sábado, 28 de maio de 2016

Deveres pastorais




Um(a) pastor(a) deve ter o caráter de um cristão, a sabedoria de um mestre, a fidelidade de um mordomo, a humildade de um servo e o coração de um pai.

Um(a) pastor(a) deve ter:


1. o caráter de um cristão. Como exortou o Apóstolo Paulo: “torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1 Tm 4.12). “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1 Co 11.1).

2. a Sabedoria de um mestre. “E vos darei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência”. (Jr 3:15). Isto exige muito preparo e estudo. “E propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura um cego guiar outro cego? não cairão ambos no barranco?” (Lc 6:39). Deve ser capaz de administrar adequadamente os conflitos e as questões da igreja. Deve ser um conselheiro sábio e prudente. Apto para ensinar como alguém que maneja bem a Palavra da Verdade (1 Tm 3.2 e 2 Tm 2.15).

3. a fidelidade de um mordomo: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel. (1 Co 4:1-2). O papel do mordomo não é ser famoso nem bem sucedido, mas fiel. Não traz novas revelações, mas dedica-se ao ensino da sã doutrina bíblica, sem mistura (2 Co 4.2; 2 Tm 2.2). Que é organizado e disciplinado, pontual e responsável. Alguém confiável. Fiel na execução de tarefas administrativas, no treinamento de líderes e no cuidado dos membros e no cumprimento da missão que lhe foi delegada pelo Senhor. Com o zelo daquele que vela pelas almas como quem há de prestar contas delas (Hb 13:17).

4. a humildade de um servo: Um pastor não deve se comportar como dominador do rebanho, mas deve guiar, inspirar e influenciar pelo exemplo (1 Pe 5:2-3). Deve lembrar-se do gesto do Senhor que lavou os pés dos discípulos e que disse ter vindo para servir e não para ser servido. E não devem fazer nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando os outros superiores a si mesmo, tendo em si o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2:3-8).

5. o coração de um pai: Amoroso, terno e compassivo, que se expressa em cuidado, provisão, socorro, visitação, oração e sacrifício, tudo para garantir a proteção e o bem-estar de seus filhos. (Mt 25.36; Hb 13.17). Que sabe aplicar a disciplina motivado pelo amor cuidador (Hb 12.6). “O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? E se conseguir encontrá-la, garanto- lhes que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam. Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca (Mt 18:12-14).


Louvado seja Deus por todos os pastores(as) que tem honrado sua nobre vocação, agindo como fiéis despenseiros daquilo que lhes foi confiado pelo Senhor da Igreja. E que todos os membros da Igreja de Cristo possam honrar devidamente aos seus pastores(as) conforme a Bíblia que diz: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.” (Hb 13.17).

Bispo Ildo Mello

quarta-feira, 25 de maio de 2016

O movimento wesleyano de santidade e seu impacto nas vidas de Finney e Moody




O grande avivamento wesleyano do Século XVIII continuou produzindo frutos no século seguinte. Veremos aqui dois bons exemplos disto: Finney e Moody.


Um jovem advogado chamado Charles Finney (1792-1875), descobriu o poder santificador e capacitador do Espírito Santo. Ele deu a sua experiência o nome usado em seus dias por alguns metodistas: "recebi um poderoso batismo com o Espírito Santo sem que eu tivesse qualquer expectativa naquele momento ... o Espírito Santo desceu sobre mim de uma maneira que parecia passar por mim, atravessando o meu corpo e alma. Não há palavras para expressar o amor maravilhoso que foi derramado em meu coração. chorei alto de alegria ... " Finney entrou para o "movimento metodista de santidade" recomendando a experiência para todos os cristãos, principalmente para os pastores e líderes.


A partir daí, houve um grande avivamento na cidade de Rochester, com a conversão de mais de duzentas mil pessoas ali. De acordo com o promotor de Rochester, o avivamento naquela cidade resultou numa diminuição de dois terços no índice de criminalidade, mesmo com a população da cidade triplicando por conta do próprio avivamento. Finney foi instrumental no grande avivamento de 1857 a 1858 dos 'grupos de oração', que espalhou-se por dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas. Somente entre janeiro e abril de 1858, cem mil pessoas foram salvas nestas reuniões de oração que aconteciam ao meio-dia.


Algumas décadas mais tarde, Dwight L. Moody (1837-1899), participando desta mesma tradição, foi estimulado pelas continuas orações de duas senhoras Metodistas Livres, “Auntie Cook" e "Mrs. Snow," que clamavam a Deus para que ele recebesse o poder através da plenitude do Espírito Santo. A princípio, ele estranhou que elas estivessem orando por ele, tanto que disse a elas: “Por que vocês estão orando em meu favor? Vocês deveriam orar em favor dos não convertidos.” Mas, logo depois, ele passou também a orar com instancia para que fosse revestido pelo poder do Espírito. Então, como relatou R. A. Torrey, Moody recebeu sua resposta, sem aviso prévio, no meio da agitação e pressa da Wall Street em Nova York:


"O poder de Deus caiu sobre ele enquanto caminhava até a rua e ele teve que apressar-se para a casa de um amigo para pedir o favor de entrar e ficar em um aposento reservado, onde passou horas à sós com Deus. E o Santo Santo veio sobre ele, enchendo sua alma com tanta alegria que, finalmente, ele teve que pedir a Deus para reter a sua mão, para que não morresse de tanta alegria˜.


Moody é reconhecido como o maior evangelista do século XIX. Estabeleceu o Instituto Bíblico Moody que tem servido de grande força aos evangélicos e tem preparado pregadores, missionários e líderes que têm trabalhado em todos os continentes do mundo. Moody era homem simples e honesto Não aceitava enriquecer as custas do Evangelho. Destinava os lucros das vendas do hinário de sua autoria ao sustento das escolas de Northfield. Pouco antes de sua morte, relativamente pobre, declarou: "minha esposa e meus filhos simplesmente terão que confiar no mesmo Deus em que tenho confiado".


Pelo seus frutos os conhecereis!

Bispo Ildo Mello

Fontes:


Torrey, R. A. Why God Used D. L. Moody:
http://www.wholesomewords.org/biography/biomoody6.html
CHARLES G. FINNEY AN AUTOBIOGRAPHY (1908 version) http://www.ntslibrary.com/PDF%20Books/Charles%20Finney.pdf
http://www.avivamentoja.com/pmwiki.php?n=Passado.Finney
http://www.christianitytoday.com/history/2008/august/do-non-charismatics-do-holy-spirit-baptism.html

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Declaração de Fé

  1. Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e a temos como autoridade suprema em assuntos de fé e conduta (2 Tm 3.16-17; 2 Pe 1.20-21).
  2. Cremos em um único Deus, que eternamente coexiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28:19; Jo 1:1-3; Jo 10:30; 2 Co 13:14; Cl 1:15-17; Hb 1:3)
  3. Cremos que “há um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” (Ef 4:6; 1 Co 8:6 e 1 Tm 2.5). Cremos que Ele é santo, justo, compassivo e bondoso, tardio em irar-se e grande em misericórdia e fidelidade (Ex 34.5-6; Dt 6.4; 1 Cr 16.25-27; Sl 86.15; Is 45.5-7; Is 57.15; Jr 10.10; Ml 3.6; 1 Co 8.6; Tg 1.17; 1 Jo 1.5; Ap 1.8).
  4. Cremos que o Filho, Jesus Cristo, é totalmente Deus e totalmente humano (Jo 1.1, 14; Cl 2.9), concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria (Lc 1.35; Mt 1.18-23). Ele é o Criador de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele (Jo 1.3; Cl 1.16-17; Hb 1.2-3), sendo Ele o Todo-Poderoso e eterno (Is 9.6; Ap 1.8; Ap 22.13). Ele viveu sem pecado (Hb 4.15; 1 Pe 2.22), morreu na cruz como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; Is 53.5-6; 1 Pe 3.18), ressuscitou corporalmente ao terceiro dia (1 Co 15.4; Lc 24.6-7), subiu aos céus e está assentado à direita do Pai, de onde governa com poder soberano (Hb 1.3; At 1.9; Ef 1.20-21). Ele voltará pessoal e visivelmente ao final desta era para julgar vivos e mortos, como Juiz de toda a criação (Mt 24.30; Jo 5.22-27; At 1.11; 2 Tm 4.1; Ap 20.11-15). Ele é digno de receber toda adoração que é conferida ao Pai (Fp 2.9-11; Ap 5.12-13; Mt 2.11; Mt 14.33; Mt 28.9; Jo 5.22-23; Hb 1.6; Ap 1.17; Ap 5.11-14).
  5. Cremos na pessoa divina do Espírito Santo, verdadeiro Deus e participante pleno da Trindade, que procede do Pai e do Filho e atua como o Consolador prometido por Cristo, presente e ativo na Igreja (Jo 14.16-17, 26). Seu ministério inclui glorificar o Senhor Jesus Cristo (Jo 16.14) e aplicar a obra redentora de Cristo nos corações dos crentes. Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), capacitando os pecadores a responderem com fé em Cristo. O Espírito Santo regenera o pecador, tornando-o uma nova criação (Tt 3.5; Jo 3.5-6), habita em cada crente e o sela como propriedade de Deus (Ef 1.13-14; 1 Co 3.16). Ele guia (Rm 8.14), instrui e ilumina as Escrituras para o entendimento dos crentes (1 Co 2.12-14), fortalece-os para viverem em santidade (Ef 3.16; Gl 5.22-23) e intercede por eles segundo a vontade de Deus (Rm 8.26-27). O Espírito é mencionado junto ao Pai e ao Filho na administração do Batismo e na concessão de bênçãos (Mt 28.19; 2 Co 13.14), e esteve presente com eles na Criação, onde pairava sobre as águas (Gn 1.2). Ele distribui dons espirituais, capacitando a Igreja a cumprir sua missão e a edificar o corpo de Cristo (1 Co 12.4-11; Ef 4.7-12). O Espírito Santo é eternamente presente e ativo, demonstrando plenamente os atributos de onisciência, onipotência e onipresença de Deus (Sl 139.7; 1 Co 2.10-11).
  6. Cremos que a humanidade foi criada à imagem de Deus, homem e mulher (Gn 1.26-27), mas caiu de seu estado original por desobediência deliberada (Gn 3.1-7), resultando em condenação à morte e separação de Deus (Rm 6.23 e 5.12). Os seres humanos tornaram-se escravos do pecado, incapazes de cumprir plenamente a vontade de Deus (Rm 3.23). No entanto, a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, preparando e capacitando os pecadores a receberem, com fé, o dom gratuito da salvação oferecida em Cristo (Ef 2.8-9; Jo 1.12-13). 
  7. Cremos que a salvação não pode ser alcançada por meio de boas obras ou méritos pessoais, mas unicamente através da graça do Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16; Ef 2.8-10 e Tt 3.4-7). Embora o sangue derramado de Jesus Cristo e Sua ressurreição ofereçam salvação a todas as pessoas (1 Jo 2.2; Rm 5.18-19), essa salvação é eficaz apenas para aqueles que creem no Evangelho (Mc 16.16; Rm 10.9-10; Jo 3.16; Rm 8.14-17). Cremos que a graça salvadora de Deus é oferecida livremente a todos, mas não atua de modo coercivo e irresistível. As pessoas são livres para resistir a ação e oferta da graça (Jo 1.11; Lc 19.41; At 7.51; Hb 3.7-15; Jo 5.40; 2 Ts 2.10-12; Hb 2.3). Cremos que a eleição para a salvação é condicionada à fé em Cristo (Rm 8.29-30; Ef 1.4-5) e que perseverar na fé é essencial para a salvação final (Mt 24.13; Hb 10.36). 
  8. Cremos que a Igreja foi criada por Deus (Mt 16.18), sendo o povo de Deus e o Corpo de Cristo, do qual Ele é Senhor e Cabeça (Ef 1.22-23; Cl 1.18). O Espírito Santo é a sua vida e poder (At 1.8; Ef 3.16-17). A Igreja é ao mesmo tempo divina e humana, celestial e terrestre, ideal e imperfeita (Ef 5.25-27; 1 Jo 1.8). Ela existe para cumprir os propósitos de Deus em Cristo (Ef 3.10-11), ministrando a redenção em Cristo às pessoas (1 Pe 2.9-10). Cristo amou a Igreja e se entregou por ela para torná-la santa e sem mácula (Ef 5.25-27). A Igreja é a comunidade dos redimidos, chamada a viver e pregar o Evangelho e administrar os sacramentos segundo a instrução de Cristo (Mt 28.19-20; 1 Co 11.23-26). Cremos que é nosso dever buscar a plenitude do Espírito Santo, conforme ensinado pelo apóstolo Paulo em Efésios 5.18, para sermos capacitados a vivermos uma vida santa para testemunhar de Cristo e pregar o Evangelho eficazmente a todos os povos, em cumprimento à Grande Comissão (Mt 28.19-20 e At 1.8). A busca pela plenitude do Espírito nos capacita a desenvolver dons espirituais e a viver de maneira santa e agradável a Deus (1 Co 12.4-11; 1 Pe 1.15-16).
  9. Cremos que os sacramentos são sinais exteriores e visíveis de uma graça interior e espiritual, instituídos por Cristo como meios pelos quais Ele comunica aos crentes os benefícios de sua obra redentora. Ordenados pelo Senhor, o batismo e a ceia do Senhor são instrumentos essenciais para o crescimento e fortalecimento da fé cristã. Pelo batismo, simboliza-se a regeneração, a purificação do pecado e a entrada do fiel na comunidade de fé e na aliança de Deus. Pela ceia do Senhor, celebramos a comunhão contínua com Cristo, renovando nossa fé e experimentando sua presença real, que nos fortalece para uma vida de santidade. Reconhecemos que esses sacramentos não agem de forma automática, mas que, para serem eficazes, requerem uma resposta sincera de fé e obediência do participante. Assim, vemos os sacramentos como meios de graça que Deus usa para transformar e edificar o seu povo.
  10. Cremos na segunda vinda de Jesus Cristo de forma pessoal e visível, quando Ele descerá sobre as nuvens do céu com grande poder e glória (Jo 14.3; Mt 24.27-31; At 1.11; 1 Ts 4.16-17; 2 Ts 1.6-10; Ap 1.7). Ele virá para julgar os vivos e os mortos, os quais ressuscitarão – uns para a vida eterna e outros para a condenação (Mt 16.27; 25.31-45; Jo 5.28-29; 2 Tm 4.1; At 17.31; Ap 20.11-15). Assim, todas as coisas serão renovadas, e haverá um novo céu e uma nova terra. Estaremos para sempre com o Senhor, que enxugará dos nossos olhos toda lágrima, e já não haverá morte, luto, pranto ou dor, pois todo mal será destruído e superado para sempre (Ap 21.4).

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Seria Deus o autor do mal?

O calvinista afirma que Deus decretou tudo o que acontece no universo, de modo que cada ato de estupro, incesto, pedofilia, roubo, violência, assassinato, adultério e injustiça teria sido meticulosamente planejado e ordenado por Deus desde a eternidade para serem estritamente executados por seres humanos que não passariam de marionetes em suas mãos.

No entanto, enquanto um calvinista tem a coragem de ensinar que Deus teria planejado e ordenado os atos bárbaros dos hebreus que foram capazes de sacrificar seus filhos no altar de Baal, o próprio Deus, por sua vez, defendendo-se desta insana acusação, diz que estes tais “construíram nos montes os altares dedicados a Baal, para queimarem os seus filhos como holocaustos oferecidos a Baal, coisa que não ordenei, da qual nunca falei nem jamais me veio à mente”. (Jeremias 19:5 NVI).

"Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma." (1 Jo 1.5).

A questão do mal no mundo é difícil de ser compreendida. Muitos perguntam: “Se Deus é Onipotente, santo e bom, por que existe o mal no mundo?” Bem, sabemos que Deus não é o criador do mal. Tudo o que Deus fez era bom como nos ensina Gênesis 1:31 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia”. E Eclesiastes 7:29 diz: “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”


Deus poderia ter criado todas as coisas programadas para darem certo. Poderia ter criado os anjos e os homens como robôs, programados para obedecerem, incapazes de se rebelarem. Mas as expressões de amor, louvor, devoção e serviço destes seres seriam artificiais e “sem graça”, ou seja, sem significado real. Deus, em sua soberania, resolve criar seres angelicais e humanos com o atributo do livre-arbítrio, mesmo ciente das conseqüências: surgimento do pecado, crimes, doenças, guerras, fome, tristeza, etc… É um preço alto a se pagar, mas vale a pena a fim de que muitos dentre todos os homens livres possam, no decorrer da História humana, ser resgatados por terem acolhido a promessa e amado a Deus sobre todas as coisas. Ninguém pode ser livre só para obedecer. Liberdade implica em opção e escolha.


Que Deus respeita o livre-arbítrio humano é claramente visto em Jeremias 13.11: "Assim como um cinto se apega à cintura de um homem, da mesma forma fiz com que toda a comunidade de Israel e toda a comunidade de Judá se apegasse a mim, para que fosse o meu povo para o meu renome, louvor e honra. Mas eles não me ouviram”; E também em Mateus 23.37: "... Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram".


Neste mundo, assim como Jó, todos nós estamos sendo provados e experimentados na questão do grande mandamento: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22:37). Observe que a grande questão do livro de Jó está relacionada a pureza e a lealdade do amor de Jó por Deus, como vemos na dúvida lançada por Satanás: “Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face” (Jó 1.9-11). Temos muitas opções, somos livres para escolher, portanto, quando amamos a Deus e respondemos positivamente ao seu chamado, isto é cheio de significado. Este relacionamento entre Deus e o homem é cheio de afeto. É algo tremendo!

Portanto, Deus criou tudo perfeito, o mal no universo existe como uma perversão dos seres angelicais e humanos, e que só pode ser entendido dentro do propósito último de Deus.

Bispo José Ildo Mello

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