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Que tal conversarmos um pouco sobre o Reino de Deus?!

Que tal conversarmos um pouco sobre o Reino de Deus, afinal, este era o tema preferido de Jesus. Ele falou mais a respeito deste tema do que sobre qualquer outro, principalmente por conta da expectativa dos judeus, que entendiam que o Messias, o Rei prometido, viria para restaurar o reino político de Israel. Jesus precisou explicar a verdadeira natureza de seu Reino, ensinando que o seu reino não era do tipo humano e político: "meu reino não é deste mundo” (Jo 18:36). E dizendo: "não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17:20).

Jesus venceu a tentação política relativa aos reinos deste mundo (Mt 4:8-9). Disse a Pedro: “Embainha a tua espada” (Mt 26.52), pois seu reino não vem pela via da força e nem por violência (Zc 4:6; Mt 26:52). Jesus optou pela via da cruz, atraindo todos a si pelo seu amor sacrificial ali revelado (Jo 12.32). Veio como um rei manso e humilde (Lc 19 e Zc 9:9), para estabelecer um reino contrário ao espirito deste mundo. Um reino onde maior é o que serve e onde os últimos é que são os primeiros! (Lc 22.26) E felizes são os humildes, os que choram, os mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos e os que sofrem perseguição por causa de Cristo e seu reino de “justiça e paz e alegria no Espírito Santo” (Mt 5 e Rm 14:17).

Jesus iniciou seu ministério anunciando a proximidade do Reino (Mc 1.15), pouco depois, declarou que o reino já havia chegado: “Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós” (Lc 11:20). Jesus amarrou Satanás: “Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo?" (Mt 12:29). E disse ainda: ”Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso." (Jo 12:31). Ele afirmou ter visto a Satanás caindo, perdendo poder, em um contexto de euforia dos discípulos por terem sido capazes de expulsar demônios em nome de Cristo (Lc 10:18).

Na cruz, Jesus triunfou sobre principados e potestades (Co 2.15). E, depois de ressuscitado, passou quarenta dias discorrendo sobre o Reino de Deus (At 1.4) e, por fim, antes de subir aos céus e assentar-se no trono de sua majestade, declarou: "Todo poder me foi dado no céu e na terra!" (Mt 28:18).

Jesus tornou-se Cabeça de toda autoridade! (Cl 2:10) Do céu, Jesus reina! “E eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado" (Ap 4:2). “Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte." (1 Co 15:25-26). Jesus foi exaltado acima de todos (Fp 2:9); “fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. (Ef 1:20-21).

Jesus é denominado Senhor 664 vezes no Novo Testamento. Senhor é um título superior ao de Rei. Senhor é o Imperador supremo, que governa sobre os reis da Terra. Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores! (Ap 19.16). E nós, seus discípulos, também já reinamos juntamente com Cristo, pois "nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:6). Jesus disse aos seus discípulos: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus" (Mt 16:19). “Recebereis poder" (At 1:8). “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo" (Lc 10:19). As portas do inferno não prevalecerão (Mt 16:18).

Embora cause impacto no mundo material, o reino de Deus se manifesta de maneira espiritual: "Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17:20). Foi por esta razão que o autor de Hebreus afirmou: “Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés... Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas" (Hb 2:8).

O Reino de Deus tem um começo humilde e discreto e vai crescendo e se desenvolvendo de maneira gradativa como um grão de mostarda (Mt 13.31-32). É um reino em que há ainda muito joio misturado no trigo (Mt 13.24-30). As portas do inferno não podem prevalecer contra o Reino (Mt 16.18), mas ainda tem força para impor resistência e perseguição. Mas, "se Deus é por nós, quem será contra nós?... em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Rm 8.35 e 37). A Igreja será bem-sucedida em sua missão de fazer discípulos de todas as nações (Ap 7.9)! "Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar"(Hb 2.14).

Portanto, o Reino de Deus não é facilmente identificado, mas, os que o descobrem, encontram grande alegria (Mt 13:44, 45–46). Deus convida as pessoas para o Reino (1 Ts 2:12 e Mt 22). Devemos partilhar as boas novas do Reino (At 28:31). É necessário fé e arrependimento para entrar no Reino de Deus (Mt 3:1–2). Só os nascidos de novo podem entrar no Reino (Jo 3:3). O Sermão do Monte descreve as qualidades dos cidadãos do Reino (Mt 5:1–19). A vida cristã deve refletir os valores do Reino (1 Ts 2:12).

A plenitude do Reino se dará na Segunda-vinda, quando será destruído o último inimigo que é a morte (1 Co 15.25,26). Teremos o juízo final e os novos céus e terra que Jesus foi preparar e onde estaremos para sempre com Ele e veremos a Deus como ele realmente é. Precisaremos mesmo da eternidade para ir desvendando as facetas deste Deus tão glorioso e eterno! (Mt 25.31-46; 2Ts 1.5-10; Jo 14.2-3; Ap 21 e 1Jo 3.2).

Por Sua graça, pretendo estar lá junto a vocês, meus queridos irmãos e irmãs em Cristo!

Bispo Ildo Mello

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