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Santidade no Século XXI


Palestra do Bispo Ildo na Semana Wesleyana da Faculdade de Teologia Metodista de Rudge Ramos no ano de 2011.

Resumo:

Agostinho superenfatizou o pecado original, promovendo pessimismo em relação ao alcance da graça, entendida como restrita à justificação. Wesley enfatizou a supremacia da graça sobre o pecado, promovendo otimismo a respeito do que a graça pode produzir aqui e agora. Não apenas perdão de pecados, mas transformação de individuos e de comunidades inteiras.

O Sermão do Monte revela a ética do Reino de Deus que deve ser vivida pelos nascidos do Espírito, que foram regenerados para um novo viver.
Os efeitos da obra do Segundo Adão sobrepuja as do Primeiro.
"Jovens, sois fortes!"

Evitar o extremo do legalismo e do elitismo espiritual, cujo foco reside na performance e no cumprimento de regras, gerando hipocrisia e julgamentos temerários.
O caminho da santidade é relacionamento com Deus. Fomos chamados primeiramente para estar com Jesus.

Santidade é amor, é relacionamento com Deus e com o próximo. Quando focamos no que devemos evitar, acabamos caminhando na direção do que devemos evitar. Nossos olhos devem estar fixos no autor e consumador de nossa fé. Buscar proximidade de Cristo. Fazemos a curva olhando para a margem interna da curva. Não olhando para o pecado para nos afastarmos dele, mas olhando para Cristo para nos aproximarmos dele.

Hoje, os pastores estão buscando muito mais o método do que a mensagem. Técnicas humanas, marketing substituindo o poder do Evangelho. Mas não há metodo que fabrique avivamento.
Superficialidade é uma característica marcante desta geração. Precisamos de algo substancial, que alcança e transforma o coração e o carater humano.
Conversões superficiais, mera aceitação. Onde está a mensagem do arrependimento e da cruz? Onde está a mensagem da regeneração?

Jesus veio desfazer as obras de Satanás! O Reino de Deus já foi inaugurado! Satanás já foi amarrado! Todo o poder já foi dado a Cristo! Estamos assentados com Cristo sobre toda potestade! Poder nos foi dado para subjugar os demonios, para dominar a carne, para vencer o mal.





Santidade no Século XXI

Introdução

Este artigo tem como propósito demonstrar que a santidade é tão relevante hoje como o foi nos dias de Wesley. O avivamento metodista produziu muitos frutos, com significativas transformações sociais de modo a nos servir de modelo e inspiração. O problema é que com o passar do tempo, a mensagem de santidade foi-se diluindo. Falaremos um pouco sobre os principais fatores do enfraquecimento desta mensagem. Propomos um retorno as nossas raízes, pois, ser verdadeiramente wesleyano é pregar e viver a mensagem mais relevante para o contexto atual brasileiro. O que implica em caminhar na contramão do seguimento maior das igrejas evangélicas, que são adeptas do neopentecostalismo e da teologia da prosperidade e que buscam crescimento, dinheiro e sucesso a todo custo, de modo a deixarem de pregar o que as pessoas precisam ouvir para se concentrarem apenas naquilo que elas querem ouvir a fim de agradarem a clientela, aumentando assim sua freguesia. O quadro é confuso e caótico, com muita competição, desunião e escândalos de toda espécie. No entanto, líderes wesleyanos decidiram se unir para resgatar o legado wesleyano da mensagem de santidade, que é a crença na supremacia da Graça de Deus sobre os efeitos do pecado, tanto no nível pessoal como social. No Brasil, o movimento se denomina, Fraternidade Wesleyana de Santidade, que busca um avivamento genuíno, à moda wesleyana, que promova a transformação de indivíduos e de comunidades inteiras. Pois santidade é cura, restauração, verdade, vida, justiça e paz. É de santidade que o Brasil e o mundo mais precisam no tempo presente. Desejamos que o que aconteceu na Igreja Primitiva e também nos dias de Wesley volte a acontecer nos dias de hoje.

A mensagem de Santidade nos dias de Wesley

A Londres do princípio do ministério pastoral de João Wesley não era tão distinta assim dos grandes centros urbanos do século XXI, e, em alguns aspectos, era ainda pior, devido à escravidão que imperava há milênios. Além disto, boa parte dos políticos eram descaradamente corruptos. A violência campeava solta. As condições nas ruas à noite eram tão selvagens que as pessoas não ousavam se arriscar fora de suas casas. A imoralidade sexual era flagrante e se alastrava. Os jogos de azar eram um vício crescente. Quase metade das crianças nascia fora do matrimônio. O trabalho infantil começava na tenra idade de três anos e meio. O alcoolismo era um grande mal social que se espalhava, mesmo entre crianças. Os pobres forneciam mão-de-obra barata. O campo sofria a drenagem de trabalhadores e as áreas urbanas ficavam infestadas com hordas de desempregados empobrecidos. Arrancadas de suas raízes culturais e familiares, as pessoas se tornaram presa fácil tanto dos implacáveis capitães da indústria quanto dos vícios morais das tentações urbanas. Os ricos desfrutavam de um estilo de vida aprazível e confortável, alheios à triste situação dos pobres ao seu redor. E até mesmo os membros do clero haviam sucumbido ao egoísmo e materialismo daqueles tempos e estavam curvados diante de Mamom.

Mas, Wesley e os metodistas primitivos não entravam em pânico quando se deparavam diante de fortes crises morais, pois criam que o status quo não tem a última palavra. Ele ousou acreditar que o mundo poderia ser transformado pelo poder da graça de Deus. Para Wesley a santificação do crente tem também o objetivo de promover a santificação do mundo.

Wesley era otimista em relação à suficiência do poder da graça de Jesus não apenas para perdoar os pecados, mas também para uma real transformação de indivíduos e da sociedade como um todo. Para Wesley a santificação do crente tem também o objetivo de promover a santificação do mundo.
Howard Snyder declarou que Wesley via a graça de Deus atuando de maneira tão plena e abundante que ninguém deveria estabelecer limites para a ação do poder de Deus através da Igreja na era presente, vendo a Igreja como um poderoso instrumento de transformação e redenção pessoal e social, como um sério agente da graça divina no Mundo. Mas ressalvou que tal ênfase otimista era combinada e contrabalançada por Wesley com textos que apontam para a realidade do mal e que advertem para o juízo final. Pois, realismo bíblico requer que se mantenham juntos tanto a esperança quanto a expectativa de juízo e da ira vindoura que fazem parte do pacote escatológico. Snyder mostrou que Wesley procurava também combinar e sintetizar de maneira balanceada os aspectos presentes e futuros da salvação e as dimensões evangelísticas e proféticas do Evangelho do Reino.#  

Para Wesley salvação inclui santificação, que, por sua vez, inclui boas obras. Salvos pela graça para as boas obras (Ef 2.8-10). A fé sem obras é morta (Tg 2.26). A fé que importa é fé que atua pelo amor (Gl 5.6). E o amor se expressa e se prova com as obras. A Bíblia também diz que devemos desenvolver a nossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12). Pela graça e capacitação de Deus, homens e mulheres cristãs se tornam colaboradores de Deus.  Snyder afirma que Wesley via a presente era como uma guerra entre o reino das trevas e o Reino de Deus, onde os cristão não seriam salvos da guerra, mas salvos para a batalha, salvos para lutarem o bom combate da guerra espiritual contra os principados e as potestades da maldade e da injustiça que operam neste mundo. Portanto, para Wesley, a vida cristã deve ser vivida á luz da eternidade, mas de maneira ativa e não passiva. Wesley vivia o presente à luz da eternidade no sentido de procurava fazer a obra do Reino de Deus aqui e agora impulsionado pela visão do futuro de Deus, enquanto se preparava também para a eternidade.#
A confiança de Wesley no trabalho da graça de Deus lhe conferia uma dinâmica e um otimismo em relação ao que Deus poderia realizar através do seu povo no tempo presente. Embora fosse realista devido a sua consciência da natureza do pecado humano, Wesley mantinha viva uma esperança otimista baseado em sua confiança no poder regenerador da graça de Deus. Wesley aprendeu com Jesus a não usar nem a mais razoável das desculpas para justificar acomodação diante da “realidade” da natureza das coisas. O realismo não deve sufocar nossa confiança que está baseada no poder e na providência divina. Nós devemos crer em milagres! No poder de Deus para transformar a realidade e para restaurar o propósito original da natureza das coisas.

A escatologia de Wesley também não lhe permita ficar parado numa atitude de mera contemplação. “Por que vocês estão olhando para as alturas?” Perguntaram os anjos aos discípulos em Atos 1.10. Sua escatologia também não era nem um pouco escapista e, portanto, não lhe permitia ver a Igreja precipitadamente arrebatada para fora do cenário mundial antes do cumprimento de sua missão na terra.

Concordo com Runyon quando ele diz que a maior força da doutrina wesleyana da perfeição talvez esteja em sua habilidade de mobilizar os crentes a buscarem um futuro mais perfeito que supere o presente. Pois, mesmo estando consciente das forças do mal, Wesley não as considerava conseqüências inevitáveis do pecado original, mas exatamente aquilo que pode ser vencido. Sendo assim, sua teologia busca o poder criativo e transformador na vida neste mundo. Busca transformação no aqui-e-agora (Hb 6.1).#

Imagine o que seria ter vivido nos dias de Wesley e decidir trabalhar duro para mudar um problema social tão grande como a escravidão, que estava enraizado na sociedade mundial há milhares de anos? Utopia? A última carta que Wesley escreveu antes de morrer foi endereçada a William Wilberforce, um membro do parlamento inglês que havia se convertido no ministério de Wesley e que inspirado por ele, estava agora lutando contra a escravidão. A carta de Wesley expressava sua oposição à escravidão e encorajava Wilberforce  a continuar firme na luta por mudança. O parlamento, após mais de 20 anos de ações políticas e sociais encabeçadas por Wilberforce, no ano de 1807 proibiu a participação inglesa no tráfico negreiro. A Inglaterra foi o primeiro país a abolir a escravidão, e, a partir daí, muitos outros foram inspirados e pressionados a fazerem o mesmo.

Wesley formou sociedades antiescravocratas, grupos para reforma de prisões, casas de abrigo e agências de assistência aos pobres, numerosas sociedade missionárias, hospitais e escolas se multiplicaram. Wesley lutou contra o trabalho infantil e em favor de direitos civis. Concentrou seu ministério entre os pobres. O Metodismo foi indiretamente responsável pelo crescimento da autoconfiança e capacidade de organização de trabalho do povo inglês. Em 1928, o Arcebispo Davidson escreveu dizendo que Wesley praticamente mudou a perspectiva e o próprio caráter da nação inglesa. E, alguns historiadores têm mantido que o avivamento wesleyano alterou o curso da história o que livrou a Inglaterra de uma revolução sangrenta. Na Inglaterra a revolução foi totalmente oposta: foi tranquila, ordeira e de natureza espiritual. Não foi liderada por rebeldes armados mas por reavivalistas metodistas. Foi a revolução Wesleyana. A transformação social ocorreu através de uma ênfase espiritual tanto em santidade pessoal quanto social. Leliévre afirma que “todos os historiadores concordam que, embora o século XVIII fosse para a Europa continental uma época de dissolução, para a Inglaterra, pelo contrário, foi o momento de uma benéfica mudança, que regenerou a vida de uma nação e iniciou uma era inteiramente nova”.#  Edmundo Scherer referiu-se ao metodismo como o movimento que transformou a face da Inglaterra e, Cornélio de Witt disse que, se a Inglaterra de seus dias não se parecia mais com a Inglaterra do início do século XVIII , este fato devia-se principalmente a Wesley.# Lelièvre comenta ainda que “o nível moral da nação elevou-se de tal modo, que necessariamente se impôs na própria aristocracia, livrando-a da corrupção.# Seria possível sonhar que o mesmo acontecesse no Brasil?

Quem poderia dizer o que seria se o movimento metodista tivesse ido ainda mais a fundo em questões sociais e se tivesse feito uma melhor crítica do sistema capitalista de livre iniciativa, e se também não tivesse entrado em declínio anos depois da morte de Wesley? Será que seria ingênuo de nossa parte supor que Marx não teria tido tanta inspiração assim para dizer que a religião é o ópio do povo? Sabemos que um século após, Karl Marx irá fazer uma crítica ao capitalismo, mas só que com uma base não muito cristã. Tem sido dito que o avivamento wesleyano salvou a Inglaterra de uma revolução política. Seria possível que uma ainda mais radical ética social no Metodismo poderia ter salvado o mundo de uma revolução comunista, por fazê-la simplesmente desnecessária?#

Santidade no Século XXI

Mas a mensagem de santidade ensinada e vivida na igreja primitiva e reavivada nos dias de Wesley, com o passar do tempo, foi sendo diluída internamente e deturpada externamente. Por um lado, em meados do século 20, a santidade era cada vez mais definida em termos de performance, geralmente em termos daquilo que as pessoas não devem fazer. Isso levou a uma ênfase exagerada sobre regras de comportamento, o que acabou descambando em legalismo. Por outro lado, na segunda metade do Século XX, devido a uma ênfase exagerada em crescimento da Igreja, tivemos um aumento do número de cristãos nominais, que não manifestam frutos dignos de arrependimento. Juntos, esses fatores ameaçavam ofuscar a mensagem do amor e da transformação do coração e da vida que são a herança do movimento de santidade.

Nos últimos 10 anos, igrejas de linha de santidade se tornaram cada vez mais conscientes do seu patrimônio único e de seu potencial para ministrar com relevância às necessidades desta sociedade pós-moderna. Com ênfase na graça de Deus, transformação, e vida íntegra e autêntica diante de Deus e de outras pessoas, a mensagem de santidade é cada vez mais atraente para uma ampla gama de pessoas de todas as tradições religiosas.

Este movimento contemporâneo de santidade deseja promover um rearticulação da mensagem de santidade de modo a fazer jus ao seu legado histórico, a medida que também busca evitar as armadilhas de dois extremos: legalismo, de um lado, e evangélicos genéricos sem transformação de vida, de outro.

Se João Wesley ousou com sucesso propagar a santidade bíblica naquele pântano cultural e religioso que caracterizava a Inglaterra, nós podemos e devemos fazer o mesmo diante dos desafios contemporâneos.  Principalmente diante de tantos escândalos que não apenas afetam o meio político, mas que infelizmente infestam o meio evangélico, que está cada dia mais desacreditado. Há muito joio no meio do trigo. Pedras de tropeço estão por toda parte. Os iscariotes se multiplicaram. Cristo está sendo traído e vendido como nunca antes. Mas ainda existem os pedros, tiagos e joãos. Estes não devem se intimidar, mas, unidos, precisam exalar o bom perfume de Cristo, testemunhando fielmente do Senhor Jesus, como sal da terra e luz do mundo.
Como Wesley, devemos trabalhar de maneira incessante em favor de uma mais vital, mais agressiva, mais amável e mais autentica e visível manifestação da Igreja como a comunidade do povo de Deus, a comunidade escatológica que existe para servir aqui e agora como agente do Reino de Deus.#
Pois, com Jesus o imponderável se torna realidade. A Igreja não deve se render e nem se conformar numa atitude de acomodação ao mundo e seu sistema, mas deve ser ativa e positiva no sentido de transformar-se a si mesma para tornar-se um instrumento de transformação nas mãos de Deus.

Santificação é salvação como cura, como reconciliação total, que vence as tentações do elitismo espiritual, do dualismo entre o espírito e a matéria, do pessimismo soterológico, eclesiológico e escatológico de grande parte da igreja e do racionalismo individualista. Tendo como alvo final um novo céu e uma nova terra, de modo que os reinos deste mundo se tornem de nosso Senhor e Rei (Ap 11.15; Fp 2.10-11). Ser santo é pertencer a Deus; Ser santo é estar debaixo da autoridade de Deus; Ser santo é estar em conformidade com a vontade e o plano de Deus para as nossas vidas (Lc 19.41, 42).

Mas, as cidades tem sido uma visível expressão da rejeição que as pessoas tem da autoridade divina, onde os indivíduos buscam encontrar realização, segurança, poder, propósito e significado a parte de Deus. Aí, o individualismo e o egoísmo prevalecem, a cobiça e a ambição dão as cartas, a injustiça e a violência se espalham, a vida humana é desprezada nesta sociedade hedonista e utilitarista, de modo que o aborto torna-se uma prática corriqueira, a eutanásia é encarada com naturalidade, prostituição é vista como uma profissão, pornografia se torna uma praga nesta sociedade que erotiza quase tudo. Os lares são desfeitos com a maior naturalidade, e a ausência dos pais na criação dos filhos é também um sinal de que o homem abandonou o plano de Deus para as famílias. Milhões estão escravizados pelos vícios do jogo, da pornografia, do álcool e de outras drogas opressoras. A corrupção corre solta na política, no sistema financeiro, nos negócios em geral, nos meios de comunicação, nos sistemas públicos de educação, saúde e segurança e nas igrejas que, de um modo em geral, em vez de fazerem diferença, estão fazendo coro com este estado de coisas. Seduzidos pelo "príncipe deste mundo" que fomenta o egoísmo, a rivalidade, a desigualdade, o ódio, a violência, a soberba, a ganância e o hedonismo, muitos cristãos deixaram de refletir a luz de Cristo por estarem confortavelmente acomodados aos valores dominantes deste século.

Jesus chorou quando avistou Jerusalém e deve estar chorando agora diante do vê em nossas cidades (Lc 19.46).  A primeira ação de Jesus ao entrar em Jerusalém foi a purificação do templo. Pois a derrota do povo está atrelada ao pecado do sarcedotes. É só lembrar do que aconteceu ao povo de Isarel nos dias dos sacerdotes Ofni e Finéias. “O meu povo está morrendo por que lhe falta conhecimento” (Oséias).

Mas, diante de um mundo em trevas, Jesus não apenas chora, mas age como luz do mundo, como aquele que veio para desfazer as obras do diabo. Além disto, Jesus, confiante, volta os olhos para os seus fiéis seguidores com uma mensagem convocatória, que os conclama a assumirem o seu papel de sal da terra e luz do mundo.

Os verdadeiros discípulos devem se apresentar a sociedade não para obtenção de glória para si mesmos, mas, pelo contrário, suas ações devem visar a glória de Deus. Nossas boas obras são frutos do Espírito e devem apontar para o autor e consumador da nossa fé.

Tanto o sal como a luz estão a serviço da terra e do mundo. São agentes do Reino de Deus. Costumam ser discretos, mas jamais são agentes secretos. O sal se entrega totalmente a sua causa. Ele desgasta-se e dissolve-se para o bem de toda a comida. Sua ação é sacrificial! A luz despende também muita energia num ato constante de dissipar as trevas. Tanto um como o outro chegam mesmo a passar desapercebidos, pois não são exibicionistas. Ninguém diz "Que sal gostoso!", mas, sim, "Que comida saborosa!" e também não se ouve: "Que luz linda", mas, sim, que "paisagem linda"! Embora saibamos muito bem que a paisagem somente pode ser apreciada devido a presença da preciosa luz! Agora, tire o sal da comida e a luz do ambiente para ver o que acontece!

Jesus diz que os seus discípulos exercem a missão de iluminar o mundo através de atos concretos, ou seja, através das boas obras. No Sermão do Monte, Jesus prescreve aos seus discípulos uma série de ações que devem caracterizar o comportamento dos verdadeiros cristãos. Estas boas obras não são um caminho para a salvação, mas são um caminho para os salvos. Somos salvos pela graça para as boas obras que o Pai preparou de antemão para que andássemos nelas (Ef 2.8-10).

Ouça o chamado o Senhor Jesus. Obedeça ao seu comando. Não fique acomodado e conformado com o jeito de ser deste mundo (Rm 12.1-2). Assuma o seu papel de ser diferente e de fazer diferença neste mundo (Mt 6.8). Seja a sua vida como sal que confere sabor, preserva a vida e desperta sede de Deus, e atue também como a luz que dissipa as trevas. Tudo isto para o bem da Terra, para a salvação de muitos e, acima de tudo, para a glória de Deus!
Portanto, devemos buscar um avivamento de santidade que traga a presença de Deus para perto das pessoas de nossos dias. Este clamor por santidade não apenas reafirma nossos valores históricos, mas também aumenta nossa responsabilidade de confrontarmos abertamente o pecado contemporâneo.

Como wesleyanos nós temos o chamado de visitar cada área próxima de nós. Para buscar primeiro os pobres, os prisioneiros, os cegos e os oprimidos; aqueles a quem o próprio Jesus disse que foi especialmente enviado para alcançar. Jesus disse que quando amamos essas pessoas, é como se estivéssemos amando a Ele. E quando recusamos dar amor a elas, é como se estivéssemos recusando amá-Lo.
Os wesleyanos de hoje precisam continuar a acompanhar a mudança de camadas de nossa população para as violentas e decadentes fronteiras urbanas.  
Qual é o significado de nossas igrejas nas comunidades em que estão inseridas? A sua comunidade lamentaria se a sua igreja ficasse fechada e trancada? Alguém perceberia se você fosse embora? Deus está usando a sua igreja para transformar as pessoas próximas e as áreas próximas? Você pode imaginar as pessoas das redondezas de sua igreja comentando como é bom ter a sua igreja na região por causa do testemunho palpável oferecido a elas do amor de Deus? Você pode imaginar um grande número de membros de sua igreja ativamente comprometidos, e apaixonadamente dedicados, a serviço da comunidade, usando seus dons e talentos de maneiras e em níveis que jamais poderiam pensar que fosse possível? Você pode imaginar a comunidade realmente mudando por causa do impacto do envolvimento da sua igreja? Você pode imaginar muitas pessoas em sua cidade, que antes eram cínicas e hostis em relação ao Evangelho, realmente louvando a Deus pela sua igreja e pela contribuição positiva que seus membros oferecem em nome de Jesus? Você pode imaginar a colheita espiritual que naturalmente poderia acontecer se tudo isso fosse verdade?

O chamado não é para fazermos igreja, mas é para sermos igreja, enquanto vivemos em comunidade bíblica saudável como povo santo. Este chamado não é apenas para contar a história, mas é preferencialmente para nos tornarmos parte da história da graça e da verdade de Deus alcançando as vidas de pessoas e áreas próximas a nós. Pois, o evangelho libera o poder de transformação do mundo ao nosso redor.
Mas, as igrejas tem sido inundadas por líderes que se tornaram prisioneiros de uma mentalidade de sucesso numérico, portanto precisamos urgentemente resgatar a mensagem autêntica e clara de santidade que substituirá o “santo graal” de métodos como o foco da missão. Pois, nossa mensagem é nossa missão! Deus não se impressiona com a nossa capacidade de fazer uma igreja crescer. Deus quer que você seja como Ele. Ele quer que você O conheça. Ele quer que você se sustente Nele. Deus quer desfrutar e aprofundar diariamente a amizade com você. Deus quer preencher a sua vida com a presença Dele, tornando você livre para realizar o propósito Dele para a sua vida. E quando vivemos a vida que se tornou livre preenchida com Sua santa presença, nossas vidas começam a transformar as vidas daqueles que estão ao nosso redor. Pois, como bem ressaltou Wesley: “Vossa própria natureza é dar sabor a tudo quanto vos rodeia. É da natureza do divino sabor que existe em vós expandir-se em tudo quanto tocardes, difundir-se por todos os lados, atingindo a todos aqueles em cujo meio estiverdes. Esta é a grande razão pela qual a Providência de Deus vos misturou com os outros homens, de modo que as graças, quaisquer que sejam, que de Deus houverdes recebido, possam ser comunicadas através de vós ao demais homens.”#  
Santidade e Unidade

Vivemos numa sociedade que privilegia o individualismo, mas o Espírito nos conclama a unidade e a buscarmos a justiça do Reino de Deus. Jesus orou para que fossemos um assim como ele e o Pai são um. Deus é amor. Pai, Filho e Espírito Santo em perfeita comunhão gerada por este amor. O amor é relacional. O amor busca o outro. O amor não busca os seus próprios interesses.  Oramos por participar de um movimento do Espírito que vai na contramão das tendências individualistas, hedonistas e utilitaristas que caracterizam nossa sociedade.

As pessoas nas igrejas estão cansadas das nossas mesquinhas linhas de demarcação que criam artificialmente compartimentos, denominações e divisões. Estão cansadas de construírem instituições. Anseiam por uma mensagem clara e articulada que transcenda a institucionalização e os conflitos entre os seguidores de Jesus Cristo. Estão envergonhados pela mentalidade corporativista das igrejas que defendem pedaços do evangelho como se a elas pertencessem. Querem conhecer o poder unificador e transformador de Deus. Querem ver a impressionante santidade de Deus, que nos compele à unidade na qual testemunhamos seu poder. As pessoas aceitam o fato de que nem todos nós seremos semelhantes; haverá diversidade. Mas querem ter a certeza que qualquer que seja a igreja ou líder, saibam que somos um - unidos pelo santo caráter de Deus que nos dá toda a vida e amor. Querem uma mensagem que seja unificadora. A única mensagem que pode fazer isto vem da natureza de Deus, que é unidade na diversidade.  Portanto, neste momento crítico, para o bem estar da igreja, nós focalizamos o tema da santidade de uma maneira renovada. Em nosso ponto de vista, este foco é o coração das Escrituras no que diz respeito à existência dos cristãos através dos tempos, e claramente para o nosso tempo.

Deus continua chamando pessoas para serem santas

O mundo mudou, mas Deus continua chamando as pessoas para serem santas e o local onde esta mensagem deve encontrar sua máxima expressão é a igreja através de seus membros e sua vida comunitária.   Jesus é nosso modelo, nosso alvo, nossa inspiração de vida. Assim como Ele foi concebido pelo Espírito, nós nascemos do Espírito e devemos viver pelo Espírito. O filho de Deus pelo Espirito se fez homem para que os homens pudessem alcançar a graça de serem feitos filhos de Deus. Para que Cristo seja o primogênito dentre muitos irmãos. Jesus o protótipo de toda a humanidade. O segundo Adão! O homem ideal, o caminho, a verdade e a vida! Assim como Jesus foi enviado ao mundo, assim também somos nós. Não somos enviados para fazermos a nossa própria vontade e nem para agradarmos a nós mesmos, mas para agradarmos a Deus. Devemos nos esvaziar de nós mesmos e carregarmos a cruz para uma profunda inserção comunitária que propicie comunhão e serviço amoroso que promova a glória de Deus e a salvação e a santificação daqueles que nos rodeiam. Somos novas criaturas caminhando sob a sombra da cruz de Cristo e sob a luz da ressurreição, refletindo os valores da nova criação, cujo Rei é o Senhor que já foi exaltado e que tem todo o poder sobre o céu e a terra! O Reino de Deus está no meio de nós. Reinamos com Cristo sobre o pecado e o mal. Já temos as primícias do Espírito e recebemos poder para testemunhar de Cristo. Aguardamos a bendita esperança da Segunda-vinda de Jesus que trará a plenitude do reino, sabendo que santidade é exigida para que possamos contemplar a Deus (Hb 12.13).

Deus nos chama à santidade: "Sede santos porque eu sou santo" (1Pe 1:16); E esta nossa vocação é reiterada pelo Apóstolo Paulo: "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação" (1Ts 4.3); "Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação" (1Ts 4.7). Paulo afirma que Jesus deu a sua vida para promover não apenas a nossa salvação, mas também a nossa santificação (Ef 5.25-26).

Deus não nos pede algo inalcançável Pelo Espírito Santo se cumpre o que fora impossível pela lei (Ez 11.19-20; Rm 8). “O que é impossível para o homem é possível para Deus”(Mt 19.26). “É Deus quem opera em vós tanto o querer como o realizar” (Fp 2.13).  

Jesus não apenas perdoa pecados, mas também transforma vidas (Rm 5.8). Jesus transformou pescadores comuns em pescadores de homens (Mt 4.18-20). Transformou Simão em Pedro, Saulo em Paulo. Pois Jesus não apenas justifica, mas também regenera (2Co 5.17). Não apenas nos declara santos, mas também nos torna santos (Jo 15.3, Tt 3.5). Não apenas nos livra da condenação do pecado, mas também nos livra do domínio do pecado (Rm 6.14). Não apenas é Salvador, mas também é Senhor (Rm 10.9; Fl 2.10-11; 1Tm 6.15; Tg 4.7). Não apenas nos convida a crer, mas também nos conclama ao arrependimento (Mt 3.8; 4.17; Mc 1.15; Lc 13.3). Pois, não basta apenas crer, é necessário obedecer (Ef 5.6; 6.6; 1Jo 3.6, 24). Não basta ser crente, é necessário ser discípulo (Mc 8.34; Lc 9.23; Mt 28.19). Não basta receber o amor, é necessário amar (1Jo 3.16, 23). Porque os que conhecem verdadeiramente a Deus são os que o amam (1Jo 4.8), e os que o amam, verdadeiramente lhe obedecem (Jo 14.21). De modo que não basta apenas receber o perdão, é necessário perdoar (Mt 6.14-15),  pois os que são objetos do seu perdão devem também se tornar perdoadores, sob o risco de terem o perdão de seus pecados cancelados pelo Supremo Credor (Mt 18.23-34).   Então, o crente não deve se conformar com o mundo (Rm 12.1-2), não deve manchar as suas roupas com a imundícia do mundo (Ap 3.4), mas deve ser santo em todo o seu procedimento (1 Pe 1.13-16), deve ser obediente e fiel até a morte (Ap 2.10; 26; Gl 6.9). Pois sem santidade não há salvação (Hb 12.14). Sem vida com Deus aqui, não haverá vida com Deus no céu (1 Ts 4.7-8). Sem santidade na terra não há glória no céu (Ap 3.2-5).   Não basta estar, é preciso permanecer e também frutificar. O ramo que não produz o devido fruto está prestes a ser cortado e lançado fora (Jo 15.2), e o crente morno será vomitado (Ap 3.16), pois de Deus não se zomba, aquilo que o homem plantar, isto mesmo ele irá colher (Gl 6.7). Cuidado para que "ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus" (Hb 12.15). Os apóstolos expressamente advertem que os que cultivam um estilo de vida pecaminoso não herdarão o Reino dos céus (Gl 5.21). O nascido de Deus não pode viver na prática do pecado (1Jo 5.18). "Se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados" (Hb 10.26). Ao povo escolhido, Deus adverte: "Riscarei do meu livro aquele que pecar contra mim" (Ex 32.33). Portanto, somos exortados a mortificarmos os desejos pecaminosos pois eles nos colocam sob a condenação de Deus (Cl 3.5-6). Sendo assim, "purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2Co 7.1), "Agora, libertos do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna" (Rm 6.22).  Por esta mesma razão é que o Apóstolo Paulo exorta: "Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados" (2Co 13.5). E João escreveu seu livro para levar certeza para os salvos, afirmando que existem frutos como evidência para a salvação: "Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos aos irmãos. Quem não ama permanece na morte" (1Jo 3.14); A fé salvadora é aquela que opera por meio do amor (Gl 5.6), pois a "fé sem obras é morta" (Tg 2.26); crentes sem frutos não encontram base para segurança da sua salvação (Jo 15.2). Temos que entender que a natureza da salvação não se resume a justificação, mas também inclui regeneração, santificação e, por fim, glorificação.  
Jesus não apenas chama, mas capacita!

Agora, não temos em Jesus apenas um modelo, contamos também com a graça do seu Espírito regenerador que nos torna participantes da natureza divina e nos capacita para um viver condizente com o sublime nome que carregamos (1 Pe 1.23). “Deus nos concedeu todas as condições necessárias para a vida e a piedade” (2Pe 1.3); para vivermos como filhos de Deus, e para “escaparmos da corrupção deste mundo” (2 Pe 1.4). Jesus não apenas nos exorta a sermos santos (Mt 5.48), mas também nos capacita. Recebemos um novo coração (Ez 36.26), a mente de Cristo (1Co 2.16) e toda a armadura de Deus (Ef 6.10-13) para vencermos o mal (2Co 10.4) e vivermos de modo digno do Evangelho (Fl 1.27). Portanto, assim como faz cair a chuva, propiciando por sua graça as condições necessárias para que a terra produza os seus frutos (Hb 6.7), Deus já nos deu tudo de que precisamos para um novo viver.  Sendo assim, o trabalho de Deus a nosso favor e em nós deve ser a base e o incentivo para o nosso próprio esforço para o crescimento espiritual. Deus nos deu graça e todas as condições para a vida e a piedade (2 Pe 1.3), "por isso" devemos nos esforçar para cumprir a nossa parte (2Pe 1.5). Paulo ensinou o mesmo a Igreja de Corinto, quando lhes disse: "Caríssimos, já que temos tais promessas, vamos purificar-nos de toda mancha do corpo e do espírito. E levemos a cabo a nossa santificação no temor de Deus" (2 Co 7.1).    
O Perigo do Legalismo


Mas, precisamos tomar cuidado para não cair no legalismo. A santidade não é elitista, não nos faz sentirmos melhores e superiores aos outros. A santidade é amor e deve estar sempre regada com muita humildade, graça e misericórdia. Sem amor, graça e misericórdia a santidade torna-se legalismo que gera elitismo, juízos e condenação, sem falar na hipocrisia.

O caminho da santidade não está no estabelecimento dos limites e regras, pois a tendência humana é a de caminhar na direção para onde os seus olhos estão apontados. Por exemplo, o motorista experiente não fica de olho na margem externa de uma curva acentuada tentando se manter distante dela, mas, sim, fixa os olhos na margem interna procurando manter-se próximo a ela.   Assim também acontece na vida cristã, pois, se fixarmos os olhos naquelas coisas que devemos evitar, vamos acabar sendo atraídos por elas. Mas, se, ao invés disto, nós passarmos a nos preocupar mais em estar mais perto de Cristo, naturalmente estaremos nos afastando do pecado, pois quanto mais perto de Jesus, mais distante nos encontraremos do mal. Eis aí o caminho para uma vida santa! Tendo sempre a Jesus como o alvo, o caminho, a verdade e a vida! Eis aí a mensagem que o contexto brasileiro mais precisa neste momento. A começar pela Igreja.


Conclusão

O avivamento wesleyano produziu transformação de vidas, comunidades, cidades e nações. A mensagem de santidade pregada por Wesley não é algo que pode ser apreciado única e tão somente através de seus escritos, mas também através da história. É uma mensagem bíblica que foi colocada em prática e que pode ser vivida novamente. Com o passar do tempo a mensagem de santidade foi sendo dilacerada pelo legalismo de um lado e por uma ênfase em crescimento da igreja a todo custo e por uma teologia que ensina que superenfatiza a justificação em detrimento da regeneração e santificação. No entanto, os wesleyanos estão se unindo para resgatar a mensagem de santidade a fim de fazer jus ao seu importante legado histórico, buscando viver e ensinar o poder do Evangelho de Cristo sobre o pecado, o diabo e o mundo nesta era presente tanto na esfera pessoal como social.




Bispo José Ildo Swartele de Mello

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