sexta-feira, 23 de julho de 2010
A Prostituta e o Fariseu
A Prostituta e o Fariseu
Houve uma ocasião quando um fariseu convidou Jesus para um jantar. O que era de se estranhar, pois os fariseus viviam encrencando com Jesus. Teria sido aquela uma atitude excepcionalmente simpática de um fariseu em relação a Jesus ou não passaria de mais uma das inúmeras ciladas com intuito de desmoralizá-lo?
Aparentemente, Jesus estava sendo tratado como um grande mestre vindo fora, pois um banquete público havia sido preparado, onde convidados especiais se reclinariam à mesa e a maioria da vizinhança ficaria ao redor para assistir aos debates entre o mestre visitante e os mestres locais. Mas, espantosamente, o anfitrião negligenciou as honrarias da casa ao ilustre convidado. Receber com um beijo, providenciar água para a lavagem dos pés e ungir a cabeça com óleo eram a maneira correta de dar as boas vindas na cultura daquela época. A negligência do fariseu era proposital com intuito de envergonhar e desmoralizar a pessoa de Jesus.
Jesus não reagiu com grosseria. Aceitou pacificamente aquela humilhação. Enquanto isto, uma mulher, indignada com o desprezo demonstrado a Jesus, se aproxima dele, e, agindo como se fosse uma serva daquela casa, passa a lavar os pés de Jesus com suas lágrimas e a enxugá-los com seus cabelos. Ela também beija os seus pés e derrama sobre eles um vidro precioso de perfume. O fariseu, malicioso, julga que Jesus não possuía discernimento espiritual para constatar que a mulher não passava de uma prostituta. No entanto, Jesus aproveita a oportunidade para não apenas revelar seu discernimento em relação a condição da mulher como também em relação ao que se passava na mente e no coração do próprio fariseu. Com uma breve parábola, Jesus aponta para os motivos por detrás do pecado de omissão do fariseu, de ter feito pouco caso de Cristo, que tinham a ver com a falta de gratidão e a falta de amor, por não reconhecer sua condição de pecador que carecia igualmente do misericordioso perdão do Salvador.
O fariseu chama a mulher de pecadora, pois ele não se julgava pecador. Ele achava que não fazia nada de muito errado e que portanto não carecia tanto assim de perdão e misericórdia. Já a mulher se via como pecadora e estava muito agradecida a Cristo pelo perdão e nova oportunidade de vida que lhe fora por ele oferecidos.
Os atos daquela mulher revelam o seu grande amor. A omissão daquele homem revela o seu desprezo. E nesta história, com quem é que nós mais nos identificamos? Estamos cônscios dos nossos pecados e nos sentimos eternamente gratos a Jesus por seu perdão que transborda da cruz? O que é que revelam as nossas ações em relação a Cristo? Muito amor e gratidão ou pouco amor e até mesmo descaso?
Bispo José Ildo Swartele de Mello
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