povo de Deus. Os ramos originais foram cortados e os da oliveira brava foram enxertados na Oliveira Verdadeira! (Rm 11).
Difícil também seria concluir que Lucas estivesse aqui afirmando que todas as pessoas daquela comunidade que estavam predestinadas a salvação creram naquele mesmo dia e que os que não creram estavam predestinados a perdição, de modo que nenhuma pregação mais seria necessária a eles. Com que autoridade Lucas poderia afirmar tal coisa? Teria ele recebido uma revelação super-especial a este respeito?
domingo, 24 de dezembro de 2017
Os Reis Magos (Mt 2.1-12)
O Natal começou sendo boa notícia para Maria, depois para José, para os pastores, para Ana e Simeão, para os pobres, para o povo de Israel e, agora, para os Reis Magos, os primeiros gentios alcançados pela mensagem do Natal e que vieram de longe para adorar a Jesus.
A semelhança do que fizera a Rainha de Sabá nos dias do Rei Salomão, estes sábios reis também vieram de longe, pagando um alto preço em termos de tempo e recursos financeiros, revelando possuirem grande convicção de fé de que a estrela os guiava a presença do grande Rei! “A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com os homens desta geração e os condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão.” (Lc 11.31).
Eles trouxeram presentes especiais dignos de alguém que é, ao mesmo tempo, Rei, divino e humano. Os reis tributaram honra e glória ao Rei dos reis. Observe o caráter místico e profético destes fabulosos presentes:
1. O ouro lhe foi concedido como tributo a sua realeza, reconhecendo-o como o Messias prometido, o Leão da Tribo de Judá
2. O incenso lhe foi ofertado em reconhecimento de sua divindade.
3. E a mirra, comumente utilizada no embalsamento de corpos, foi-lhe oferecida em reconhecimento de sua humanidade. Eis ali o Verbo que se fez carne para tornar-se o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Os magos representam os gentios. Devido aos três presentes, possivelmente eram também três os reis magos, representando, assim, todos os povos descendentes de Sem, Cão e Jafé, ou seja, as raças branca, negra e amarela, a humanidade como um todo. Algo profético do Reino de Cristo que alcançará todos os povos da terra. “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!” (Ap 7.9–12).
Os magos representavam outras religiões e crenças, que de alguma maneira são alcançados pela luz divina manifesta no explendor especial de uma estrela e também pela revelação das Sagradas Escrituras que acendeu neles aquela centelha de fé que os guiará à terra prometida para se renderem e prestarem culto ao único e verdadeiro Deus.
Eles representam também os cientistas e os sábios de seu tempo que também devem reconhecer que em Jesus Cristo reside o saber mais completo, puro e verdadeiro. “… e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.” (Cl 2.2–3).
A atitude dos Reis Magos aponta para o propósito eterno de Deus, que Paulo resume nos seguintes termos: “desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (Ef 1.9–10). “Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. (Rm 14.11).
Naquela humilde estrebaria, reconheceram que o menino era o Messias! Na manjedoura eles enxergaram um homem, mas reconheceram a Deus! Como eles, adoremos a Jesus como Rei, como Filho de Deus e como o Verbo que se fez carne para morrer em nosso lugar a fim de nos conceder o perdão dos pecados e a vida eterna.
Um feliz Natal!
Ildo Mello
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Atos 2.39
Com a frase “para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.39), Pedro não está restringindo, mas ampliando o conceito de eleição, que, até então, era restrito a comunidade judaica. O Espírito está agora sendo derramado sobre toda a carne (At 2.17). Deus não está chamando apenas judeus, mas também gentios ao arrependimento. “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (At 2.21). “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar.” (Jl 2.32, cp. Rm 10:13). A teologia de Pedro não é ambígua, mas, muito clara a este respeito: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2Pe 3.9–10).
domingo, 23 de março de 2014
Por que temos quatro Evangelhos?
Para alcançar os quatro cantos da terra (Ap 4.6; 7.1; 20.8); como o rio do Jardim do Éden que possuía quatro afluentes para regar a terra! Começando por (1) Jerusalém, estendendo-se por toda a (2) Judeia, (3) Samaria e alcançando (4) os confins da terra.
Para alcançar todas as pessoas, de todas as (1) tribos, (2) povos, (3) línguas e (4) nações (Ap 5.9), e também para ser semeado sobre os quatro tipos de solo (Mt 13) pois os quatro Evangelhos também foram escritos para distintos destinatários: Mateus escreveu para a comunidade judaica, Marcos para os romanos, Lucas para o gentio Teófilo (Lc 1:1-4) e João para que o mundo inteiro saiba que Jesus é o Unigênito de Deus que veio para possibilitar a salvação para todo mundo (Jo 3.16).
Por que há quatro elementos na natureza: terra, água, fogo e ar. Para que a semente do Evangelho fosse plantada em toda a terra (Mt 13), caindo como água que traz a vida (Sl 72.6; Dt 32.2; Os 6.3 e Jo 7.38), queimando como fogo para desfazer as obras do diabo (Lc 12.49; 1 Jo 3.8; Hb 1.7; Is 6.6; 2 Sm 22.13; At 2.3), agindo como luz que espanta as trevas (Jo 1.9; 8.12; 9.5 e 11.19), espalhando-se pelo mundo como o ar que é capaz de penetrar nas cavernas mais profundas e escuras da terra (Ez 37.9; Jo 3.8 e At 2.2).
Para abranger as quatro estações do ano. O Evangelho de Cristo diz respeito a todos os tempos e fases da vida. "Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2 Co 6:2).
Para vislumbrarmos a vida e obra de Cristo de todos os ângulos de um perfeito quadrado, a fim de termos uma visão mais completa, profunda e detalhada dos quatro ofícios de Cristo: Rei, Profeta, Sacerdote e Deus.
Para fundamentar o Tabernáculo de Deus com os homens sobre as "quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro" (Ex 26:32), onde a madeira simboliza a sua humanidade e o ouro a sua divindade. Ali também se vê o véu, que possui a figura dos querubins que, em Ez 10.15, são denominados de seres viventes, o que nos remete aos quatro seres viventes do Apocalipse (4.6 cp. Ez 1.5-28), onde cada um deles representa uma das quatro características de Cristo que vemos destacadas em cada um dos quatro Evangelhos!
O primeiro ser vivente é semelhante a um leão (Ap 4.7), representando Jesus como Rei (ou Messias) como também se vê ressaltado no Evangelho de Mateus, que apresenta Jesus como Messias, salientando Sua majestade. É o Evangelho que mais referências faz às Escrituras do Antigo Testamento, utilizando a genealogia para demonstrar aos judeus que Jesus é da linhagem de Davi.
O segundo é semelhante a um bezerro, que representa a Jesus como servo humilde e sofredor, como também é retratado no Evangelho de Marcos, cujo versículo chave é: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45).
O terceiro possui um rosto semelhante a um homem, representando Jesus como o Filho do Homem, expressão que aparece 28 vezes neste que é o Terceiro Evangelho, "porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19:10). Único Evangelho cuja genealogia vai até Adão, pai da humanidade. Sendo o único também Evangelho que descreve o nascimento e a infância de Jesus. As narrativas de Lucas sãos as que possuem mais cor humana, descrevendo eventos da vida cotidiana, eventos cheios de emoções humanas.
Enquanto os três primeiros animais pertencem a terra, o quarto ser vivente é semelhante a uma águia, que voa no céu! A divindade de Cristo é aqui destacada do mesmo modo como o é no Quarto Evangelho! Jesus é descrito como o Logos divino, como o Criador, o Eu Sou, o Unigênito do Pai, digno de adoração. "Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." (Jo 20:31).
Para confirmar a veracidade dos fatos através do relato de várias testemunhas (2 Co 13:1; Hb 2:3). Mateus, Marcos e João foram testemunhas oculares e Lucas foi um cuidadoso historiador que se valeu do testemunho verbal dos Apóstolos.
E para "poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus" (Ef 3:18-19)
Para que a multiforme graça e sabedoria do Evangelho de Cristo pudesse ser contemplada por você!
"Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1.15).
Para alcançar todas as pessoas, de todas as (1) tribos, (2) povos, (3) línguas e (4) nações (Ap 5.9), e também para ser semeado sobre os quatro tipos de solo (Mt 13) pois os quatro Evangelhos também foram escritos para distintos destinatários: Mateus escreveu para a comunidade judaica, Marcos para os romanos, Lucas para o gentio Teófilo (Lc 1:1-4) e João para que o mundo inteiro saiba que Jesus é o Unigênito de Deus que veio para possibilitar a salvação para todo mundo (Jo 3.16).
Por que há quatro elementos na natureza: terra, água, fogo e ar. Para que a semente do Evangelho fosse plantada em toda a terra (Mt 13), caindo como água que traz a vida (Sl 72.6; Dt 32.2; Os 6.3 e Jo 7.38), queimando como fogo para desfazer as obras do diabo (Lc 12.49; 1 Jo 3.8; Hb 1.7; Is 6.6; 2 Sm 22.13; At 2.3), agindo como luz que espanta as trevas (Jo 1.9; 8.12; 9.5 e 11.19), espalhando-se pelo mundo como o ar que é capaz de penetrar nas cavernas mais profundas e escuras da terra (Ez 37.9; Jo 3.8 e At 2.2).
Para abranger as quatro estações do ano. O Evangelho de Cristo diz respeito a todos os tempos e fases da vida. "Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2 Co 6:2).
Para vislumbrarmos a vida e obra de Cristo de todos os ângulos de um perfeito quadrado, a fim de termos uma visão mais completa, profunda e detalhada dos quatro ofícios de Cristo: Rei, Profeta, Sacerdote e Deus.
Para fundamentar o Tabernáculo de Deus com os homens sobre as "quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro" (Ex 26:32), onde a madeira simboliza a sua humanidade e o ouro a sua divindade. Ali também se vê o véu, que possui a figura dos querubins que, em Ez 10.15, são denominados de seres viventes, o que nos remete aos quatro seres viventes do Apocalipse (4.6 cp. Ez 1.5-28), onde cada um deles representa uma das quatro características de Cristo que vemos destacadas em cada um dos quatro Evangelhos!
O primeiro ser vivente é semelhante a um leão (Ap 4.7), representando Jesus como Rei (ou Messias) como também se vê ressaltado no Evangelho de Mateus, que apresenta Jesus como Messias, salientando Sua majestade. É o Evangelho que mais referências faz às Escrituras do Antigo Testamento, utilizando a genealogia para demonstrar aos judeus que Jesus é da linhagem de Davi.
O segundo é semelhante a um bezerro, que representa a Jesus como servo humilde e sofredor, como também é retratado no Evangelho de Marcos, cujo versículo chave é: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45).
O terceiro possui um rosto semelhante a um homem, representando Jesus como o Filho do Homem, expressão que aparece 28 vezes neste que é o Terceiro Evangelho, "porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19:10). Único Evangelho cuja genealogia vai até Adão, pai da humanidade. Sendo o único também Evangelho que descreve o nascimento e a infância de Jesus. As narrativas de Lucas sãos as que possuem mais cor humana, descrevendo eventos da vida cotidiana, eventos cheios de emoções humanas.
Enquanto os três primeiros animais pertencem a terra, o quarto ser vivente é semelhante a uma águia, que voa no céu! A divindade de Cristo é aqui destacada do mesmo modo como o é no Quarto Evangelho! Jesus é descrito como o Logos divino, como o Criador, o Eu Sou, o Unigênito do Pai, digno de adoração. "Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." (Jo 20:31).
Para confirmar a veracidade dos fatos através do relato de várias testemunhas (2 Co 13:1; Hb 2:3). Mateus, Marcos e João foram testemunhas oculares e Lucas foi um cuidadoso historiador que se valeu do testemunho verbal dos Apóstolos.
E para "poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus" (Ef 3:18-19)
Para que a multiforme graça e sabedoria do Evangelho de Cristo pudesse ser contemplada por você!
"Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1.15).
Bispo José Ildo Swartele de Mello
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Uma Porta Aberta no céu
Uma Porta Aberta no céu (Ap 4)
Apocalipse 4 nos revela a existência de uma porta aberta nos céus. Isto enche o coração humano de esperança! É uma porta que dá acesso a Deus. Uma porta de reconciliação. Uma porta de vida, justiça, alegria e paz. O Senhor quebrará os selos do livro apocalíptico que traz a justiça de Deus sobre a face da terra. "Não chores mais" (Ap 5.5), pois o mal não ficará impune. O bem triunfará sobre o mal. E a paz, a justiça e a felicidade prevalecerão eternamente.
Mas não basta sabermos que a porta dos céus está aberta, pois é necessário também abrirmos a porta do nosso próprio coração para dar lugar a Cristo em nossa vida. O Rei de todo o Universo está batendo a porta dos corações humanos. "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." (Ap 3.20). Jesus quer comunhão conosco. Ele quer reinar em nossos corações. Mas ele não força a entrada, pois espera reciprocidade. Ele se entregou por amor a nós e espera nos cativar com seu grande amor. "Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos." (Zc 4.6).
Deus tem aberto uma porta para o céu e esta porta é Jesus! E você, já abriu a porta do seu coração para Cristo?
O capítulo 4 mostra primeiramente uma porta aberta e também um arco-iris procedentes do trono de Deus. Isto é sinal da graça divina. Mas, cuidado, pois deste trono também procem raios e trovões, o que é sinal do juízo de Deus. A porta está aberta, mas não será assim indefinidamente. Lembremos do episódio da Arca de Noé, quando veio o dilúvio a porta da Arca se fechou. A arca representa a graça, enquanto o dilúvio representa o juízo. Não incorramos no erro das 5 virgens que, imprudentemente, não se prepararam para o advento do noivo (Mt 25.1-13). "Eis aqui e agora o tempo sobremodo oportuno. Eis aqui e agora o dia da salvação!" (2Co 6.2).
Bispo Ildo Mello
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