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O Verdadeiro Sentido do Natal


O Verdadeiro Sentido do Natal!


O Natal tem assumido contornos cada vez mais materialistas e consumistas. A simplicidade da estrebaria e da manjedoura, cenário original do Natal de Jesus, tem sido substituída por luxo, ostentação e extravagância, onde Papai Noel e seus presentes têm usurpado o lugar de Jesus e sua salvação.

Por este motivo, o Natal tem se tornado um momento triste para muitos, pois um Natal materialista acentua ainda mais a dor e aflição dos pobres, dos desempregados, dos sem-teto, dos desamparados, dos doentes e dos desfavorecidos. Mas o verdadeiro Natal é boa notícia para todos, tanto para os ricos Reis Magos quanto para os pobres pastores que estavam fazendo hora extra no turno daquela bendita noite!

Quando o anjo se aproximou daqueles pastores para anunciar o nascimento de Jesus, a primeira coisa que ele disse a eles foi:  “Não temas!”. Como é bom ouvir uma voz celestial dizendo “não temas” num mundo tão conturbado e ameaçador, principalmente quando nos encontramos numa condição desfavorável de fragilidade e opressão.

E o anjo continuou o anuncio, dizendo: “eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.10-11)!

Que maravilha! O Natal do Filho de Deus é a melhor de todas as notícias, pois é mensagem de vida para os que estão à beira da morte, de luz para os que estão em trevas, de paz para os que estão em guerra, de esperança para os que estão desesperados, de justiça para os que estão oprimidos, de cura para os que estão enfermos, de fartura para os que estão famintos, de água viva para os que estão sedentos, de abrigo para os que estão sem teto, de família para os que estão desamparados e de amor para os que são desprezados. Sim, o Natal é a melhor de todas as manchetes!

E o anjo conclui o anúncio apontando para um espantoso sinal: “encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura”. Era de se esperar que o futuro Rei nascesse em berço de ouro. Por isto mesmo foi que os Reis Magos começaram sua busca do Menino Rei no Palácio de Herodes. Uma manjedoura parece um berço muito inadequado para alguém tão especial. O que será que isto significa?

Uma primeira razão que podemos inferir é que se Jesus tivesse nascido num palácio, o acesso ficaria restrito aos nobres. Já a estrebaria era acessível tanto aos reis como também aos pastores. Outra razão é que o Natal se deu em um lugar tão humilde para demonstrar o apreço especial de Jesus pelos pobres (Mt 11.5). Assim, a noite mais feliz da história humana aconteceu num lugar bem pobre, num sinal também de que a felicidade não depende da abundância de bens materiais.

Os pobres encontram grande identificação com o verdadeiro Natal. José e Maria estavam literalmente sem teto. Numa hora tão delicada como a do parto, o pobre casal se vê abandonado e em apuros.  Pois, uma a uma, todas as portas haviam se fechado diante deles. Mas, finalmente, uma porta se abriu! Bem, não foi a porta de um hotel cinco estrelas. No entanto, o que pode ser visto na ocasião foi o brilho de uma estrela verdadeira que apontava exatamente na direção daquele humilde estábulo, que se tornaria o palco do momento mais sublime e feliz da Terra! “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Is 9.1). “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:14).

Os hotéis estavam cheios e não tinham lugar para o Natal de Jesus, mas ele encontrou lugar para nascer em um estábulo e seu berço foi uma manjedoura. Jesus continua buscando corações humildes como uma manjedoura para repousar e manifestar a Sua glória!

Hoje, também corremos o risco de estarmos ocupados com tantas coisas a ponto de não darmos lugar a Cristo em nossas vidas. A alegria do Natal não está em receber presentes ou em se sentar ao redor de uma mesa farta, mas em acolhermos o Rei Jesus em nossos próprios corações.

Ah! Se as pessoas buscassem a Jesus como buscam as lojas e os supermercados nestes dias de Natal! Ah! Se as pessoas, ao invés de se empanturrarem de comida e bebida, dessem ouvidos àquele que disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Ah! Se todos tivessem um coração tão humilde como uma manjedoura, onde Jesus Cristo pudesse nascer! Aí, sim, experimentariam o verdadeiro sentido do Natal!

Que os seus corações se encham de alegria durante a celebração do nascimento do glorioso Rei!

Bispo José Ildo Swartele de Mello

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