sábado, 24 de dezembro de 2016

Base Bíblia da Oração de Francisco de Assis

Base Bíblia da Oração de Francisco de Assis

Por Bispo Ildo Mello


Ainda que não seja de sua autoria, esta oração exprime bem o ideal de vida de Francisco de Assis, que inspirou-se no exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo que não veio para ser servido mas para servir. Não trata-se aqui do esforço humano para alcançar a Deus, mas do resultado de uma vida que foi alcançada pela graça de Deus através de Cristo Jesus!

Oração de Francisco de Assis


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. (Is 52.7; Mt 5.9)
Onde houver ódio, que eu leve o amor; (Mt 5.44; Rm 12.20-21)
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; (Lc 6.29; 23.34; Ef 4.32)
Onde houver discórdia, que eu leve a união; (1Co 1.10; Fp 2.14)
Onde houver dúvida, que eu leve a fé; (Ts 1.3; Tg 1.6-8)
Onde houver erro, que eu leve a verdade; (Jo 8.32; 14.6; Tg 5.19-20)
Onde houver desespero, que eu leve a esperança; (Gn 49.18; Sl 31.24; 33.20; Rm 15.13; 1Ts 1.3; Fp 1.20)
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; (At 13.52; Gl 5.22)
Onde houver trevas, que eu leve a luz. (Mt 5.14; Fp 2.15)
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais (1Co 10.24; Fp 2.4)
Consolar, que ser consolado; (2Co 13.11)
compreender, que ser compreendido; (1Rs 3.9)
amar, que ser amado. (Jo 13.34)
Pois é dando que se recebe, (Mt 7.38; At 20.35)
é perdoando que se é perdoado, (Mt 5.7; 6.14-15; Mc 11.25; Lc 6.37; Cl 3.13))
e é morrendo que se vive para a vida eterna. (Mt 16.24; Mc 8.34.37)



Texto Bíblicos


Isaías 52.7
Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! 
Mateus 5.9
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. 
Mateus 5.44
Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 
Romanos 12.20–21
20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. 
Lucas 6.29
Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; 
Lucas 23.34
Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. 
Efésios 4.32
Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. 
1Coríntios 1.10
Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. 
Filipenses 2.14
Fazei tudo sem murmurações nem contendas, 
Tiago 1.6–8
6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; 8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos. 
João 8.32
e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 
João 14.6
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. 
Tiago 5.19–20
19 Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, 20 sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados. 
Gênesis 49.18
A tua salvação espero, ó Senhor! 
Salmo 31.24
Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor. 
Salmo 33.20
Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo. 
Romanos 15.13
E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo. 
1Tessalonicenses 1.3
recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, 
Filipenses 1.20
segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. 
Atos dos Apóstolos 13.52
Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo. 
Gálatas 5.22
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 
Mateus 5.14
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 
Filipenses 2.15
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, 
1Coríntios 10.24
Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem. 
Filipenses 2.4
Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. 
2Coríntios 13.11
Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-vos, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz estará convosco. 
1Reis 3.9
Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo? 
João 13.34
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. 
Atos dos Apóstolos 20.35
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber. 
Mateus 5.7
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 
Mateus 6.14–15
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; 15 se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. 
Marcos 11.25
E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. 
Lucas 6.37
Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; 
Colossenses 3.13
Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; 
Mateus 16.24

Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

3 maneiras de arruinar sua vida

1. Culpar os outros pelo seu fracasso (Gn 3.12 e Pv 28.13); 
2. Reclamar de tudo (Lm 3.39; Nm 11.1; 14.26-36);
3. Não ser agradecido (Sl 106.7; Lc 17.17-18 e 1Ts 5.18).

sábado, 29 de outubro de 2016

Jesus é Deus!

Textos bíblicos em que o termo grego Theos (“Deus”) é aplicado a Jesus Cristo:



João 1.1

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

João 1.18

Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.

João 20.28

Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!

Romanos 9.5

deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!

Tito 2.13

aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus,

Hebreus 1.8

mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino.

2Pedro 1.1

Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo,

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Cinco Minutos de Oração em favor do Brasil

As igrejas evangélicas brasileiras estão se movimentando em convocação para que todo cristão, ao meio dia do dia 7 de setembro, ore cinco minutos pelo Brasil. Esperamos 40 milhões de pessoas de joelhos dobrados nesse dia e horário em favor de nosso país.

Vejam Só: Se a Igreja é o Israel de Deus hoje, as ameaças e promessas...

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Monstros, Vampiros, bruxos...



Monstros, vampiros, bruxas(os), feiticeiras e até demônios estão sendo apresentados de forma amigável em jogos, livros, revistas, filmes, e desenhos animados. Uma verdadeira inversão de valores.

sábado, 6 de agosto de 2016

Lei Maria da Penha completa 10 anos!

Hoje, a lei Maria da Penha completa 10 anos. Apesar dos avanços, ainda tem muita mulher sofrendo violência covarde por parte de homens! Devemos valorizar as mulheres, combatendo todo o mal e injustiça contra elas! Somos todos iguais diante de Deus!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Palestra sobre a Inteira Santificação - Parte 1



Palestra sobre a Inteira Santificação ou Perfeição Cristã no retiro de pastores nazarenos do Norte e Nordeste do Brasil que aconteceu no Rio Grande do Norte na última semana de Julho de 16.

https://pt.scribd.com/document/320204473/A-Inteira-Santificacao

terça-feira, 19 de julho de 2016

Jesus reinará em um trono em Jerusalém?

Há 61 referências a “trono” no Novo Testamento, 46 estão em Apocalipse. Somente 3 delas dizem respeito a tronos aqui na terra, e estes tronos terrestres pertencem a Satanás e a Besta (Ap 2:13; 13:2; 16:10).

O trono de Deus ou de Cristo é sempre celestial! (Ap 1:4; 3:21; 4:2,4-6, 9-10; 5:1, 6-7,11,13; 06:16; 7:9-11,15,17; 8:3; 12:5; 14:3; 16:17; 19:4-5; 20:4,11-12; 21:3,5; 22:1,3). A ampla maioria de referencias ao trono celestial e sua posição elevada demonstram sua primazia sobre qualquer outro trono. Deus é soberano!

Deus não habita e nem jamais habitará em edifícios ou tronos construídos por mãos humanas: “Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por homens. Como diz o profeta: ‘O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés...'"(At 7.48-49 NVI).

Jesus declarou que seu Reino não era deste mundo (Jo 18.36). Jesus está assentado à direita do trono, um lugar de grande honra, e poder (Mc 14:62; Cl 3:1; Hb 8:1; 12:2). Jesus reina hoje e está colocando seus inimigos debaixo de seus pés (1 Co 15.25). E, na Sua Segunda-Vinda, sentar-se-á no "trono da sua glória" para julgar os vivos e os mortos (Mt 25:31). Depois do Juízo Final, teremos Novos Céus e Terra (Ap 21)!

Bispo Ildo Mello

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Apresentação do Salmo 91

Salmo 91

Que tal conversarmos um pouco sobre o Reino de Deus?!

Que tal conversarmos um pouco sobre o Reino de Deus, afinal, este era o tema preferido de Jesus. Ele falou mais a respeito deste tema do que sobre qualquer outro, principalmente por conta da expectativa dos judeus, que entendiam que o Messias, o Rei prometido, viria para restaurar o reino político de Israel. Jesus precisou explicar a verdadeira natureza de seu Reino, ensinando que o seu reino não era do tipo humano e político: "meu reino não é deste mundo” (Jo 18:36). E dizendo: "não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17:20).

Jesus venceu a tentação política relativa aos reinos deste mundo (Mt 4:8-9). Disse a Pedro: “Embainha a tua espada” (Mt 26.52), pois seu reino não vem pela via da força e nem por violência (Zc 4:6; Mt 26:52). Jesus optou pela via da cruz, atraindo todos a si pelo seu amor sacrificial ali revelado (Jo 12.32). Veio como um rei manso e humilde (Lc 19 e Zc 9:9), para estabelecer um reino contrário ao espirito deste mundo. Um reino onde maior é o que serve e onde os últimos é que são os primeiros! (Lc 22.26) E felizes são os humildes, os que choram, os mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos e os que sofrem perseguição por causa de Cristo e seu reino de “justiça e paz e alegria no Espírito Santo” (Mt 5 e Rm 14:17).

Jesus iniciou seu ministério anunciando a proximidade do Reino (Mc 1.15), pouco depois, declarou que o reino já havia chegado: “Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós” (Lc 11:20). Jesus amarrou Satanás: “Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo?" (Mt 12:29). E disse ainda: ”Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso." (Jo 12:31). Ele afirmou ter visto a Satanás caindo, perdendo poder, em um contexto de euforia dos discípulos por terem sido capazes de expulsar demônios em nome de Cristo (Lc 10:18).

Na cruz, Jesus triunfou sobre principados e potestades (Co 2.15). E, depois de ressuscitado, passou quarenta dias discorrendo sobre o Reino de Deus (At 1.4) e, por fim, antes de subir aos céus e assentar-se no trono de sua majestade, declarou: "Todo poder me foi dado no céu e na terra!" (Mt 28:18).

Jesus tornou-se Cabeça de toda autoridade! (Cl 2:10) Do céu, Jesus reina! “E eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado" (Ap 4:2). “Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte." (1 Co 15:25-26). Jesus foi exaltado acima de todos (Fp 2:9); “fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. (Ef 1:20-21).

Jesus é denominado Senhor 664 vezes no Novo Testamento. Senhor é um título superior ao de Rei. Senhor é o Imperador supremo, que governa sobre os reis da Terra. Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores! (Ap 19.16). E nós, seus discípulos, também já reinamos juntamente com Cristo, pois "nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:6). Jesus disse aos seus discípulos: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus" (Mt 16:19). “Recebereis poder" (At 1:8). “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo" (Lc 10:19). As portas do inferno não prevalecerão (Mt 16:18).

Embora cause impacto no mundo material, o reino de Deus se manifesta de maneira espiritual: "Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17:20). Foi por esta razão que o autor de Hebreus afirmou: “Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés... Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas" (Hb 2:8).

O Reino de Deus tem um começo humilde e discreto e vai crescendo e se desenvolvendo de maneira gradativa como um grão de mostarda (Mt 13.31-32). É um reino em que há ainda muito joio misturado no trigo (Mt 13.24-30). As portas do inferno não podem prevalecer contra o Reino (Mt 16.18), mas ainda tem força para impor resistência e perseguição. Mas, "se Deus é por nós, quem será contra nós?... em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Rm 8.35 e 37). A Igreja será bem-sucedida em sua missão de fazer discípulos de todas as nações (Ap 7.9)! "Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar"(Hb 2.14).

Portanto, o Reino de Deus não é facilmente identificado, mas, os que o descobrem, encontram grande alegria (Mt 13:44, 45–46). Deus convida as pessoas para o Reino (1 Ts 2:12 e Mt 22). Devemos partilhar as boas novas do Reino (At 28:31). É necessário fé e arrependimento para entrar no Reino de Deus (Mt 3:1–2). Só os nascidos de novo podem entrar no Reino (Jo 3:3). O Sermão do Monte descreve as qualidades dos cidadãos do Reino (Mt 5:1–19). A vida cristã deve refletir os valores do Reino (1 Ts 2:12).

A plenitude do Reino se dará na Segunda-vinda, quando será destruído o último inimigo que é a morte (1 Co 15.25,26). Teremos o juízo final e os novos céus e terra que Jesus foi preparar e onde estaremos para sempre com Ele e veremos a Deus como ele realmente é. Precisaremos mesmo da eternidade para ir desvendando as facetas deste Deus tão glorioso e eterno! (Mt 25.31-46; 2Ts 1.5-10; Jo 14.2-3; Ap 21 e 1Jo 3.2).

Por Sua graça, pretendo estar lá junto a vocês, meus queridos irmãos e irmãs em Cristo!

Bispo Ildo Mello

terça-feira, 12 de julho de 2016

A graça e o dever do perdão

O perdão graciosamente recebido nos deve conduzir ao perdão misericordiosamente oferecido, pois...

“Quando Deus julgar, não terá misericórdia das pessoas que não tiveram misericórdia dos outros. Mas as pessoas que tiveram misericórdia dos outros não serão condenadas no Dia do Juízo Final.” (Tg 2.13 - NTLH cf. Mt 5.7; 9.13; 12.7; 18.23-34; 25.31-46).

Temos ou não temos que mostrar nossas boas obras?

Jesus disse que não devemos exibir nossa justiça diante dos homens (Mt 6:1), mas também disse que devemos deixar nossa luz brilhar diante dos homens através das boas obras (Mt 5:16). E agora? Jesus quer ou não quer que nossas boas obras se tornem notórias? Devemos praticar a caridade de modo privado ou público? Dar esmolas de maneira oculta (6.3) não é o mesmo que esconder a luz debaixo do alqueire (Mt 5.15)? Se a caridade, o jejum e a oração forem sempre praticados em secreto, como serviremos de modelo e inspiração para as demais pessoas?

Quando Jesus diz que devemos esconder nossas boas ações, ele o faz preocupado com a questão do exibicionismo religioso daqueles que buscam glória para si mesmos. Já, quando ele pede para seus discípulos apresentem-se diante do mundo com suas boas ações, ele o faz tendo em mente a timidez que poderia levar os discípulos a agirem de modo retraído, o que seria danoso tanto para a obra de evangelização como também para a glória de Deus. Portanto, não devemos expor nossas boas obras para a satisfação do nosso ego ou para qualquer outro benefício pessoal (Mt 23.5), mas devemos praticar boas ações para a salvação e a edificação de outras pessoas e, principalmente, para a glória de Deus (Mt 5.16 e 1 Pe 2.12). Sendo assim, devemos constantemente fazer um autoexame para saber quais são as nossas reais motivações.

Um contraste entre dois estilos de vida

Compare o Salmo 1 com o Sermão do Monte (Mt 5-7). Ambos começam com a mesma expressão: “Bem-aventurado”, que significa aquele que é plenamente feliz. Ambos contrastam dois estilos de vida ou dois caminhos que levam a destinos completamente diferentes. (Sl 1.6 e Mt 7:13).
Agora, o contraste não é tão aparente assim aos olhos humanos (Sl 73). A pessoa feliz da perspectiva divina nem sempre é a que está sorrindo. Jesus surpreende a todos com sua lista de pessoas bem-aventuradas! (Mt 5.1-11). Há tempo para todo o propósito debaixo do sol. Há tempo também para chorar (Ec 3.1-4). Quem em lágrimas semeia, um dia colherá com alegria (Sl 126.5). Por isto é que Cristo diz que bem-aventurados são os que choram (Mt 5.4). O justo é como árvore plantada junto ao ribeiro e que dá fruto no seu devido tempo (Sl 1.3). É preciso paciência e perseverança para esperar o tempo da colheita (Gl 6.9).
Os ímpios não prevalecerão no juízo (Sl 1.5). Pode ser até que prevaleçam no juízo humano por suborno ou qualquer outro tipo de influência, mas não no juízo divino. Mais cedo ou mais tarde, ficará evidente a diferença entre a pessoa que serve a Deus e a que o despreza (Sl 1.6 e Mt 7.24-27).
À semelhança do Salmo 1, Jesus conclui seu sermão mostrando a diferença entre o que obedece a Deus e o que não lhe obedece. Deus conhece os justos (Sl 1.6), mas não reconhece como amigo os que são praticantes da iniquidade, não importando se são aparentemente religiosos (Mt 7:23 e Jo 13.17). A casa do prudente tem fundamento e permanecerá, enquanto que a da pessoa desobediente está em solo arenoso e será destruída (Mt 7.24-27). O vento do juízo soprará a palha, mas a pessoa que vive conscientemente na presença da “Palavra” e faz a vontade de Deus, esta permanecerá para sempre (Sl 1.5-6; Mt 7.21-27 e 1 Jo 2.17).

quarta-feira, 6 de julho de 2016

O anseio da alma

Davi estava em um deserto, solitário, carente de água, alimento, conforto e de amigos. Mas, mesmo assim, não estava buscando a Deus por estas coisas. Seu anseio maior e mais urgente era o Senhor: "... A minha alma tem sede de ti. Todo o meu ser anseia por ti..." (Sl 63.1). Revela-se aí a primazia de Deus em sua vida. Seu maior anseio, sua maior ambição, sua maior aspiração, seu maior desejo, e o seu melhor amigo e o seu maior amor!


Este anseio por Deus está cada dia mais raro, mesmo entre aqueles que vão a igreja. Pois, a maioria das pessoas que buscam a Deus, o fazem por coisas desta vida. Deus é tratado como um meio para conseguir boas coisas nesta vida.


Idolatria é colocar qualquer coisa no lugar de Deus. Ocupamos nossas vidas com tantas coisas e atividades para, ainda que inconscientemente, preencher o vazio existencial. Certa vez, conversando no ônibus com um homem que estava embriagado, disse: “Este vazio interior que você tenta preencher com a cachaça, só pode ser verdadeiramente preenchido por Deus.“ Ele respondeu: “Jovem, você disse tudo! Um vazio! Um vazio!" E gemeu de dor, não física, mas emocional e espiritual.


Muitas pessoas tem sede de Deus, mas não se apercebem disto, por estarem entorpecidas por uma série de atividades. As atividades da vida, o trabalho, os estudos, os passeios, os prazeres, os jogos, os vícios e as distrações preenchem nosso tempo e acabam sublimando a nossa maior necessidade e sede.


Você tem amado a Deus sobre todas as coisas? Você tem buscado o Reino de Deus em primeiro lugar? Você tem sede de Deus?


Quando você se sentir abandonado e só, carente e sedento, lembre-se de que somente Deus pode satisfazer os anseios mais profundos da alma humana. Fomos feitos por Deus e para Deus, e, somente nele, a nossa alma pode encontrar plena realização. (Sl 63; Cl 1.16; Ct 1.6-7; Mc 8.36; Jo 7.38 e 10.10).


“O teu amor é melhor do que a vida…” (Sl 63.3). A verdadeira vida só é possível através da experiência e reconhecimento do amor de Deus.


Bispo Ildo Mello

terça-feira, 5 de julho de 2016

ROMANOS 9.20-21 NÃO É BASE PARA A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO

Romanos 9.20-21 não pode ser usado para defender predestinação incondicional, pois refere-se a passagens do Antigo Testamento que ensinam exatamente o contrário (Jr 18.1-10 e Is 29.16). Tais textos mostram que esse vaso de barro, Israel, tem vontade própria, e, por isto mesmo, foi que acabou se quebrando na mão do oleiro. De outro modo, se estivesse totalmente sujeito ao controle das mãos do grande e perito Oleiro, este vaso jamais se quebraria. Mas, mesmo quebrado, ainda pode ser refeito assim como o ramo cortado pode ser enxertado novamente na Oliveira através do arrependimento e fé (Rm 11.23-32). Pois qualquer nação pode escapar do decreto de condenação de Deus se vier a se converter da sua perversidade: “Se em algum momento eu decretar que uma nação ou um reino seja arrancado, despedaçado e arruinado, e se essa nação que eu adverti converter-se da sua perversidade, então eu me arrependerei e não trarei sobre ela a desgraça que eu tinha planejado.” (Jr 18.6-7).

Confira:

“Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? “Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: ‘Por que me fizeste assim?’” O oleiro não tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso?” (Rm 9.20-21 NVI).

“Esta é a palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor: “Vá à casa do oleiro, e ali você ouvirá a minha mensagem”. Então fui à casa do oleiro, e o vi trabalhando com a roda. Mas o vaso de barro que ele estava formando estragou-se em suas mãos; e ele o refez, moldando outro vaso de acordo com a sua vontade. Então o Senhor dirigiu-me a palavra: “Ó comunidade de Israel, será que eu não posso agir com vocês como fez o oleiro?”, pergunta o Senhor. “Como barro nas mãos do oleiro, assim são vocês nas minhas mãos, ó comunidade de Israel. Se em algum momento eu decretar que uma nação ou um reino seja arrancado, despedaçado e arruinado, e se essa nação que eu adverti converter-se da sua perversidade, então eu me arrependerei e não trarei sobre ela a desgraça que eu tinha planejado. E, se noutra ocasião eu decretar que uma nação ou um reino seja edificado e plantado, e se ele fizer o que eu reprovo e não me obedecer, então me arrependerei do bem que eu pretendia fazer em favor dele.” (Jr 18.1-10 NVI)

Paulo se refere a textos do Antigo Testamento em que Israel, como barro, estava agindo, deliberadamente, de modo perverso e arrogante, insurgindo-se contra o Oleiro: “Vocês viram as coisas pelo avesso! Como se fosse possível imaginar que o oleiro é igual ao barro! Acaso o objeto formado pode dizer àquele que o formou: “Ele não me fez”? E o vaso poderá dizer do oleiro: “Ele nada sabe”? (Is 29.16 NVI).

Vencendo a Insônia!

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Qual o significado na Bíblia de Hora Sexta, Hora Nona e Primeira, Segunda. Terceira e Quarta Vigílias?

Dia

Primeira hora - iniciava-se às 06 h
Terceira hora  - iniciava-se às 09 h
Sexta hora      - iniciava-se às 12 h
Nona hora      - iniciava-se às 15 h


Noite

Primeira vigília - iniciava-se às 18 h
Segunda vigília - iniciava-se às 21 h
Terceira vigília  - iniciava-se às 00 h
Quarta vigília    - iniciava-se às 03 h

Como a águia que renova a sua plumagem...


Como a águia, que renova a sua plumagem, através da graça do batismo nós nos vestimos de santidade e justiça. E temos tal pureza renovada sempre que confessamos os nossos pecados (1 Jo 1.9). E temos também os nossos pés sempre lavados por Cristo antes de participamos da Ceia do Senhor (Jo 13.5) para que dela possamos participar com dignidade. “Novamente, terás compaixão de nós; acabarás com as nossas maldades e jogarás os nossos pecados no fundo do mar.” (Mq 7.19).

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Animação de Graça Preveniente

Os Dons do Espírito



Batismo com o Espírito Santo e o dom de línguas Quanto ao Batismo com o Espírito Santo e ao dom de línguas há grande controvérsia devido à ignorância que já era comum mesmo nos dias do Novo Testamento (1 Co 12.1). À luz da Bíblia, vamos primeiramente analisar o batismo com o Espírito Santo para depois estudarmos a questão do dom de línguas. Sobre o Batismo com o Espírito Santo O Apóstolo Paulo ensina que há um só batismo cristão (Ef 4.5). Existiam outros batismos praticados por judeus na época do Novo Testamento, como o de João, mas que não se enquadram na categoria de batismo cristão. Não devemos confundir o batismo de João com o batismo cristão. A igreja cristã não pratica o batismo de João, mas apenas o único batismo cristão que é o do Senhor Jesus Cristo. De modo que os discípulos de João, quando aceitavam a Cristo, precisavam ser novamente batizados em nome do Senhor Jesus: “Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João. Disse-lhes Paulo: João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus. Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus” (At 19.3-5). Quais seriam as diferanças entre o batismo de João e o de Jesus? O Próprio João Batista chamou à atenção para algumas diferenças: "Eu vos batizo com água para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3.11). Isto nos faz lembrar de uma das frases que Jesus disse a Nicodemos: "... Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus" (Jo 3.5). O elemento distintivo do batismo cristão é a "Promessa do Pai" (At 2.39), é o dom do Espírito Santo que regenera o homem (Tt 3.5), capacitando-o a viver a vida cristã e a ser testemunha de Cristo (At 1.8). Toda a vida cristã é mediada pelo Espírito, desde a conversão até a ressurreição. A obra do Espírito se faz presente muito antes de nossa percepção dela. É o Espírito Santo que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), e é o próprio Espírito que promove a regeneração (Jo 3), de modo que somos feitos novas criaturas habitadas e movidas pelo Espírito de Deus. Tito diz que nossa salvação é obra do Espírito Santo que foi derramado abundantemente sobre nós no momento de nossa regeneração: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas por sua graça ele nos salvou, pelo lavar regenerador e purificador do Espírito Santo que ele derramou abundantemente sobre nós...” (Tt 3.5-6a) As virtudes cristãs são denominadas frutos do Espírito (Gl 5 e 6), pois sem Jesus nada podemos fazer (Jo 15.5). Portanto, a vida cristã é uma vida gerada pelo Espírito para ser vivida no poder deste mesmo Espírito: "Se vivemos pelo Espírito, andemos também no Espírito". É pelo Espírito Santo que somos habilitados a reconhecer e confessar que Jesus é Senhor (1 Co 12.1), e é também nele que os cristão são batizados no corpo de Cristo (1 Co 12.13). "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, este tal não é dEle" (Rm 8.9). É o Espírito Santo que testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16; Gl 4.5-6). Para o Apóstolo Paulo, as expressões "estar em Cristo" e "estar no Espírito" são sinônimas (Rm 8.1,9,10). Ele também não vê nenhum problema em denominar o Espírito Santo de "Espírito de Deus" e de "Espírito de Cristo", isto no mesmo versículo (Rm 8.9). Sua concepção da trindade é bem desenvolvida. Não se pode separar Cristo do Espírito Santo. Pois o Espírito Santo e Jesus Cristo são simplesmente inseparáveis (Rm 8.9-10; 2 Co 3.17). Quem recebe a Jesus, recebe o Espírito Santo. O batismo cristão é feito "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19). A Bíblia ensina que os cristãos são templos do Espírito (1 Co 6.19). Jesus disse que os crentes não ficariam órfãos (Jo 14.18), Ele disse que estaria sempre com eles até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Jesus afirmou que o Pai e Ele viriam e fariam morada nos cristãos (Jo 14.23). Paulo ensina que isto se dá através do Espírito: “no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2.22). E Jesus cumpre a Sua promessa enviando o Consolador: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre conosco" (Jo 14.16). Portanto, não existem dois batismos cristãos, um nas águas e outro com o Espírito. O batismo de Jesus inclui a ambos, ou seja, implica no lavar regenerador da água e do Espírito Santo (Tt 3.5). Não devemos também confundir o batismo com Espírito Santo com a plenitude do Espírito. Pois batismo só existe um (Ef 4.5) e a plenitude pode ser experimentada em diversas ocasiões da vida (Ef 5.18). Alguém pode facilmente cometer o equivoco de denominar de Batismo com Espirito Santo uma autêntica experiência de plenitude do Espírito tida num momento posterior a sua conversão, onde dons também podem ter sido comunicados. A mudança de nomenclatura não altera o valor da experiência, que permanece preciosa para o indivíduo. Depois de Pentecostes, não encontramos nenhuma exortação para que cristãos busquem o batismo com Espírito Santo, mas encontramos algumas passagens que exortam os cristãos a se encherem do Espírito (Ef. 5.18; Gl 5.16; 1 Ts 5.19; Ef 4.30). Os apóstolos não exortavam os cristãos a buscarem o batismo com o Espírito Santo, pois era inconcebível a ideia da existência de um cristão sem o Espírito de Deus (Rm 8.9). O cristão é filho de Deus e não existe filiação parcial, pois a graça é total. Não há cristãos pela metade, mas completos, tornados justos pela obra de Jesus e incorporados na comunhão dos santos, desfrutando de todos as bênçãos e privilégios do Evangelho. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo (Ef 1:3)! Sobre o dom de línguas “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”. (1 Co 12:1) Não tem base bíblica os que ensinam que os dons do Espírito eram apenas para o período apostólico visando o estabelecimento da igreja, pois a Bíblia ensina que os dons existem para a expansão e edificação do Corpo de Cristo, como diz Paulo em 1 Coríntios 14:12: "Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja". E a edificação da igreja é um processo contínuo até a Segunda Vinda de Cristo. Por outro lado, os pentecostais estão equivocados quando ensinam que o dom de línguas é o dom sinal do batismo com Espírito Santo, pois eles próprios não possuem os dons e sinais manifestados no dia de Pentecostes. Sim, não possuem os mesmos sinais do Pentecostes, pois no momento do derramamento do Espírito sobre os 120 cristãos que estavam reunidos no cenáculo, foi ouvido um som como de um vento impetuoso, foram vistas línguas como de fogo pousando sobre a cabeça de cada pessoa ali presente e, por fim, todos passaram a falar em outros idiomas, ou seja, em línguas estrangeiras, tanto que, ao saírem do cenáculo, tais idiomas foram compreendidos por pessoas provenientes de distintas partes do mundo. No dia de Pentecostes, nasce a Igreja, falando todas as línguas para alcançar todos os povos, melhor que isto, todos os estrangeiros ali presentes entendiam a mensagem em sua própria língua materna, o que denota um fenômeno reverso daquele da Torre de Babel. Sinal dos Tempos! Sinal da vocação universal da Igreja. As nações originadas e dividas na maldição de Babel (Gn 11), são benditas através do descendente de Abrão (Gn 12), Jesus Cristo, o Rei das Nações, que promove entendimento, unidade e paz. Portanto, estes 3 sinais existiram como um marco histórico do cumprimento da promessa do derramamento do Espírito e do nascimento da Igreja. Podemos afirmar que tais sinais foram e permanecem inéditos. Jamais se teve notícia de que tenham sido reproduzidos do modo como aconteceu em Pentecostes. No entanto, em Atos 2, existe ainda outro grupo de discípulos, os 3 mil, que se converteram e que também foram batizados com o Espírito, mas nada é dito sobre terem falado em línguas, ou sobre ter sido ouvido um barulho como de um vento impetuoso, ou ainda sobre terem sido vistas labaredas de fogo pousando sobre as cabeças no momento do Batismo. Mas outros sinais são mencionados como características da presença e ação do Espírito Santo, tais como perseverança na sã doutrina, comunhão em amor, singeleza de coração e evangelização. Tais sinais, sim, devem estar presentes na vida cristã cheia do Espírito. Existe também no Novo Testamento a referência a outra espécie de dom de línguas, distinta do fenômeno de Atos 2. Paulo menciona o dom de falar línguas estranhas, talvez angelicais (1 Co 13.1), que necessitam o dom espiritual de interpretação para serem compreendidas (1 Co 12-14). Mas Paulo é claro ao dizer que este dom de falar em línguas estranhas, assim como outros dons ali mencionados, não são para todos os crentes, ou seja, nem todos falam em outras línguas. Veja a série de perguntas retóricas que ele faz em 1 Coríntios 12:30: “Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?” Obviamente que, para cada uma destas perguntas, a resposta é a mesma, ou seja, não! Não, nem todos tem o dom de curar. Não, nem todos falam em outras línguas. Não, nem todos tem o dom de interpretar Sendo assim, já que nem todos falam em línguas, como pode subsistir o ensino de que falar em línguas é o indispensável sinal do Batismo com o Espírito Santo? No mesmo capítulo em que Paulo ensina que nem todos falam em línguas, ele também afirma que todos da igreja de Corinto, sem exceção, foram batizados em um só Espírito no Corpo de Cristo (1 Co 12.13). Todos foram batizados com o Espírito Santo, mas nem todos falaram em línguas (1 Co 12.30). Não deveria haver divisão na igreja por causa dos dons. Ninguém deve ser desprezado por não possuir determinado dom. E ninguém deve se sentir diminuído por não falar em línguas. Pois, não importa que dom a pessoa recebeu, porque o importante é saber que o mesmo Espírito é a fonte de todos os dons. “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo” (1 Co 12:4). “Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?” (1 Co 12:15). “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (1Co 12:11). No Pentecostes, cumprisse a promessa do Pai através do derramamento do Espírito sobre a Igreja. E é através do Espírito que alguém é batizado e inserido no Corpo de Cristo que é a Igreja (1Co 12.13). O batismo é ritual de iniciação. É apenas o começo e não o ápice de nossa caminhada cristã. No batismo no Espírito, nascemos para uma nova vida, e graças são comunicadas para que o crente possa viver em novidade de vida, expressando as virtudes de sua nova natureza. É o Espírito quem capacita o cristão a ser testemunha de Cristo. É através dos frutos Espírito que os cristãos são conhecidos (Mt 7.20) e não por qualquer dom em especial, pois a posse do mais extraordinário dos dons sem o fruto do amor não tem nenhum valor algum aos olhos de Deus (1 Co 13). Os falsos profetas não podem ser desmascarados se o critério de avaliação for a posse e o exercício dos dons, pois eles também parecem possuir muitos dons, como, por exemplo, o de profetizar. Jesus advertiu também dizendo: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.22-23). Por isto também exorta o Apóstolo João: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 Jo 4:1). E Paulo igualmente orienta a igreja, dizendo: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1Co 14:29). “Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos” (1Co 14:20). “Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores (Mt 7:15). “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24:24). Portanto, devemos ser muito criteriosos, pois os falsos profetas espertamente se aproveitam da ignorância, da imprudência e da ingenuidade do povo de Deus. Bispo Ildo Mello Desejando saber mais sobre o assunto, sugiro a leitura dos seguintes estudos: 5 Lições sobre os dons do Espírito Santo - http://escatologiacrista.blogspot.com.br/2008/12/dons-do-esprito.html Batizados com água e com fogo! - http://escatologiacrista.blogspot.com.br/2011/04/batizados-com-agua-e-com-fogo.html

sexta-feira, 17 de junho de 2016

A Graça é como a luz do sol


A graça se manifestou como a luz que, vinda ao mundo,  ilumina todas as pessoas que, até então, viviam em plena escuridão. Esta graça habilita todo ser humano a enxergar a luz e a responder ao chamado da Luz com fé.

Como Luz do Mundo (Jo 8.12), Jesus atrai todos a si (Jo 12.32), mas não de modo irresistível e compulsório (Jo 1.11; 3.19; Lc 13.34 ; At 7.51 e Hb 3.7-8).

Segue uma série de versículos bíblicos que mostram a graça atuando em favor de todos os seres humanos, como a luz do sol que brilha sobre todos indistintamente, mas, infelizmente, muitos são os que optam pela escuridão por amarem mais as trevas do que a luz

“O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.” (Is 9:2 NVI) 
“Jesus disse: Eu sou a luz do mundo.” (Jo 8.12 NVI). 
“Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram… para testificar acerca da luz, a fim de que por meio dele todos os homens cressem… Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens.” (Jo 1:4-9 NVI). 
“por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente, para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz.” (Lc 1:78-79 NVI). 
“uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel”. (Lc 2:32 NTLH). 
“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.” (Tt 2:11 NVI). 
“Disse-lhes então Jesus: ‘Por mais um pouco de tempo a luz estará entre vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não os surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo. Creiam na luz enquanto vocês a têm, para que se tornem filhos da luz.’” (Jo 12:35-36 NVI). 
“… Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras, e não lhes obedece, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia.” (Jo 12:46-48 NVI). 
“Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.” (Jo 3:17 -19 NVI).

Graça Convencedora na Teologia Armínio-Wesleyana - Dr. Chuck Gutenson

Graça Preveniente na Teologia Armínio-Wesleyana - Dr. Chuck Gutenson

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Um tição tirado do fogo!

Em 09 de fevereiro de 1709, com cinco anos de idade, John Wesley escapou por pouco da morte em um terrível incêndio que destruiu completamente a sua casa em Epworth. Mais tarde, ele se referiu a si mesmo como "um tição tirado do fogo." (Amós 4:11 e Zacarias 3.2).

Segue um breve relato deste maravilhoso livramento:


O céu, à meia-noite, era iluminado pelo reflexo sombrio das chamas que devoravam vorazmente a casa do pastor Samuel Wesley. Na rua, ouviam-se os gritos: “Fogo! Fogo!” Contudo, a família do pastor continuava a dormir tranqüilamente, até que os escombros ardentes caíram sobre a cama de uma filha, Hetty. A menina acordou sobressaltada e correu para o quarto do pai. Sem poder salvar coisa alguma das chamas, a família foi obrigada a sair casa a fora, vestindo apenas as roupas de dormir, numa temperatura gélida.

A ama, ao ser despertada pelo alarme, arrebatou a criança menor, Carlos, do berço. Chamou os outros meninos, insistindo que a seguissem, e desceu a escada; João, porém, que então contava 5 anos e meio, ficou dormindo.

Três vezes a mãe, Susana Wesley, que se achava doente, tentou, debalde, subir a escada. Duas vezes o pai tentou, em vão, passara pelo meio das chamas, correndo. Sentindo o perigo, ajuntou a família no jardim, onde todos caíram de joelhos e suplicaram em favor da criança presa pelo fogo.
Enquanto a família orava, João acordou e, depois de tentar descer pela escada, subiu numa mala que estava em frente a uma janela, onde um vizinho o viu em pé. O vizinho chamou outras pessoas e, juntos, conceberam o plano de um deles subir nos ombros de um primeiro enquanto um terceiro subia nos ombros do segundo, até alcançarem a criança. Dessa maneira, João foi salvo da casa em chamas, apenas instantes antes de o teto cair com grande fragor.

O menino foi levado, pelos intrépidos homens que o salvaram, para os braços do pai. “Cheguem amigos!”, clamou Samuel Wesley ao receber o filhinho. “Ajoelhemo-nos e agradeçamos a Deus! Ele me restituiu todos os meus filhos. Deixem a casa arder; os meus recursos são suficientes”. Quinze minutos depois, casa, livros, documentos e mobiliário não existiam mais.

Anos mais tarde, em certa publicação, apareceu o retrato de João Wesley e embaixo a representação de uma casa ardendo, com as palavras: “Não é este um tição tirado do fogo?” (Zacarias 3:2).
John Wesley viria a ser o instrumento de Deus para o "Grande Avivamento Metodista" que o historiador Lecky diz ter sido a influência que salvou a Inglaterra de uma revolução igual à que, na mesma época, deixou a França em ruínas.

Da Justificação à Santificação, De Lutero a Wesley



A supremacia da graça! A salvação vai muito além da justificação. Wesley reconhece o ensino bíblico que exalta o poder da graça para sobrepujar os efeitos do pecado. Confira!

O Batismo é como o Casamento


O Batismo é como o casamento, não basta viver juntos, é preciso assumir um compromisso público de amor e fidelidade. É uma aliança publica com Cristo e com o Corpo de Cristo e um compromisso de viver com uma boa consciência diante de Deus.


"... nos dias de Noé, enquanto a arca era construída. Nela apenas algumas pessoas, a saber, oito, foram salvas por meio da água, e isso é representado pelo batismo que agora também salva vocês — não a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso de uma boa consciência diante de Deus — por meio da ressurreição de Jesus Cristo."
(1 Pedro 3:20-21 NVI)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Vejam Só debatendo o Futuro de Israel



Programa Vejam Só
Tema: Deus tem um plano especial para o futuro de Israel? 

CONVIDADOS:

Pr. MARCOS GRANCONATO
Igreja Batista Redenção/ Professor de Teologia/ Escritor


Bp. JOSÉ ILDO MELLO
Presidente Nacional da Igreja Metodista Livre

sábado, 11 de junho de 2016

CRIADOS À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS


O Deus único e verdadeiro decidiu criar os seres humanos à sua imagem e semelhança, não por carência, pois é pleno de felicidade em si mesmo, mas por pura bondade, propiciando ao homem o privilégio de desfrutar de sua vida, amor e comunhão. Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem não é somente matéria, mas um espírito tal como o seu Criador, um ser dotado de inteligência reflexiva e criativa, de liberdade para tomada de decisões, de atribuições e responsabilidades, da capacidade de governar e administrar o restante da criação, de emoções, afetos e da capacidade de amar e de se relacionar com Deus e com seu semelhante.

“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres e o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares. Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome!” (Sl 8:3-9 RA).


(Gênesis 1.26-27,31; 5:1; Salmos 8:3-9; 139:14; Isaías 43:7; Efésios 2.:10)

segunda-feira, 6 de junho de 2016

A primeira profecia: O Protoevangelium!



"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Genesis 3:15).



Protoevangelium ou o primeiro evangelho


Temos aqui a primeira profecia, pronunciada ainda no Éden, logo após a Queda humana em pecado e desgraça. Esta profecia fala do amor de Deus, que não desistiu da humanidade e nem a abandonou a sua própria sorte ou azar. Por amor, Deus promete intervir na história humana, promovendo redenção (Jo 3.16). É o primeiro anúncio do Evangelho! Ótima notícia para os filhos de Adão e péssima para Satanás. O triunfo de Satanás no Éden não é definitivo! Deus está dizendo a Satanás: “Pode ir tirando este sorriso dos lábios e o cavalinho da chuva, e bota tua barba de molho, pois a tua hora vai chegar! Há de nascer um homem capaz de te enfrentar e te vencer!” Assim como o pecado e a maldição entrariam no mundo pela derrota de Adão, a redenção humana viria através da vitória de um segundo Adão, Jesus Cristo, que pisará a cabeça da serpente. Cristo veio em cumprimento de uma promessa feita entre os destroços causados pelo pecado de Adão. Nosso pecado pode ser grande, mas como a promessa é maior do que a transgressão, através de grande sacrifício de Cristo, há libertação! (Rm 5.12-21).

Todo o resto da Bíblia flui deste versículo. Eis um resumo de toda Bíblia!

Cristo está presente neste versículo - Natal, Páscoa e Segunda-Vinda:

  1. Seu nascimento (o descendente da mulher)
  2. Sua Cruz (ferido no calcanhar)
  3. Seu triunfo final sobre o Maligno. Paulo estava se referindo a isto quando escreveu: ”E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás…” (Rm 16:20). 
Cristo é o prometido Descendente da mulher que um dia viria para esmagar a cabeça da Serpente. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. “ Is 9.6). “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.”(Mt 1.23). “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (Jo 1.14).

Neste processo redentor, seu "calcanhar" seria ferido, como aconteceu na cruz, pois, ferido de morte, ressuscitou para pisar a cabeça da serpente. Jesus enfrenta a antiga Serpente, que é Satanás, e vence todas as suas tentações (Mc 1.13 e Hb 4.14.15). O único homem verdadeiramente santo e justo, assume a culpa dos pecadores e a sentença de morte que era certa sobre eles (2 Co 5.21; 1 Jo 3.5 e Is 53.4-12). O intento de Satanás de separar a humanidade de Deus foi frustrado (1 Jo 3.8). O véu do templo se rasgou de alto a baixo! (Mc 15.38). Deus, através de Cristo, está reconciliando consigo o mundo! (2 Co 5.19; Rm 5.1). Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! (Jo 1.29 e 3.17). Nesta guerra contra o Maligno, a grande batalha já foi travada e Jesus saiu-se vencedor! “E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” (Cl 2:15). A batalha decisiva já foi ganha e, em Cristo já somos mais do que vencedores! Mas a luta continua. A guerra contra o mal ainda não acabou. Cristo segue lutando contra o mal através do seu Corpo que é a Igreja. “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.” (Lc 10.19). As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja! (Mt 16.18).

No final, este versículo prediz que Jesus triunfará por completo sobre Satanás. O que acontecerá por ocasião da Batalha Final que culminará com a Segunda-vinda de Cristo, que trará o juízo final contra Satanás. “Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.” (Ap 20:9-10).

Vídeo desta mensagem: https://youtu.be/Je2Wzii-unA

Bispo José Ildo Swartele de Mello

A Primeira Profecia - O "Protoevangelium"

sábado, 28 de maio de 2016

Deveres pastorais




Um(a) pastor(a) deve ter o caráter de um cristão, a sabedoria de um mestre, a fidelidade de um mordomo, a humildade de um servo e o coração de um pai.

Um(a) pastor(a) deve ter:


1. o caráter de um cristão. Como exortou o Apóstolo Paulo: “torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1 Tm 4.12). “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1 Co 11.1).

2. a Sabedoria de um mestre. “E vos darei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência”. (Jr 3:15). Isto exige muito preparo e estudo. “E propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura um cego guiar outro cego? não cairão ambos no barranco?” (Lc 6:39). Deve ser capaz de administrar adequadamente os conflitos e as questões da igreja. Deve ser um conselheiro sábio e prudente. Apto para ensinar como alguém que maneja bem a Palavra da Verdade (1 Tm 3.2 e 2 Tm 2.15).

3. a fidelidade de um mordomo: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel. (1 Co 4:1-2). O papel do mordomo não é ser famoso nem bem sucedido, mas fiel. Não traz novas revelações, mas dedica-se ao ensino da sã doutrina bíblica, sem mistura (2 Co 4.2; 2 Tm 2.2). Que é organizado e disciplinado, pontual e responsável. Alguém confiável. Fiel na execução de tarefas administrativas, no treinamento de líderes e no cuidado dos membros e no cumprimento da missão que lhe foi delegada pelo Senhor. Com o zelo daquele que vela pelas almas como quem há de prestar contas delas (Hb 13:17).

4. a humildade de um servo: Um pastor não deve se comportar como dominador do rebanho, mas deve guiar, inspirar e influenciar pelo exemplo (1 Pe 5:2-3). Deve lembrar-se do gesto do Senhor que lavou os pés dos discípulos e que disse ter vindo para servir e não para ser servido. E não devem fazer nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando os outros superiores a si mesmo, tendo em si o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2:3-8).

5. o coração de um pai: Amoroso, terno e compassivo, que se expressa em cuidado, provisão, socorro, visitação, oração e sacrifício, tudo para garantir a proteção e o bem-estar de seus filhos. (Mt 25.36; Hb 13.17). Que sabe aplicar a disciplina motivado pelo amor cuidador (Hb 12.6). “O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? E se conseguir encontrá-la, garanto- lhes que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam. Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca (Mt 18:12-14).


Louvado seja Deus por todos os pastores(as) que tem honrado sua nobre vocação, agindo como fiéis despenseiros daquilo que lhes foi confiado pelo Senhor da Igreja. E que todos os membros da Igreja de Cristo possam honrar devidamente aos seus pastores(as) conforme a Bíblia que diz: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.” (Hb 13.17).

Bispo Ildo Mello

quarta-feira, 25 de maio de 2016

O movimento wesleyano de santidade e seu impacto nas vidas de Finney e Moody




O grande avivamento wesleyano do Século XVIII continuou produzindo frutos no século seguinte. Veremos aqui dois bons exemplos disto: Finney e Moody.


Um jovem advogado chamado Charles Finney (1792-1875), descobriu o poder santificador e capacitador do Espírito Santo. Ele deu a sua experiência o nome usado em seus dias por alguns metodistas: "recebi um poderoso batismo com o Espírito Santo sem que eu tivesse qualquer expectativa naquele momento ... o Espírito Santo desceu sobre mim de uma maneira que parecia passar por mim, atravessando o meu corpo e alma. Não há palavras para expressar o amor maravilhoso que foi derramado em meu coração. chorei alto de alegria ... " Finney entrou para o "movimento metodista de santidade" recomendando a experiência para todos os cristãos, principalmente para os pastores e líderes.


A partir daí, houve um grande avivamento na cidade de Rochester, com a conversão de mais de duzentas mil pessoas ali. De acordo com o promotor de Rochester, o avivamento naquela cidade resultou numa diminuição de dois terços no índice de criminalidade, mesmo com a população da cidade triplicando por conta do próprio avivamento. Finney foi instrumental no grande avivamento de 1857 a 1858 dos 'grupos de oração', que espalhou-se por dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas. Somente entre janeiro e abril de 1858, cem mil pessoas foram salvas nestas reuniões de oração que aconteciam ao meio-dia.


Algumas décadas mais tarde, Dwight L. Moody (1837-1899), participando desta mesma tradição, foi estimulado pelas continuas orações de duas senhoras Metodistas Livres, “Auntie Cook" e "Mrs. Snow," que clamavam a Deus para que ele recebesse o poder através da plenitude do Espírito Santo. A princípio, ele estranhou que elas estivessem orando por ele, tanto que disse a elas: “Por que vocês estão orando em meu favor? Vocês deveriam orar em favor dos não convertidos.” Mas, logo depois, ele passou também a orar com instancia para que fosse revestido pelo poder do Espírito. Então, como relatou R. A. Torrey, Moody recebeu sua resposta, sem aviso prévio, no meio da agitação e pressa da Wall Street em Nova York:


"O poder de Deus caiu sobre ele enquanto caminhava até a rua e ele teve que apressar-se para a casa de um amigo para pedir o favor de entrar e ficar em um aposento reservado, onde passou horas à sós com Deus. E o Santo Santo veio sobre ele, enchendo sua alma com tanta alegria que, finalmente, ele teve que pedir a Deus para reter a sua mão, para que não morresse de tanta alegria˜.


Moody é reconhecido como o maior evangelista do século XIX. Estabeleceu o Instituto Bíblico Moody que tem servido de grande força aos evangélicos e tem preparado pregadores, missionários e líderes que têm trabalhado em todos os continentes do mundo. Moody era homem simples e honesto Não aceitava enriquecer as custas do Evangelho. Destinava os lucros das vendas do hinário de sua autoria ao sustento das escolas de Northfield. Pouco antes de sua morte, relativamente pobre, declarou: "minha esposa e meus filhos simplesmente terão que confiar no mesmo Deus em que tenho confiado".


Pelo seus frutos os conhecereis!

Bispo Ildo Mello

Fontes:


Torrey, R. A. Why God Used D. L. Moody:
http://www.wholesomewords.org/biography/biomoody6.html
CHARLES G. FINNEY AN AUTOBIOGRAPHY (1908 version) http://www.ntslibrary.com/PDF%20Books/Charles%20Finney.pdf
http://www.avivamentoja.com/pmwiki.php?n=Passado.Finney
http://www.christianitytoday.com/history/2008/august/do-non-charismatics-do-holy-spirit-baptism.html

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Declaração de Fé

  1. Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e a temos como autoridade suprema em assuntos de fé e conduta (2 Tm 3.16-17; 2 Pe 1.20-21).
  2. Cremos em um único Deus, que eternamente coexiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28:19; Jo 1:1-3; Jo 10:30; 2 Co 13:14; Cl 1:15-17; Hb 1:3)
  3. Cremos que “há um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” (Ef 4:6; 1 Co 8:6 e 1 Tm 2.5). Cremos que Ele é santo, justo, compassivo e bondoso, tardio em irar-se e grande em misericórdia e fidelidade (Ex 34.5-6; Dt 6.4; 1 Cr 16.25-27; Sl 86.15; Is 45.5-7; Is 57.15; Jr 10.10; Ml 3.6; 1 Co 8.6; Tg 1.17; 1 Jo 1.5; Ap 1.8).
  4. Cremos que o Filho, Jesus Cristo, é totalmente Deus e totalmente humano (Jo 1.1, 14; Cl 2.9), concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria (Lc 1.35; Mt 1.18-23). Ele é o Criador de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele (Jo 1.3; Cl 1.16-17; Hb 1.2-3), sendo Ele o Todo-Poderoso e eterno (Is 9.6; Ap 1.8; Ap 22.13). Ele viveu sem pecado (Hb 4.15; 1 Pe 2.22), morreu na cruz como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; Is 53.5-6; 1 Pe 3.18), ressuscitou corporalmente ao terceiro dia (1 Co 15.4; Lc 24.6-7), subiu aos céus e está assentado à direita do Pai, de onde governa com poder soberano (Hb 1.3; At 1.9; Ef 1.20-21). Ele voltará pessoal e visivelmente ao final desta era para julgar vivos e mortos, como Juiz de toda a criação (Mt 24.30; Jo 5.22-27; At 1.11; 2 Tm 4.1; Ap 20.11-15). Ele é digno de receber toda adoração que é conferida ao Pai (Fp 2.9-11; Ap 5.12-13; Mt 2.11; Mt 14.33; Mt 28.9; Jo 5.22-23; Hb 1.6; Ap 1.17; Ap 5.11-14).
  5. Cremos na pessoa divina do Espírito Santo, verdadeiro Deus e participante pleno da Trindade, que procede do Pai e do Filho e atua como o Consolador prometido por Cristo, presente e ativo na Igreja (Jo 14.16-17, 26). Seu ministério inclui glorificar o Senhor Jesus Cristo (Jo 16.14) e aplicar a obra redentora de Cristo nos corações dos crentes. Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), capacitando os pecadores a responderem com fé em Cristo. O Espírito Santo regenera o pecador, tornando-o uma nova criação (Tt 3.5; Jo 3.5-6), habita em cada crente e o sela como propriedade de Deus (Ef 1.13-14; 1 Co 3.16). Ele guia (Rm 8.14), instrui e ilumina as Escrituras para o entendimento dos crentes (1 Co 2.12-14), fortalece-os para viverem em santidade (Ef 3.16; Gl 5.22-23) e intercede por eles segundo a vontade de Deus (Rm 8.26-27). O Espírito é mencionado junto ao Pai e ao Filho na administração do Batismo e na concessão de bênçãos (Mt 28.19; 2 Co 13.14), e esteve presente com eles na Criação, onde pairava sobre as águas (Gn 1.2). Ele distribui dons espirituais, capacitando a Igreja a cumprir sua missão e a edificar o corpo de Cristo (1 Co 12.4-11; Ef 4.7-12). O Espírito Santo é eternamente presente e ativo, demonstrando plenamente os atributos de onisciência, onipotência e onipresença de Deus (Sl 139.7; 1 Co 2.10-11).
  6. Cremos que a humanidade foi criada à imagem de Deus, homem e mulher (Gn 1.26-27), mas caiu de seu estado original por desobediência deliberada (Gn 3.1-7), resultando em condenação à morte e separação de Deus (Rm 6.23 e 5.12). Os seres humanos tornaram-se escravos do pecado, incapazes de cumprir plenamente a vontade de Deus (Rm 3.23). No entanto, a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, preparando e capacitando os pecadores a receberem, com fé, o dom gratuito da salvação oferecida em Cristo (Ef 2.8-9; Jo 1.12-13). 
  7. Cremos que a salvação não pode ser alcançada por meio de boas obras ou méritos pessoais, mas unicamente através da graça do Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16; Ef 2.8-10 e Tt 3.4-7). Embora o sangue derramado de Jesus Cristo e Sua ressurreição ofereçam salvação a todas as pessoas (1 Jo 2.2; Rm 5.18-19), essa salvação é eficaz apenas para aqueles que creem no Evangelho (Mc 16.16; Rm 10.9-10; Jo 3.16; Rm 8.14-17). Cremos que a graça salvadora de Deus é oferecida livremente a todos, mas não atua de modo coercivo e irresistível. As pessoas são livres para resistir a ação e oferta da graça (Jo 1.11; Lc 19.41; At 7.51; Hb 3.7-15; Jo 5.40; 2 Ts 2.10-12; Hb 2.3). Cremos que a eleição para a salvação é condicionada à fé em Cristo (Rm 8.29-30; Ef 1.4-5) e que perseverar na fé é essencial para a salvação final (Mt 24.13; Hb 10.36). 
  8. Cremos que a Igreja foi criada por Deus (Mt 16.18), sendo o povo de Deus e o Corpo de Cristo, do qual Ele é Senhor e Cabeça (Ef 1.22-23; Cl 1.18). O Espírito Santo é a sua vida e poder (At 1.8; Ef 3.16-17). A Igreja é ao mesmo tempo divina e humana, celestial e terrestre, ideal e imperfeita (Ef 5.25-27; 1 Jo 1.8). Ela existe para cumprir os propósitos de Deus em Cristo (Ef 3.10-11), ministrando a redenção em Cristo às pessoas (1 Pe 2.9-10). Cristo amou a Igreja e se entregou por ela para torná-la santa e sem mácula (Ef 5.25-27). A Igreja é a comunidade dos redimidos, chamada a viver e pregar o Evangelho e administrar os sacramentos segundo a instrução de Cristo (Mt 28.19-20; 1 Co 11.23-26). Cremos que é nosso dever buscar a plenitude do Espírito Santo, conforme ensinado pelo apóstolo Paulo em Efésios 5.18, para sermos capacitados a vivermos uma vida santa para testemunhar de Cristo e pregar o Evangelho eficazmente a todos os povos, em cumprimento à Grande Comissão (Mt 28.19-20 e At 1.8). A busca pela plenitude do Espírito nos capacita a desenvolver dons espirituais e a viver de maneira santa e agradável a Deus (1 Co 12.4-11; 1 Pe 1.15-16).
  9. Cremos que os sacramentos são sinais exteriores e visíveis de uma graça interior e espiritual, instituídos por Cristo como meios pelos quais Ele comunica aos crentes os benefícios de sua obra redentora. Ordenados pelo Senhor, o batismo e a ceia do Senhor são instrumentos essenciais para o crescimento e fortalecimento da fé cristã. Pelo batismo, simboliza-se a regeneração, a purificação do pecado e a entrada do fiel na comunidade de fé e na aliança de Deus. Pela ceia do Senhor, celebramos a comunhão contínua com Cristo, renovando nossa fé e experimentando sua presença real, que nos fortalece para uma vida de santidade. Reconhecemos que esses sacramentos não agem de forma automática, mas que, para serem eficazes, requerem uma resposta sincera de fé e obediência do participante. Assim, vemos os sacramentos como meios de graça que Deus usa para transformar e edificar o seu povo.
  10. Cremos na segunda vinda de Jesus Cristo de forma pessoal e visível, quando Ele descerá sobre as nuvens do céu com grande poder e glória (Jo 14.3; Mt 24.27-31; At 1.11; 1 Ts 4.16-17; 2 Ts 1.6-10; Ap 1.7). Ele virá para julgar os vivos e os mortos, os quais ressuscitarão – uns para a vida eterna e outros para a condenação (Mt 16.27; 25.31-45; Jo 5.28-29; 2 Tm 4.1; At 17.31; Ap 20.11-15). Assim, todas as coisas serão renovadas, e haverá um novo céu e uma nova terra. Estaremos para sempre com o Senhor, que enxugará dos nossos olhos toda lágrima, e já não haverá morte, luto, pranto ou dor, pois todo mal será destruído e superado para sempre (Ap 21.4).

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