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De volta pro meu aconchego!

Que expressão sublime! ˜Estou de volta pro meu aconchego”! Hum! Que alívio! Que conforto! Que felicidade e que paz não experimentamos quando retornamos ao lar!

Esta mesma sensação experimentou o Filho Pródigo, sim, o rapaz daquela famosa parábola de Jesus, ao receber aquele aconchegante abraço de seu amoroso pai.

Sabe, aquele moço havia passado muito tempo longe de casa. Iludido pelo fascínio do novo e do distante, ele desprezou o velho e bom convívio do lar, e acabou virando as costas para o pai, e partiu para uma terra distante numa busca desenfreada por aventuras e insaciáveis prazeres.

Desta maneira, ele deu muitas cabeçadas na vida e acabou quebrando a cara, experimentando, assim, muita dor e desapontamento. Abandonado e desprezado por todos, num estado de ruína e humilhação, ele chegou ao ponto de passar fome. Sua fome era mais do que uma fome de pão, pois estava também com fome de felicidade, com fome de paz, com fome de vida... De fato, ele estava com fome e a saudade do aconchego do lar.

Ele teve saudades de casa. Saudades do Pai! Ele caiu em si. Reconheceu o seu erro e quis voltar. Mas, ele nem podia imaginar que, depois de tudo, o Pai ainda o estaria esperando de braços abertos e que, ao vê-lo se aproximar, sairia correndo ao seu encontro e lhe receberia com tanto amor e alegria dando-lhe aquele abraço e aquele beijo tão especialmente carinhoso, misericordioso e restaurador.

Bem, agora, ele estava de volta! Que alívio! Que aconchego! Uma festa, roupas novas, anel no dedo, sandalhas nos pés, tudo restituído ainda que nada merecesse! Como é bom ser amado e que bom é quando a gente se encontra com a pessoa amada! Que bom é estar onde se deve estar!

Jesus veio buscar e salvar os filhos que estão perdidos. Jesus chegou a usar a figura da galinha que ampara os seus pintinhos debaixo da suas asas para expressar o aconchego que ele gostaria de proporcionar a todas as suas criaturas. Ele lamenta o fato delas, por vezes, o rejeitarem. Mas, mesmo assim, ele não as força a permanecer em casa, pois não deseja filhos contrariados em casa.

É interessante notar que Jesus veio a nós na condição humilde de homem pobre e sofredor. Ele é um Rei diferente, um Rei que não quer se impor pela força e que entra em Jerusalém montado em um jumentinho procurando conquistar adeptos pela via do amor que o levou ao sacrifício da própria vida.

Assim como aconteceu com o Filho Pródigo, os que estão distantes também podem atinar para o fato de que não é sábio ficar distante daquele que nos ama e quer tanto bem. Como criaturas de Deus, podem vir a descobrir que o seu vazio existencial é síntoma de uma estranha sensação de saudade do aconchego do seio do Pai Eterno.

Jesus disse que suas ovelhas seriam capazes de reconhecer a sua voz. Há um testificar do espírito de Deus com o nosso espírito, coisa que nós não sabemos explicar direito. Mesmo que estejamos conhecendo a Cristo pela primeira vez, sentimos como se já o conhecêssemos há muito tempo. Sua voz não nos é tão estranha assim! Existe uma comunicação íntima, profunda e espiritual que nos assegura que estamos em território conhecido. Podemos experimentar, então, o aconchego do nosso verdadeiro lar.


Bispo Ildo Mello
Igreja Metodista Livre
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