(Autor: Bispo José Ildo Swartele de Mello)
A expressão “Jesus é o Senhor” é a confissão mais antiga e elementar da fé cristã (At 2.36, Rm 12.12, At 1.4). Muitos cristãos perderam a sua vida por causa desta que, para muitos, pode até parecer não passar de uma simples e inofensiva expressão. Portanto, não devemos somente apresentar a Jesus como salvador, mas também como Senhor, o que implica na necessidade de arrependimento para se colocar debaixo domínio de Cristo. Não basta aceitar a Cristo, como alguém que recebe um presente, pois é necessário submissão ao seu senhorio. A Igreja não deve ocultar o preço do discipulado. Pois o candidato a discípulo precisa ser confrontado com a necessidade de negar a si mesmo e carregar a sua cruz (Mt 16.24). A salvação não pode ser reduzida à justificação, pois Jesus não somente oferece perdão de pecados, mas também transformação de vidas. A Igreja deve pregar todo o conselho de Deus e não deve dizer apenas aquilo que os homens querem ouvir. Como adverte Padilla, ao dizer que muitos são aqueles que seduzidos pela secularismo e pelo desejo de sucesso a todo custo, estão transformando o evangelho em uma mercadoria cuja aquisição proporciona o êxito na vida e a felicidade pessoal agora e sempre e isto sem custo algum. “O Deus deste cristianismo é o Deus da ‘graça barata’, o Deus que sempre dá, mas nunca exige nada, o Deus feito para o homem que se rege pela lei do menor esforço, o Deus que se concentra naqueles que não tem possibilidade de negarem-se a eles próprios para dedicarem-se a Deus, porque O necessitam como analgésico”.i
iPadilla, C. R. Missão Integral, São Paulo, FTL-B/Temática, 1992. P. 28 e 29.
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