sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Que Criança é Essa?


O Natal que nos Encontra


Quando Deus entra na nossa história

Que criança é esta?
Essa é a pergunta que o Natal nos obriga a responder. Não é uma pergunta poética apenas. É uma pergunta decisiva. Porque, dependendo da resposta, o Natal pode ser apenas mais uma data no calendário — ou o começo de uma nova vida.

Isaías anunciou, séculos antes, que Deus daria um sinal à humanidade: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel” (Is 7.14). Emanuel não é apenas um nome bonito. É uma declaração: Deus está conosco. O Natal não começa com o homem procurando Deus, mas com Deus vindo ao encontro do homem.

O mundo estava em trevas. Trevas morais, espirituais, existenciais. Pessoas vivendo, mas sem saber para quê. E então Isaías proclama: “O povo que andava em trevas viu grande luz” (Is 9.2). Essa luz não é uma ideia, nem uma filosofia, nem uma religião melhorada. Essa luz é uma Pessoa. Jesus nasce para iluminar consciências, confrontar o pecado e oferecer redenção.

O profeta vai ainda mais longe: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu” (Is 9.6). Aqui está o coração do Evangelho. Um menino nasce — plenamente humano. Um filho é dado — plenamente divino. Deus não enviou um discurso do céu. Ele enviou o seu Filho. O Natal é Deus se doando, não apenas se manifestando.

Mas como esse Filho veio? Isaías responde com sobriedade: “Cresceu como renovo… sem aparência nem formosura” (Is 53.2). Ele não nasceu em palácio, mas numa manjedoura. Não foi recebido pelos poderosos, mas por pastores. O Salvador do mundo entra pela porta da humildade, porque veio salvar pessoas reais, feridas, cansadas e pecadoras.

E aqui está a boa notícia do Natal: Jesus não veio apenas para nascer; veio para buscar e salvar o que se havia perdido. Ele nasceu para viver entre nós, morrer por nós e ressuscitar para nos dar vida nova. A manjedoura aponta para a cruz, e a cruz aponta para o túmulo vazio.

Por isso, o Natal não é apenas para ser celebrado — é para ser respondido. Não basta admirar o menino; é preciso receber o Salvador. O mesmo Jesus que nasceu em Belém deseja hoje nascer no coração humano. Não como símbolo, mas como Senhor.

A pergunta permanece: Que criança é esta para você?
Se Ele for apenas parte da tradição, o Natal termina em poucos dias.
Mas se Ele for o Filho de Deus, o Príncipe da Paz, então hoje pode ser o dia da salvação.

A Bíblia diz: “Eis agora o tempo aceitável, eis agora o dia da salvação” (2Co 6.2). O Natal é o anúncio de que Deus se aproximou. Cabe a nós dar o passo da fé, do arrependimento e da entrega.

Que neste Natal, mais do que luzes nas casas, haja luz no coração.
Mais do que presentes nas mãos, haja graça na alma.
Mais do que emoção passageira, haja vida transformada.
Porque Jesus nasceu — e isso muda tudo.

Um Feliz Natal com Jesus!
Bispo Ildo Mello

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