Mostrando postagens com marcador sabedoria. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sabedoria. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de março de 2025

As 10 Virtudes que Fizeram de José um Vencedor – Lições Poderosas para S...


10 virtudes que fizeram de José um vencedor

Por Bispo Ildo Mello


A história de José é fascinante e está repleta de lições para a vida de qualquer um de nós. Ele foi o filho predileto de Jacó (Gn 37:3), por ser o filho de sua amada Raquel (Gn 35:24). Certa vez, Deus deu a José um sonho (Gn 37:5), revelando-lhe que ele seria exaltado e ocuparia uma posição de grande autoridade. Porém, José cometeu a imprudência de compartilhar esse sonho com seus irmãos (Gn 37:5-8), que, tomados pela inveja, conspiraram contra ele, prenderam-no e o jogaram em um poço (Gn 37:19-24).

Ao invés de matá-lo, resolveram vendê-lo como escravo (Gn 37:26-28) e depois enganaram seu pai, Jacó, alegando que um animal selvagem havia tirado a vida de José (Gn 37:31-33). Assim começou a saga desse jovem, que acabaria indo parar na casa de Potifar, um oficial do Egito (Gn 39:1).

Mesmo como escravo, José conquistou a confiança de Potifar (Gn 39:2-6), pois era sábio, honesto e íntegro. Tudo parecia ir bem até que a esposa de Potifar passou a assediá-lo (Gn 39:7-12). José fugiu do pecado, mas, injustamente acusado, foi parar na prisão (Gn 39:20).

Na prisão, ele conheceu dois ex-funcionários do Faraó: o padeiro e o copeiro (Gn 40:1-4). Ambos tiveram sonhos, e José, com a ajuda de Deus, interpretou-os corretamente (Gn 40:5-22). O padeiro acabaria morto, mas o copeiro seria restituído ao seu cargo, e José pediu a ele que se lembrasse de sua situação diante do Faraó (Gn 40:14). Contudo, o copeiro se esqueceu de José (Gn 40:23), que continuou preso por vários anos.

Depois de treze anos de provações (Gn 37:2; 41:46), o Faraó teve um sonho intrigante (Gn 41:1-7) e ninguém conseguia interpretá-lo (Gn 41:8). Foi então que o copeiro se lembrou de José (Gn 41:9-13). Levaram José à presença do Faraó, e ele revelou que haveria sete anos de fartura e sete anos de escassez (Gn 41:14-32). Também aconselhou o Faraó a aproveitar os anos de abundância para se preparar para os anos de fome (Gn 41:33-36). Impressionado, o Faraó constituiu José como governador de todo o Egito (Gn 41:37-45).

Com a chegada da fome, os irmãos de José, que estavam em Canaã, souberam que havia mantimento no Egito (Gn 42:1-5). Eles foram até lá e se depararam com José (Gn 42:6-8), mas não o reconheceram, pois muito tempo havia se passado. Após alguns testes (Gn 42:9-25), José, em vez de se vingar, perdoou-os (Gn 45:1-15) e salvou toda a sua família (Gn 50:15-21). Era o mesmo jovem que, vendido como escravo, acabou se tornando o segundo homem mais poderoso do Egito, usado por Deus para salvar muitas vidas (Gn 45:5-7).

A seguir, vamos às 10 características (virtudes) que fizeram de José um vencedor extraordinário:


1. Visão

José recebeu de Deus um projeto para sua vida por meio de sonhos (Gn 37:5). Ele tinha consciência de que o Senhor o amava e de que havia planos maiores a cumprir. Essa visão encheu seu coração de esperança e o sustentou em momentos de adversidade.

2. Fé

Diante das promessas divinas, José teve fé inabalável. Ele confiou que as palavras de Deus não falhariam (Gn 37:6-7; 50:19-20). Mesmo quando as circunstâncias eram contrárias, José não desistiu, pois cria no cuidado e na provisão do Senhor.

3. Temor de Deus

O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 9:10). José demonstrou isso ao fugir do pecado quando a esposa de Potifar tentou seduzi-lo (Gn 39:7-12). Ele sabia que Deus estava presente e respeitou a santidade do Senhor, mesmo sem ninguém por perto para testemunhar sua fidelidade.

4. Resiliência

Foram treze anos entre a escravidão e o cárcere (Gn 37:2; 41:46). Ainda adolescente, José enfrentou traição dos irmãos (Gn 37:28), falsas acusações (Gn 39:17-20) e esquecimento na prisão (Gn 40:23). Mesmo assim, permaneceu firme, crendo que Deus não o abandonaria.

5. Capacidade de Transformar Crise em Oportunidade

Em todas as situações difíceis, José buscou crescer. Na casa de Potifar, destacou-se até se tornar administrador (Gn 39:4). Na prisão, conquistou a confiança do carcereiro (Gn 39:21-23). Diante de Faraó, mostrou sabedoria e acabou sendo elevado à posição de governador (Gn 41:39-41).

6. Gratidão (Ausência de Murmuração)

Não há relato de José murmurando ou culpando Deus. Ele discerniu a mão divina em tudo e seguiu fazendo o bem (Gn 50:19-20). Essa atitude de ação de graças, mesmo na aflição, o manteve firme e confiante.

7. Não Buscar “Bodes Expiatórios”

José poderia ter passado a vida culpando seus irmãos, Potifar ou o copeiro. Porém, preferiu reconhecer a soberania de Deus sobre cada acontecimento (Gn 45:5-8). Ele não se fez de vítima; antes, seguiu adiante, confiante nos planos do Altíssimo.

8. Perdão e Misericórdia

Mesmo tendo motivos para se vingar, José abraçou seus irmãos e lhes perdoou as ofensas (Gn 45:4-15). Mais tarde, reiterou esse perdão e cuidou deles com generosidade (Gn 50:19-21). O rancor jamais encontrou espaço em seu coração.

9. Sabedoria

A sabedoria de José vinha de seu relacionamento com Deus (Gn 41:38-39). Ele administrou com excelência a casa de Potifar (Gn 39:4-6), a prisão (Gn 39:21-23) e, por fim, o Egito inteiro (Gn 41:40-44). Suas escolhas eram pautadas pelo temor do Senhor e resultavam em bênção.

10. Liderança Servidora

Quando se tornou governador, José não usou o poder para satisfazer interesses egoístas. Antes, colocou sua autoridade a serviço do bem comum, salvando o Egito da fome e cuidando da própria família (Gn 41:53-57; 45:5-7). Ele é um exemplo de líder que abençoa em vez de oprimir.


Perguntas para Reflexão e Aplicação

  1. Você tem buscado discernir o propósito de Deus para sua vida ou apenas quer que Ele abençoe os seus próprios planos?
  2. Como você reage quando as coisas não acontecem como espera?
  3. Você crê que o Senhor continua no controle, mesmo quando tudo parece conspirar contra você?
  4. Diante da tentação, você se lembra de que Deus está vendo? Seu caráter permanece íntegro mesmo quando ninguém está por perto?
  5. Você tem paciência para esperar o tempo de Deus ou tende a apressar as coisas do seu próprio jeito?
  6. Há alguém que você precise perdoar? O que o impede de liberar esse perdão agora?
  7. Como tem administrado os recursos (tempo, talentos, bens, dinheiro, posição de autoridade) que Deus lhe confiou?
  8. Você consegue enxergar como o Senhor pode transformar crises em oportunidades para cumprir Seu propósito na sua vida?
  9. Existe alguma área em que você tem se feito de vítima ou culpado outros pelos seus infortúnios?
  10. Está disposto a deixar Deus moldar seu coração para crescer em fé, esperança, caráter e sabedoria?

Que a inspiradora jornada de José nos motive a viver com visão, fé, temor de Deus, resiliência, gratidão, perdão e sabedoria. E que tudo isso resulte em um coração humilde que use a liderança — ou qualquer autoridade que receber — como serviço em prol do próximo, trazendo glória a Deus e bênção a muitos.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Dez Passos para Decisões Sábias à Luz das Escrituras

Na jornada da vida, somos constantemente desafiados a tomar decisões. Diante das encruzilhadas, buscamos a sabedoria para guiar nossos passos e escolhas. Inspirados pelas Escrituras Sagradas, encontramos um mapa divino que nos conduz à sabedoria e discernimento.

A sabedoria clama, ergue a voz e busca nosso entendimento. Ela está ao nosso alcance, disponível para nos guiar. No entanto, negligenciá-la traz consigo a rota da destruição, pois ela nos convida a compreender, mas o desdém pela sabedoria traz consequências devastadoras. (Provérbios 1:20-33).Este guia oferece dez passos fundamentais, extraídos das Escrituras, para ajudar na tomada de decisões sábias, permitindo-nos navegar pelas escolhas da vida com clareza e confiança.


Dez Passos para Decisões Sábias à Luz das Escrituras:

1. Ore a Deus: Seguindo o exemplo de Jesus em Lucas 6:12, onde Ele orou antes de decisões cruciais, e em Tiago 1:5-8, somos encorajados a pedir sabedoria a Deus, acreditando que Ele generosamente concede essa sabedoria àqueles que pedem com fé.

2. Examine a Bíblia: Quando confrontados com uma multiplicidade de opiniões e vozes, a orientação bíblica é clara: “Procurai compreender qual é a vontade do Senhor” (Efésios 5:17). Essa busca ativa pela vontade divina não é em vão, pois como afirma Provérbios 2:6-7, “Pois é o Senhor quem dá sabedoria; de sua boca vêm o conhecimento e a inteligência. Ele reserva a sensatez para os justos, é escudo para quem vive de forma íntegra”. Além disso, a Palavra de Deus é a própria essência da verdade e é garantida pela fidelidade divina (Salmo 119:160, Salmo 33:4). Sua confiabilidade e importância são enfatizadas em 2 Timóteo 3:16, Provérbios 30:5 e Hebreus 4:12. Esses versículos reforçam a veracidade, a confiabilidade e o impacto da Palavra de Deus, oferecendo uma base sólida para a busca da sabedoria e discernimento em nossas vidas.

3. Examine os fatos: Encare a realidade de frente. Não maquie a situação  e nem subestime  os desafios. Neemias, ao inspecionar Jerusalém antes de iniciar a reconstrução (Neemias 2), demonstra a importância de um reconhecimento pessoal da situação antes de tomar decisões significativas. Provérbios 18:17 destaca a necessidade de ouvir ambos os lados antes de tirar conclusões, enquanto Provérbios 13:16 enfatiza que todo homem prudente age com base no conhecimento.

4. Busque conselhos: Busque a orientação de pessoas sábias e experientes, como instruído em Provérbios 20:18: "Planos são bem-sucedidos quando há bons conselheiros" e 15:22: "Os planos falham por falta de conselhos, mas com muitos conselheiros há sucesso". A sabedoria está em aprender com a experiência daqueles que possuem conhecimento, buscando conselhos e orientações antes de tomar decisões importantes na vida.

5. Calcule o custo: Avalie os prós e os contras, considerando o investimento necessário, como destacado em Provérbios 20:25 e também na orientação de Jesus em Lucas 14:28-30, sobre a importância de calcular o custo antes de começar a construir uma torre, para evitar interrupções e assegurar a conclusão bem-sucedida do projeto. Assim como Neemias avaliou os recursos e os desafios antes de iniciar a reconstrução de Jerusalém (Neemias 2:11-16).

6. Estabeleça uma meta: A Bíblia destaca a importância de determinar objetivos claros e manter o direcionamento. Em 1 Coríntios 9:26, Paulo declara: "Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo." O cristão deve ter objetivos claros e bem definidos, para manter sempre o foco, evitando agir sem direção ou propósito. (Provérbios 17:24 e 4:25-27). Assim como Neemias definiu o objetivo de reconstruir Jerusalém (Neemias 2:17-18), é vital estabelecer metas claras na nossa jornada de vida.

7. Prepare-se para as adversidades: Como mencionado em Provérbios 22:3, “O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as consequências.” A Bíblia ensina a esperar o melhor, mas também a se preparar para o pior cenário possível. Exemplos bíblicos mostram a importância de estar preparado para desafios. Noé construiu uma arca em obediência a Deus, preparando-se para o dilúvio iminente (Gênesis 6:13-22). José, antecipando a fome prevista no Egito, armazenou alimentos para sustentar o povo durante tempos difíceis (Gênesis 41:33-36). Além disso, quando questionado sobre o que fazer se algo desse errado, José estava pronto com um plano de ação (Gênesis 41:46-57). Da mesma forma, devemos considerar possíveis contratempos e estar preparados para enfrentá-los, seja por meio da oração, planejamento ou tomando medidas preventivas, mantendo sempre nossa confiança em Deus diante das adversidades.

8. Enfrente os seus medos: Como afirma Provérbios 29:25, “Quem teme ao homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.” A Bíblia nos lembra que confiar em Deus é o alicerce da verdadeira segurança, enquanto o medo pode nos aprisionar. Todos enfrentamos temores, mas a coragem não é ausência de medo; é agir apesar dele. Exemplos bíblicos ilustram como figuras como Moisés, Jeremias e Abraão, inicialmente relutaram diante do chamado de Deus devido a seus receios pessoais, mas, no fim, confiaram em Deus e seguiram adiante (Êxodo 4:10-12, Jeremias 1:6-8, Gênesis 12:1-4). Entretanto, o medo pode ser paralisante, como ressalta Eclesiastes 11:4: “Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá.” Portanto, é fundamental confrontar e superar os medos, confiando na orientação e no poder de Deus para avançar além das limitações impostas pelo medo.

9. Dê um passo de fé: Provérbios 3:5-6 nos orienta: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” Esta passagem nos encoraja a confiar totalmente em Deus, mesmo quando não entendemos completamente o caminho à frente. Tomar um passo de fé envolve agir com base na confiança em Deus e na Sua orientação, como fez Abraão ao seguir a ordem de Deus para sair de sua terra e seguir para um lugar desconhecido (Gênesis 12:1-4). Isso implica não depender apenas da nossa própria compreensão, mas depositar nossa confiança no Senhor para direcionar nossos passos. Assim, após ponderar todas as considerações anteriores, tomar uma decisão de fé significa agir confiando que Deus guiará e endireitará o caminho conforme Sua vontade.

10. Avalie constantemente: Regularmente reavalie suas decisões, ajustando-as se necessário. Durante suas viagens missionárias, Paulo frequentemente adaptava seus planos e direções de acordo com a orientação do Espírito Santo. Em Atos 16, por exemplo, Paulo e seus companheiros foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar a Palavra em determinadas regiões. Mais tarde, tiveram uma visão de um homem da Macedônia pedindo ajuda, o que os levou a mudar seus planos e seguir para lá. Essa história demonstra a sensibilidade de Paulo à direção divina e sua disposição em ajustar sua rota e planos de acordo com os direcionamentos de Deus, evidenciando a importância de avaliar constantemente a direção e adaptar-se conforme a orientação do Senhor.


Conclusão:

Cada passo, embasado em textos e exemplos bíblicos nos conduz a uma reflexão sobre a importância da oração, do estudo das Escrituras, do discernimento dos fatos, da busca por conselhos sábios, da avaliação dos custos e metas, da preparação para adversidades, do enfrentamento dos medos, da ação com fé e da constante reavaliação.

Ao adotarmos esses princípios em nossa caminhada, permitimos que a sabedoria divina nos oriente pelos desafios, conduzindo-nos a um caminho de discernimento, integridade e confiança na vontade de Deus para nossas vidas.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Lidando biblicamente com a ansiedade

A ansiedade é, sem dúvida, um dos maiores desafios deste século. Muitas pessoas vivem apreensivas em relação ao futuro, sofrendo por antecipação e ampliando suas preocupações. Essa inquietação muitas vezes leva a uma busca desesperada por soluções em remédios, resultando, em alguns casos, em dependência e agravamento dos problemas.

Mas onde encontrar a verdadeira solução para esse mal? Será possível experimentar paz no meio das pressões e tribulações da vida? Qual é o segredo para alcançar essa paz tão desejada? Onde ela reside e como podemos vencer a ansiedade e o temor?

É importante notar que as pessoas não nascem com essa carga de preocupação e angústia; é algo que se desenvolve ao longo da vida. E, assim como aprendemos a carregar esse fardo, podemos também desaprender. Embora não seja uma jornada fácil, estamos, de fato, sujeitos a muitos perigos, e a necessidade de ajuda para lidar com essas ameaças é inegável. E se pudéssemos confiar em Deus a ponto de depositar todas as nossas ansiedades sobre Ele? Certamente, isso seria uma fonte inestimável de alívio.

O Apóstolo Paulo oferece uma lição significativa em sua Carta aos Filipenses (4:4-8). Mesmo aprisionado, ele incentiva seus irmãos de fé a se alegrarem no Senhor, a terem uma atitude amável e a não se deixarem dominar pela ansiedade. Paulo destaca a importância da oração, súplicas e ação de graças, prometendo que a paz de Deus, que transcende toda compreensão, guardará corações e mentes em Cristo Jesus.

É surpreendente perceber que Paulo escreveu essas palavras encorajadoras enquanto estava na prisão, enfrentando perseguições. Ele exorta seus irmãos a encontrar alegria no Senhor, lembrando-os de que Deus está vivo, Jesus ressuscitou e há sempre esperança. Essa alegria, segundo Paulo, é uma fonte de força que pode ser experimentada em todas as circunstâncias.

Histórias como a de Lutero e analogias como o "Travesseiro Marinho" ilustram vividamente a possibilidade de manter a paz interior mesmo diante das maiores tormentas. A paz que Jesus oferece, conforme expressa em João 14:27, é especial e se diferencia da paz passageira do mundo, que muitas vezes é abalada por circunstâncias contrárias.

Refletindo sobre os relatos bíblicos, vemos que é possível experimentar paz mesmo em situações desafiadoras. A resposta dos discípulos à tempestade, a confiança expressa nos Salmos e as palavras reconfortantes do Bom Pastor em João 16:33 destacam a possibilidade de confiar em Deus, independentemente das circunstâncias.

Paulo, com sua confiança inabalável, proclama em Romanos 8:31 que se Deus é por nós, quem será contra nós? Ele assegura que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28), fornecendo uma base sólida para a gratidão em todas as situações.

Sigamos o conselho de Paulo, direcionemos os pensamentos para o que é verdadeiro, nobre, correto, puro, amável e digno de louvor, conforme Filipenses 4:8.

É curioso notar como os cristãos acreditam no poder de Deus para ressuscitar os mortos e conceder a vida eterna, mas hesitam em crer que Ele cuidará das nuances simples do cotidiano. Afinal, aquele que zela pelos pássaros não cuidará também daqueles que confiam Nele? (Mt 6.26).

Na adolescência, eu, um jovem de origem humilde, desempenhava o papel de office-boy durante o dia e frequentava uma escola pública à noite. Minhas perspectivas de futuro se mostravam modestas em comparação aos colegas ricos da minha idade. Certa vez, ao contemplar a beleza do novo carro importado adquirido por um dos diretores da empresa em que trabalhava, fui surpreendido pela ausência de inveja ou tristeza em meu coração. A razão para tal serenidade residia na presença de Jesus em minha vida.

Lembro-me claramente do momento em que, logo após admirar o novo veículo do diretor, optei por caminhar vários quilômetros a pé pelas ruas de São Paulo, em vez de utilizar o ônibus, como forma de economizar o dinheiro do passe. Nesse trajeto, entre lágrimas e cânticos de alegria, entoava a canção que proclama: "louvarás bem alto ao teu Pai celeste quando a glória entrar no coração!" Quem carrega a glória de Deus no coração não se preocupa com o amanhã, pois sabe muito bem que seu futuro está nas mãos de Deus! 

Em uma noite marcante, meu pai voltou para casa com o bolso rasgado, salário roubado e coração despedaçado. Ao testemunhar a angústia de meus pais, questionei-me sobre como pagaríamos as contas e sustentaríamos as crianças. Se pudesse voltar ao passado, diria a meus pais naquela noite sombria: "Deus não nos abandonou! Venceremos! Alegrem-se no Senhor e confiem em Sua bondade e fidelidade."

Entreguemos a Deus nossas ansiedades, confiando na paz que ultrapassa toda compreensão humana. Ao experimentarmos e compartilharmos essa poderosa paz divina, podemos confiar que ela guardará nosso coração e mente em todas as situações, independentemente dos desafios que possamos enfrentar.


Bispo José Ildo Swartele de Mello

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Cinco mandamentos para uma vida abundante

Deuteronômio 10.12-13

“— E agora, Israel, o que é que o Senhor requer de vocês? Não é que vocês temam o Senhor, seu Deus, andem em todos os seus caminhos, amem e sirvam o Senhor, seu Deus, de todo o coração e de toda a alma, para guardarem os mandamentos do Senhor e os seus estatutos que hoje lhes ordeno, para o bem de vocês?” (Deuteronômio 10.12–13, NAA)


Temos aqui cinco mandamentos que vão nos ajudar a viver uma vida plena e significativa, alinhada ao propósito de Deus. Vamos explorar cada um deles, enriquecendo-os com exemplos bíblicos que ilustram sua importância e relevância em nossa jornada espiritual.


1. Temer a Deus é o primeiro deles, pois é o princípio da sabedoria:

O temor a Deus é o reconhecimento da Sua grandeza e soberania sobre todas as coisas. Provérbios 9:10 nos ensina que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e um exemplo poderoso disso é a história de José no livro de Gênesis. Ele temeu a Deus ao resistir à tentação da esposa de Potifar e, por sua obediência, foi abençoado e se tornou um grande líder no Egito, salvando seu povo da fome.


2. O segundo mandamento é andar nos caminhos de Deus:

Andar nos caminhos de Deus é seguir os ensinamentos e princípios que Jesus nos deixou. 1 João 2:6 nos exorta a andar como Ele andou. Um exemplo inspirador disso é a vida de Enoque, mencionado no Antigo Testamento. Ele andou com Deus e foi levado por Ele, pois agradou ao Senhor com sua fé e conduta reta.


3. O terceiro mandamento é amar a Deus:

Amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento é um dos maiores mandamentos, conforme nos ensinou Jesus em Mateus 22:37. Um exemplo marcante de amor a Deus é a vida do apóstolo Paulo, que dedicou sua vida para servi-Lo e espalhar o evangelho a todas as nações, mostrando um amor genuíno e transformador.

4. O quarto mandamento é servir a Deus:

Somos chamados a ser líderes servos, assim como Jesus, que veio ao mundo para servir. Josué 24:15 declara: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor." Uma inspiração nesse sentido é a história de Dorcas (ou Tabita), encontrada em Atos 9:36-39. Ela era conhecida por sua caridade e serviço aos necessitados, demonstrando como o serviço ao próximo é uma forma de servir a Deus.

5. O quinto mandamento é guardar os mandamentos de Deus:

A obediência aos mandamentos do Senhor é uma expressão de nosso amor e reverência a Ele. João 14:15 nos lembra: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos." Um exemplo inspirador de alguém que buscou guardar os mandamentos de Deus é o rei Davi, conhecido como um homem segundo o coração de Deus, apesar de suas falhas. Ele buscava obedecer aos mandamentos do Senhor e demonstrou arrependimento sincero quando falhou. Devemos cumprir a Grande Comissão de fazer discípulos de todas as nações, batizando e ensinando-os a observarem tudo o que nosso Senhor tem nos ordenado (Mt 28.19-20).


Quando praticamos esses cinco mandamentos, encontramos verdadeira felicidade, cumprimos nosso propósito neste mundo e agradamos ao nosso Pai celestial. Assim como os exemplos bíblicos nos inspiram, que possamos crescer cada dia mais em nossa devoção e dedicação ao Senhor. Que Ele nos capacite a viver uma vida que glorifica Seu nome em tudo que fazemos.

Que a paz e a graça de nosso Senhor Jesus Cristo estejam com cada um de vocês!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Como vencer as crises





Deus tem sonhos para todos os seus filhos!

"Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos" (Atos 2:17).

José, ainda moço, teve um sonho de Deus para o seu futuro, o que o fortaleceu para enfrentar as inúmeras e imensas adversidades que assombrariam a sua árdua caminhada. O
sonho o ajudou a superar o seu cativeiro! O sonho o ajudou a vencer o desânimo. Por causa do sonho, ele não desistiu jamais!

Precisamos sonhar para enfrentar os cativeiros e desertos de nossa própria existência.

Vejamos algumas preciosas lições do Salmo 126, que nos ajudam a enfrentar as crises da vida.

Experimente o poder libertador e a alegria de Deus!


O Salmo 126 é a oração de um povo que sofre muito em meio a uma enorme crise. Diante de dificuldades tão ameaçadoras, o povo busca o socorro de Deus (v.4). A fé deste povo não existe num vazio, não é supersticiosa, superficial e abstrata, mas está fundamenta sobre dois pilares: o primeiro é a recordação de um grande evento histórico de libertação que aconteceu no passado (vs. 1-3) e o outro diz respeito à uma experiência mais próxima do dia a dia daquela comunidade agrícola, algo que se repetia todos os anos, uma lição extraída da natureza da vida, em que se pode ver a mão provedora de Deus (vs. 5-6).

O salmista está trazendo a memória aquilo que pode dar esperança (Lm 3.21). A recordação dos grandes feitos do Senhor, como a libertação do cativeiro babilônico, traz esperança, fé, ânimo e alegria: "Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isto estamos alegres!" (v.3). Aquele cativeiro e exílio haviam sido um dos piores momentos da história do povo hebreu, mas, quando tudo parecia perdido, o Senhor manifestou-se Salvador, e as lágrimas converteram-se em sorrisos de enorme alegria (v.2)!

Além disto, como já mencionado, outra inspiração para orar e trabalhar com confiança é uma lição extraída da experiência de vida cotidiana, pois, como lavradores, eles bem sabiam que, muitas vezes, a alegria de uma colheita abundante é conquistada através de um processo que exige muito esforço, perseverança, sofrimento e lágrimas (Vs. 5-6). A história ajuda a entender a vida e a vida ajuda a entender a história. Vida e fé se iluminam mutuamente!

Por vezes, o plantio se faz na penúria. Mas a esperança de uma abundante colheita inspira-os a plantar. A benção é prometida para os trabalhadores, não para os acomodados. “Aquilo que o homem semear, também ceifará” (GL 6.7-9), “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará” (2 CO 9.6), Disse Paulo: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus dá o crescimento” (1Co 3.6). Deus dá o crescimento para aquele que, a despeito das adversidades, planta e rega com fé.

O choro aqui não é de desânimo, desespero e de covardia, e nem é o choro de um fatalista, conformado, que está prostrado nutrindo sentimentos de autocomiseração, e nem de um murmurador passivo e nem muito menos é choro e lamento de um saudosista, que está preso ao passado, como aquele que diz "no meu tempo é que era bom". "No meu tempo"? Uma pessoa viva devia ter a consciência de pertencer ao tempo presente. As memórias de um saudosista, ainda as mais gloriosas, em vez de produzirem encorajamento para encarar as dificuldades e desafios do presente, inspirando à construção de um futuro melhor, acabam por aumentar ainda mais a dor e frustração diante da crise e chegam ao ponto de até mesmo elipsar as conquistas e realizações presentes, como no caso daqueles que em vez de celebrarem a inauguração do novo templo choravam amargamente ao recordarem a glória do templo de Salomão. Em vista disto, o Senhor dirá: "A glória dessa última casa será maior do que a primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei paz diz o Senhor dos Exércitos ( Ageu 2: 9)!". É como diz a canção de Kleber Lucas: "O melhor de Deus ainda está por vir!".

Mas, bem diferente disto, aquele choro era o de quem segue em frente, andando e plantando a semente (v.6), de quem sofre esperançoso de que Deus irá mudar a sua sorte (v.4), comparado ao choro de uma mulher que está dando a luz à um filho (Jo 16.21). É o choro daquele que sabe que seu trabalho e sofrimento não é vão no Senhor (1 Co 15.58).

O salmista transforma o milagre do passado em medida para o futuro. Fruto da intervenção divina, a felicidade desfrutada no passado é trazida à lembrança para ser chamada de volta em oração! Há esperança de que o deserto transforme-se em um manancial de águas como as Torrentes no Neguebe. Situações difíceis e extremas são oportunidades para a intervenção milagrosa de Deus. Devemos trazer a memória apenas aquilo que nos pode dar esperança. Discernindo a boa mão do Senhor em nossa história e na vida.

O milagre da história e da vida nos inspira a orar e a trabalhar com confiança. Portanto, nada de ficar murmurando, nutrindo desespero, pessimismo e espírito de autopiedade. Não se entregue a depressão e nem fique acomodado diante da crise. Pois, o mesmo Deus que operou maravilhas no passado e que é Senhor da vida continua a operar no presente. Ele ainda liberta do cativeiro e transforma deserto em um jardim florido. Deus mudará a sorte daqueles que nEle esperam e semeiam com fé.

Bispo José Ildo Swartele de Mello

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Deus tem visões e sonhos para todos os seus filhos!


Deus tem visões e sonhos para todos os seus filhos!

"Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos" (Atos 2:17).

José, ainda moço, teve um sonho de Deus para o seu futuro, o que o fortaleceu para enfrentar as inúmeras e imensas adversidades que assombrariam a sua árdua caminhada. O sonho o ajudou a superar o seu cativeiro! O sonho o ajudou a vencer o desânimo. Por causa do sonho, ele não desistiu jamais!

Precisamos sonhar para enfrentar os cativeiros e desertos de nossa própria existência.

Neste próximo domingo, pregarei sobre as preciosas lições do Salmo 126, que nos ajudam a enfrentar as crises da vida.

Experimente o poder libertador e a alegria de Deus!

Às 18 h, na imel de Mirandópolis, Rua das Rosas, 445, São Paulo, SP.

Bispo Ildo Mello



Um extrato da mensagem:
O Salmo 126 é a oração de um povo que sofre muito em meio a uma enorme crise. Diante de dificuldades tão ameaçadoras, o povo busca o socorro de Deus (v.4). A fé deste povo não existe num vazio, não é supersticiosa, superficial e abstrata, mas está fundamenta sobre dois pilares: o primeiro é a recordação de um grande evento histórico de libertação que aconteceu no passado (vs. 1-3) e o outro diz respeito à uma experiência mais próxima do dia a dia daquela comunidade agrícola, algo que se repetia todos os anos, uma lição extraída da natureza da vida, em que se pode ver a mão provedora de Deus (vs. 5-6).

O salmista está trazendo a memória aquilo que pode dar esperança (Lm 3.21). A recordação dos grandes feitos do Senhor, como a libertação do cativeiro babilônico, traz esperança, fé, ânimo e alegria: "Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isto estamos alegres!" (v.3). Aquele cativeiro e exílio haviam sido um dos piores momentos da história do povo hebreu, mas, quando tudo parecia perdido, o Senhor manifestou-se Salvador, e as lágrimas converteram-se em sorrisos de enorme alegria (v.2)!

Além disto, como já mencionado, outra inspiração para orar e trabalhar com confiança é uma lição extraída da experiência de vida cotidiana, pois, como lavradores, eles bem sabiam que, muitas vezes, a alegria de uma colheita abundante é conquistada através de um processo que exige muito esforço, perseverança, sofrimento e lágrimas (Vs. 5-6). A história ajuda a entender a vida e a vida ajuda a entender a história. Vida e fé se iluminam mutuamente!

Por vezes, o plantio se faz na penúria. Mas a esperança de uma abundante colheita inspira-os a plantar. A benção é prometida para os trabalhadores, não para os acomodados. “Aquilo que o homem semear, também ceifará” (GL 6.7-9), “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará” (2 CO 9.6), Disse Paulo: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus dá o crescimento” (1Co 3.6). Deus dá o crescimento para aquele que, a despeito das adversidades, planta e rega com fé.

O choro aqui não é de desânimo, desespero e de covardia, e nem é o choro de um fatalista, conformado, que está prostrado nutrindo sentimentos de autocomiseração, e nem de um murmurador passivo e nem muito menos é choro e lamento de um saudosista, que está preso ao passado, como aquele que diz "no meu tempo é que era bom". "No meu tempo"? Uma pessoa viva devia ter a consciência de pertencer ao tempo presente. As memórias de um saudosista, ainda as mais gloriosas, em vez de produzirem encorajamento para encarar as dificuldades e desafios do presente, inspirando à construção de um futuro melhor, acabam por aumentar ainda mais a dor e frustração diante da crise e chegam ao ponto de até mesmo elipsar as conquistas e realizações presentes, como no caso daqueles que em vez de celebrarem a inauguração do novo templo choravam amargamente ao recordarem a glória do templo de Salomão. Em vista disto, o Senhor dirá: "A glória dessa última casa será maior do que a primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei paz diz o Senhor dos Exércitos ( Ageu 2: 9)!". É como diz a canção de Kleber Lucas: "O melhor de Deus ainda está por vir!".

Mas, bem diferente disto, aquele choro era o de quem segue em frente, andando e plantando a semente (v.6), de quem sofre esperançoso de que Deus irá mudar a sua sorte (v.4), comparado ao choro de uma mulher que está dando a luz à um filho (Jo 16.21). É o choro daquele que sabe que seu trabalho e sofrimento não é vão no Senhor (1 Co 15.58).

O salmista transforma o milagre do passado em medida para o futuro. Fruto da intervenção divina, a felicidade desfrutada no passado é trazida à lembrança para ser chamada de volta em oração! Há esperança de que o deserto transforme-se em um manancial de águas como as Torrentes no Neguebe. Situações difíceis e extremas são oportunidades para a intervenção milagrosa de Deus. Devemos trazer a memória apenas aquilo que nos pode dar esperança. Discernindo a boa mão do Senhor em nossa história e na vida.

O milagre da história e da vida nos inspira a orar e a trabalhar com confiança. Portanto, nada de ficar murmurando, nutrindo desespero, pessimismo e espírito de autopiedade. Não se entregue a depressão e nem fique acomodado diante da crise. Pois, o mesmo Deus que operou maravilhas no passado e que é Senhor da vida continua a operar no presente. Ele ainda liberta do cativeiro e transforma deserto em um jardim florido. Deus mudará a sorte daqueles que nEle esperam e semeiam com fé.

Bispo José Ildo Swartele de Mello

Postagem em destaque

Como Enfrentar os Desafios Contemporâneos do Ministério Pastoral

Introdução Pastorear o rebanho de Deus nunca foi uma tarefa fácil. Hoje, então, nem se fala! Desde 1986, quando plantei minha primeira igre...

Mais Visitadas