quinta-feira, 13 de abril de 2017
Simão, o cirineu!
“Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz.” (Mt 27.32). Aquele que jamais caiu em pecado, carregou o peso da culpa dos pecados do mundo inteiro. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro... ” (Is 53.6–7). Neste caminho para o matadouro, após ser cruelmente açoitado, mal conseguia suportar o peso da imensa cruz que carregava, chegando a tombar algumas vezes. O Filho de Deus se humilhou a ponto de cair com a cara no chão e de rastejar a caminho da morte. Tudo por amor a todos nós. Tal atitude denuncia toda espécie de orgulho humano! Os soldados romanos forçaram um cirineu chamado Simão a ajudar a carregar a cruz de Cristo. Enquanto Jesus sofria por todos, os seus discípulos mais chegados, que no passado foram chamados a carregarem a cruz (Mt 16.24), o abandonaram, de modo que Jesus acabou sendo socorrido por um estrangeiro que por ali passava. O que nos faz lembrar da Parábola do Bom Samaritano (Lc 10:30-37). Os soldados não estavam sendo necessariamente bondosos com Cristo, o mais provável é que eles agiram assim para que Cristo não morresse no caminho a fim de que pudesse sofrer ainda mais na cruz. Simão, o cirineu, havia saído do Norte da África para celebrar a Páscoa em Jerusalém, e, no caminho, acabou se deparando com o verdadeiro Cordeiro Pascal que tira o pecado do mundo. Ele recebeu a graça de não apenas crer, mas também de padecer por Cristo. Jesus morrerá pelos pecados de todos, incluindo os de cirineu, mas todos somos chamados a carregar a cruz. O Apóstolo Pedro disse que participar dos sofrimentos de Cristo é um grande privilégio e motivo de alegria: “alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1Pe 4.13). Simão, que a princípio foi forçado a carregar a cruz, tornou-se espontaneamente um seguidor de Cristo disposto a seguir carregando a sua própria cruz. E sabemos que seu filho Rufo foi um destacado cooperador de Paulo (Rm 16.13; Mc 15.21). “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” Mt 16.24). Bispo Ildo Mello
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