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terça-feira, 17 de outubro de 2023

📖🎶Música de Fundo na Pregação: Uma Avaliação Teológica

 


📖🎶Música de Fundo na Pregação: Uma Avaliação Teológica


Na busca pela edificação espiritual, é essencial que examinemos as práticas que se tornam comuns nas igrejas. Uma das tendências recentes que merece nossa atenção é a inclusão de música de fundo durante a pregação. Enquanto alguns veem isso como uma forma de criar uma atmosfera espiritual, é importante questionar se essa prática está alinhada com as Escrituras e a mensagem que buscamos transmitir.

1. A Base Bíblica da Música na Pregação 📖


É notável que a Bíblia não endosse a prática de ter música de fundo durante a pregação. Algumas pessoas podem citar o exemplo de Eliseu em 2 Reis 3.15, onde um músico foi chamado antes de ele profetizar. No entanto, é importante notar que esse episódio não estabelece um precedente para a pregação nas igrejas. Esse contexto é específico e não se refere à prática regular da pregação na adoração corporativa. Em vez disso, ele lida com uma situação única em que os reis procuravam orientação divina.

Além disso, ao examinar os relatos das pregações dos apóstolos em Atos e outras partes das Escrituras, não encontramos menção à necessidade de um músico durante a exposição da Palavra de Deus. A pregação nos tempos bíblicos e nas igrejas primitivas estava focada principalmente na proclamação das Escrituras e na explicação das verdades divinas, sem a inclusão de música de fundo.

Portanto, a ausência de exemplos ou orientações claras nas Escrituras sobre o uso de música de fundo na pregação levanta questões sobre a base bíblica dessa prática e incentiva uma reflexão cuidadosa sobre seu papel na adoração e pregação contemporâneas.

2. A Centralidade das Escrituras 📜📖


Devemos lembrar que nossa orientação principal deve ser as Escrituras, não nossas preferências pessoais. O fato de alguém gostar da música de fundo não a torna uma prática bíblica. Devemos sempre buscar aderir à Palavra de Deus em nossos cultos e na pregação, colocando-a como nossa principal fonte de orientação.

3. O Risco da Manipulação 🤔


Outra preocupação que surge com o uso de música de fundo na pregação é o potencial de manipulação. A música, especialmente quando tocada em tons menores, pode afetar as emoções das pessoas, tornando-as mais suscetíveis a aceitar as mensagens sem questionar. Isso pode levar a uma forma de "hipnose coletiva", onde ideias que não estão alinhadas com as Escrituras são introduzidas.

4. O Perigo da Distração 🙅‍♂️


A inclusão de música de fundo na pregação também pode criar distração. Enquanto a intenção pode ser criar uma atmosfera espiritual, muitas vezes a presença de música pode desviar a atenção dos ouvintes da mensagem central. Os crentes podem ficar tão envolvidos na música que perdem parte do conteúdo da pregação, resultando em uma experiência espiritual superficial.

A presença de música de fundo, especialmente se não estiver alinhada com a mensagem ou se for muito dominante, pode distrair o pregador, tornando mais difícil para ele manter o foco e transmitir a mensagem com clareza. Essa perturbação pode afetar a qualidade e a eficácia da pregação, minando a conexão entre o pregador e a congregação.

Além disso, é importante destacar que o músico, em sua imersão na melodia que toca durante a pregação, pode também ser inadvertidamente distraído, não conseguindo dedicar a devida atenção à mensagem.

5. A Diversidade da Congregação 🌍


Cada congregação é composta por pessoas com diferentes bagagens culturais, preferências musicais e sensibilidades. O que pode ser espiritualmente edificante para alguns pode ser perturbador ou irrelevante para outros.

Em última análise, o uso de música de fundo na pregação deve ser cuidadosamente considerado à luz das Escrituras, da diversidade da congregação e do potencial impacto na compreensão e na edificação espiritual. A busca por uma compreensão mais profunda das verdades bíblicas deve sempre ser o objetivo central da pregação, e qualquer elemento que não contribua para esse propósito deve ser examinado criticamente.

No serviço ao Senhor e Sua Igreja,
Bispo Ildo Mello

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Uma exortação para que haja ordem e decência nos cultos

"Tudo, porém, seja feito com decência e ordem" (I Co 14:40)

O Apóstolo Paulo exorta desta maneira a igreja de Corinto que precisava aprender que a ação do Espírito produz ordem e e decência, e não bagunça e confusão. A liberdade do Espírito não é incompatível com a ordem e a decência deste mesmo Espírito, pois "Deus não é Deus de desordem" (1Co 14.33). Portanto, toda desordem no culto não é de procedência divina. Sabedores disto, cabe aos pastores botarem ordem na casa, não permitindo que o culto seja enrolado e descontrolado. Assim como Paulo estabeleceu regras para o bom andamento do culto, devemos nós fazer o mesmo.

Alguns exemplos de coisas que devemos evitar em um culto:

O culto deve ser objetivo, enxuto, sem vãs repetições.

Cada participante deve possuir uma clara consciência da integridade do culto para não invadirmos a área do outro.

Um dirigente de culto e um líder de louvor não devem fazer comentários bíblicos prolongados, visto que já teremos um pregador e nem muito menos devem fazer apelos, isto quebra as pernas do pregador que também pode ter planejado o mesmo. Isto é confusão e não unção! Dirigentes de culto e de louvor devem ser humildes para limitarem-se ao seu papel. Devem obedecer o tempo estipulado para eles.

A ação do Espírito é qualitativa e não necessariamente quantitativa no que diz respeito a duração do culto. Não é a quantidade de hinos, oração, minutos de pregação que farão de um culto uma verdadeira bênção, mas, sim, a qualidade destas ações! Um sermão curto é geralmente preferível por produzir melhores resultados, pois não é pelo muito falar que seremos ouvidos, como ensinou Jesus a respeito da oração e que se aplica a pregação e ao louvor: "e, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos" (Mt 6.7). Quão frequentemente desobedecemos este mandamento do Senhor! Quanta vã repetição em nossas orações, em nossos louvores e em nossas pregações! Quanta desordem em nossos cultos! Ouçamos o que diz o Senhor! Ordem e decência é mandamento do Senhor (1Co 14.37).

Não sejamos enrolados e repetitivos tornando o culto chato e cansativo. Não vamos permitir também longos testemunhos que só fazem é cansar e irritar o povo. Nós pastores somos responsáveis por controlar cada ato do culto. Algumas de nossas igrejas tem tomado a sábia decisão de solicitar aos membros da igreja que comuniquem por escrito ou pessoalmente o seu testemunho ao pastor que se encarregará de transmitir a congregação de modo bem objetivo e dinâmico!

Devemos cuidar também para que não haja lacunas entre um ato e outro do culto. Todos os participantes devem ser devidamente orientados a respeito de quando se dará a sua participação para estarem prontos para fazer isto assim que chegar a hora sem que sequer seja necessário serem anunciados. Cada participante deve se ater a fazer apenas aquilo para o qual foi designado. Por exemplo, alguém que foi chamado para cantar, não deve ler a Bíblia, orar e ficar falando. Cante! Por falta deste cuidado, muitos cultos são chatos e enrolados, pois cada um que participa quer falar além da conta. Falta aí aquele tal de "si mancol" e o pastor é culpado por permitir tais excessos.

O dirigente de louvor não deve ter a liberdade de fazer um culto dentro do culto, ou seja, não deve ele ignorar a integridade do culto, devendo ater-se simplesmente ao seu papel como parte de um todo que deve ser harmonioso. Um dirigente não deve ler a Bíblia, pregar, orar, fazer apelo e ficar repetindo desnecessariamente as canções ou partes delas. A menção de um versículo, uma oração curta e um comentário bem objetivo, coisa que caiba dentro da introdução natural das próprias canções é aceitável, mas o que passar disto... Deve tomar também o cuidado para que o período de louvor não seja longo e cansativo. Mais uma vez, a qualidade é mais importante que a quantidade. Cuidados devem ser tomados para que as canções possuam boa teologia e que haja um bom planejamento e ensaio para apresentar o melhor para o Senhor, evitando canções que o povo já está cansado de cantar e aquelas que o povo parece não ter muito apetite para cantar. Sensibilidade e bom-senso se fazem necessários para escolha de um bom e variado repertório. Os músicos e cantores devem saber que a igreja é que tem a prioridade. Eles não estão ali para se apresentarem para a igreja, mas para levarem toda a congregação a adorar em Espírito e em Verdade. Cuidado com o volume dos microfones e instrumentos para que não sufoquem a voz do povo de Deus. A congregação precisa se ouvir cantando!

A Ceia do Senhor também precisa ser planejada para que aconteça da forma mais organizada possível, remindo o tempo na hora da distribuição dos elementos. Busque a forma mais prática de fazer isto. Procure conversar com colegas para saber como é que eles estão fazendo em busca de conselhos que possam agilizar o processo. Pense também em pegar uma das canções ou hinos que estariam comumente programadas para acontecer durante o momento de adoração para colocá-la no momento da distribuição da Ceia, buscando aquela que seja adequada para o momento. Além disto, em um culto de Ceia, você pode orientar a congregação a se valer do momento de prelúdio do culto para que façam as suas orações de confissão. Desta forma, a Ceia pode muito bem ser o primeiro ato do culto. Que ninguém se atrase mais para o início do culto!

Por falar nisto, exorto aos pastores que comecem o culto pontualmente, nem um minuto mais nem menos. Jamais nos atrasemos para o nosso encontro com o Senhor como Igreja. Não vamos deixar o Senhor esperando! Isto faz parte da ordem e decência devidas ao culto sagrado! Não sejamos relapsos!

Queremos aprimorar a qualidade de nossos cultos sem perder a unção. Queremos aperfeiçoar nossa pregação, nosso louvor e nosso ensino. Queremos ser uma igreja que prima pela excelência em tudo o que faz. Para isto precisaremos rever o que fazemos para ver como podemos aprimorar.

No amor do Senhor,

Bispo José Ildo Swartele de Mello

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