terça-feira, 12 de setembro de 2023

Orientações para o Uso do Dom de Profecia

Amados irmãos e irmãs metodistas livres, 
 
Que a graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo se multipliquem em suas vidas. Com base nos princípios bíblicos e em nossa tradição wesleyana, desejamos oferecer orientações claras para o uso do dom de profecia em nossas igrejas. Este dom é precioso, mas também requer discernimento e responsabilidade. 
 
1. A Advertência Bíblica sobre Falsos Profetas (Mateus 7:15-20; Deuteronômio 13:1-5 e Jeremias 23:16-17):
As Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento, afirmam o dom de profecia, mas também nos alertam sobre os perigos dos falsos profetas. Em Mateus 7:15-20, Jesus nos adverte sobre os falsos profetas que se disfarçam de ovelhas, mas são lobos vorazes. Ele nos ensina a discernir esses falsos mestres pelos frutos de suas vidas e ensinamentos. Deuteronômio 13:1-5 adverte que até mesmo aqueles que realizam milagres não devem ser seguidos se suas palavras nos afastarem de Deus. Jeremias 23:16-17 nos alerta sobre profetas que proferem falsos sonhos e enganos.

2. Caráter Cristão e Continuidade dos Dons Espirituais (1 Coríntios 12:4-11, 1 Coríntios 3:1, Gálatas 5:22-23, 1 Coríntios 13:1-3):
Acreditamos na continuidade dos dons espirituais, mas é vital lembrar que os dons não são sinônimos de espiritualidade. Isso fica evidente quando observamos a situação da igreja de Corinto, que possuía todos os dons, no entanto, Paulo os chama de carnais e imaturos. O apóstolo enfatiza que o caráter de justiça e amor, juntamente com a maturidade espiritual, são fundamentais. Pois, como Paulo declara em sua carta aos Coríntios, os dons, sem o amor, não têm valor algum diante de Deus. 
Em seu Sermão “A Natureza do Entusiasmo”, John Wesley reconhece a influência real do Espírito de Deus na vida dos crentes, mas também observa que muitos confundem essa influência com suas próprias ideias e impulsos, levando a excessos e comportamentos fanáticos. Ele enfatiza a importância de buscar a vontade de Deus por meio da razão, da experiência e da aplicação das Escrituras, em vez de depender de sonhos, visões ou impressões subjetivas. Ele reconhece que o Espírito Santo pode auxiliar os crentes durante o processo de discernimento, trazendo à mente circunstâncias relevantes, destacando convicções e proporcionando paz interior.

3. Submissão à Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16, Isaías 8:20):
Toda profecia deve ser submetida à Palavra de Deus. A Bíblia é nossa base e autoridade suprema. Isaías declara que, se alguém não fala de acordo com a lei e o testemunho, não há luz nele. Qualquer profecia que contradiga a Palavra de Deus não é inspirada pelo Espírito Santo. 

4. Submissão à Liderança Espiritual (Hebreus 13:17; Efésios 4.11-12; 1 Timóteo 5.17; 1 Coríntios 14.29-40):
Toda profecia deve ser submetida à liderança espiritual da igreja. A liderança é responsável por discernir e confirmar a autenticidade das profecias e pela ordem e decência do culto.

5. Manifestação do Caráter Cristão (Efésios 4:22-24):
Aqueles que operam no dom de profecia devem refletir o caráter de Deus. A integridade e a santidade de vida são essenciais.

6. Glorificação de Deus e Edificação (1 Coríntios 14:3):
Toda profecia verdadeira glorifica a Deus e testemunha de Jesus Cristo. Deve contribuir para o crescimento espiritual e o fortalecimento da fé.

7. Julgar as Profecias e Pôr à Prova os Profetas (1 João 4:1-3, Apocalipse 2:2, 1 Coríntios 12:10, Atos 17:11):
Devemos julgar as profecias e por à prova os espíritos para saber se de fato procedem de Deus. Jesus elogia a igreja de Éfeso por sua atenção em desmascarar falsos apóstolos, destacando a importância do discernimento espiritual dentro da comunidade cristã. Devemos ser vigilantes e capazes de discernir entre aqueles que genuinamente representam a verdade de Cristo e aqueles que são falsos mestres. O dom de discernimento de espíritos é vital para avaliar profecias. Os bereianos são elogiados por examinar cuidadosamente as Escrituras para verificar se o ensino de Paulo estava em conformidade com a Palavra de Deus. Isso ilustra a atitude prudente que os cristãos devem adotar ao receberem ensinamentos ou profecias.

8. Vida de Santidade e Oração (1 Pedro 1:15-16):
Uma busca contínua pela santidade e uma vida de oração são essenciais para quem opera no dom de profecia. Uma vida santificada é mais receptiva à voz de Deus.

9. Orientação Pastoral (1 Coríntios 14:1; 5; 24; 31; 39; 15:4):
A liderança pastoral deve ensinar a Igreja que o dom de profecia pode ter um espaço importante na Igreja, mas evitar que pessoas que profetizam recebam importância indevida, como se fossem gurus ou pitonisas.

10. Propósito Primordial do Dom de Profecia (1 Coríntios 14.3, 1 Coríntios 14:4, 1 Coríntios 14:12):
Lembremos que o propósito primordial do dom de profecia é edificar, exortar e consolar, promovendo a edificação do corpo de Cristo e não destruição, unidade e não divisão. Portanto, todas as mensagens proféticas devem ser dadas com amor, alegria, paz e em conformidade com o fruto do Espírito.

Conclusão:
Reafirmamos o compromisso da Igreja Metodista Livre do Brasil em buscar uma vida cristã sólida, fundamentada na Palavra de Deus, na santidade de vida e na edificação mútua. Pedimos a todos os membros e líderes que busquem discernimento espiritual e que sejam vigilantes contra falsas doutrinas e enganos, à medida que utilizam e avaliam o dom de profecia para a edificação do corpo de Cristo.
 
Que a graça e a sabedoria de Deus nos guiem enquanto continuamos a servir ao Senhor e à sua igreja.
 
Em Cristo,

Bispo José Ildo Swartele de Mello
Bispo Daniel Abe
Superintendentes dos Concílio Regionais do:
Centro-oeste: Marinho Soares Filho e Peterson Albuquerque Nunes
Nordeste: Rosimeire Araújo dos Santos e João da Paz
CONLESTE: Nilson Campos, Marie de Oliveira e Milton Aquino
CONOR: Eduardo Adriano e Rozinaldo Leopoldino da Silva
CONSULPA: Rodrigo Rodrigues Lima e Delma Lima Souza

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

O Sermão de John Wesley: "A Natureza do Entusiasmo" e Suas Lições para os Dias Atuais

Introdução

No século XVIII, a Grã-Bretanha estava passando por um período de intensa transformação social, cultural e religiosa. Foi nesse contexto que John Wesley, um dos fundadores do metodismo, pregou seu sermão intitulado "A Natureza do Entusiasmo" (Sermão 37). Este sermão se tornou uma peça fundamental para entender as preocupações de Wesley com relação ao fanatismo religioso, bem como seu compromisso em defender o metodismo das acusações de ser um movimento fanático. Neste artigo, exploraremos o contexto da época, o significado do termo "entusiasmo", os propósitos de Wesley ao abordar esse tema e como suas lições podem ser aplicadas aos dias de hoje.


Contexto Histórico

O século XVIII na Grã-Bretanha foi marcado por mudanças profundas. A Revolução Industrial estava em curso, transformando a sociedade e a economia. Ao mesmo tempo, havia uma crescente diversidade de opiniões religiosas e uma multiplicidade de movimentos religiosos surgindo. Entre esses movimentos, o metodismo liderado por John Wesley ganhava destaque.

O metodismo era uma resposta ao formalismo religioso da época, buscando uma religião mais vibrante e experiencial. No entanto, essa busca por uma fé mais profunda levou a acusações de fanatismo por parte de muitos opositores. Nesse contexto, Wesley sentiu a necessidade de abordar o tema do "entusiasmo" religioso, esclarecendo o que ele considerava a verdadeira natureza do fanatismo e defendendo o metodismo dessas acusações.


O Significado do Termo "Entusiasmo"

Nos dias de John Wesley, o termo "entusiasmo" tinha uma conotação mais negativa do que costuma ter hoje em dia. Na época de Wesley, o entusiasmo religioso era frequentemente associado a uma forma de religiosidade exagerada, extremista ou fanática, que ele via como prejudicial para a fé e a vida cristã.

Wesley estava preocupado com pessoas que acreditavam ter experiências religiosas sobrenaturais, como visões, revelações especiais ou dons milagrosos, sem uma base sólida nas Escrituras ou sem um discernimento cuidadoso. Ele também estava preocupado com aqueles que buscavam uma religião baseada principalmente em emoções e sentimentos momentâneos, em vez de uma fé fundamentada nas verdades bíblicas.

Portanto, quando Wesley falava sobre "entusiasmo" em seus sermões e escritos, muitas vezes ele estava alertando contra práticas religiosas que ele considerava desequilibradas, irreverentes ou que negligenciavam as Escrituras e a razão em favor de experiências pessoais intensas.

Hoje em dia, o termo "entusiasmo" geralmente tem uma conotação mais positiva, associada ao fervor, ao interesse e à paixão por algo. No entanto, é importante lembrar que, nos escritos e ensinamentos de John Wesley, o "entusiasmo" se referia principalmente a essas preocupações específicas relacionadas à religião e à espiritualidade.


Os Propósitos de Wesley

Wesley tinha dois propósitos principais ao pregar o sermão "A Natureza do Entusiasmo". Primeiramente, ele queria defender o metodismo das acusações de ser um movimento fanático. Muitos opositores rotulavam os metodistas como entusiastas religiosos, e Wesley desejava esclarecer que o metodismo estava fundamentado nas Escrituras e buscava uma fé equilibrada e sólida.

Em segundo lugar, Wesley estava atacando o que ele considerava fanatismo religioso. Ele estava preocupado com aqueles que buscavam experiências religiosas intensas sem uma base sólida nas Escrituras ou que negligenciavam os meios ordinários de graça, como a oração, a leitura da Bíblia e a comunhão com outros cristãos. Ele via esse tipo de fanatismo como prejudicial à fé e à vida cristã.


Abordagem de Wesley

No sermão, Wesley identifica três tipos de fanatismo religioso:

1. Aqueles que acreditam ter graça quando não a têm, resultando em conversões superficiais. Isso ocorre com aqueles que pensam terem sido redimidos por Cristo e perdoados de seus pecados, mas carecem de um arrependimento profundo e uma convicção sincera. Wesley compara esse tipo de entusiasmo a uma forma de loucura, onde as pessoas iludem a si mesmas, imaginando ter algo que na realidade não possuem, resultando em uma fé superficial baseada em emoções passageiras. Ele também menciona pessoas que seguem rituais religiosos e mantêm uma moralidade superficial, mas nunca experimentaram o verdadeiro amor de Deus ou uma transformação interior. Embora se considerem cristãs, muitas vezes olham com superioridade para outros. Wesley adverte essas pessoas a reconhecerem sua condição de entusiastas, a confrontarem sua falsa religiosidade e a buscar uma fé genuína em Deus. Em suma, ele destaca a importância da autenticidade na fé e alerta contra a ilusão do entusiasmo religioso superficial.

2. Aqueles que imaginam possuir dons sobrenaturais que na verdade não possuem, como o poder de operar milagres ou receber direções especiais de Deus de maneiras não bíblicas. Ele não nega a possibilidade de dons espirituais, como o dom de profecia. Em vez disso, ele adverte contra a possibilidade de algumas pessoas se considerarem possuidoras de dons especiais quando, na realidade, não os têm. Ele enfatiza a importância de discernir se esses dons são reais e se estão sendo usados de acordo com os princípios bíblicos. 

3. Aqueles que esperam alcançar objetivos sem usar os meios apropriados. Neste trecho, John Wesley fala sobre pessoas que pensam que podem alcançar seus objetivos diretamente com a ajuda imediata de Deus, sem fazer esforços ou usar os meios disponíveis. Ele explica que, em casos excepcionais de intervenção sobrenatural de Deus, isso pode ser aceitável. No entanto, ele critica quando as pessoas têm os meios adequados à disposição, como estudar a Bíblia ou se preparar para falar em público, mas optam por ignorá-los, esperando um milagre. Wesley enfatiza que é importante usar os meios disponíveis com sabedoria, reconhecendo que Deus muitas vezes age por meio deles para alcançar Seus propósitos, em vez de contar apenas com intervenções divinas diretas. Em resumo, ele nos lembra da importância de combinar fé com ação e não negligenciar os meios enquanto buscamos nossos objetivos.

Wesley adverte sobre os perigos do fanatismo, que incluem orgulho, confiança obstinada e desprezo pelos outros. Ele aconselha as pessoas a evitarem o entusiasmo do fanatismo, incluindo aqueles que se consideram cristãos apenas por suas ações externas e aqueles que buscam dons sobrenaturais enquanto ignoram os meios apropriados.

Quando Wesley diz que alguns consideram a crença em uma providência particular como fanatismo, ele está abordando a ideia de que algumas pessoas podem considerar exagerado ou irracional acreditar que Deus está envolvido em detalhes minuciosos da vida cotidiana. No entanto, Wesley argumenta que essa crença é fundamentada na garantia bíblica, ou seja, tem base nas Escrituras Sagradas.

Wesley defende que a Providência de Deus é tanto geral como particular, universal como específica. Ele argumenta que a Bíblia oferece garantias dessa crença, mostrando que Deus não apenas criou o mundo, mas também se importa com a vida individual das pessoas. Ele destaca que Jesus ensinou que Deus conhece até mesmo os cabelos da cabeça de cada pessoa (Lucas 12:7), indicando um nível de detalhe na preocupação divina.

Portanto, a mensagem de Wesley é que a crença na Providência particular de Deus não é fanatismo, mas sim uma compreensão fundamentada nas Escrituras de que Deus está envolvido em todos os aspectos de nossas vidas. Ele está enfatizando a importância de manter um equilíbrio entre a busca por uma fé experiente e emocional (que ele critica como fanatismo quando negligencia as Escrituras) e uma confiança sólida na Providência Divina, que abrange tanto os aspectos gerais como os específicos da vida.

Essa mensagem também tem implicações práticas para os dias de hoje, incentivando os crentes a manterem uma fé que busca a Deus em todas as áreas da vida, confiando em Sua orientação e cuidado tanto nos grandes eventos como nos detalhes cotidianos.

No trecho final do sermão, John Wesley adverte contra diversas formas de entusiasmo religioso e oferece conselhos práticos para evitá-lo. Ele enfatiza a necessidade de compreender claramente o termo "entusiasmo" antes de rotular alguém como tal e destaca a importância de não julgar sem evidências sólidas. Wesley encoraja a autoavaliação e humildade espiritual, exorta a não usar a força para impor a fé e a não imitar cegamente entusiastas. Ele também adverte contra a imaginação de possuir dons divinos que não se têm e incentiva o uso diligente dos meios estabelecidos por Deus para alcançar objetivos espirituais. Em essência, Wesley oferece diretrizes para evitar o fanatismo religioso e manter uma fé equilibrada, fundamentada na razão, nas Escrituras e na humildade.


Lições para os Dias de Hoje

Embora o contexto tenha mudado desde os dias de Wesley, as lições de seu sermão ainda são relevantes para os dias atuais: 
  1. Equilíbrio na Fé: Assim como no século XVIII, muitas pessoas hoje buscam experiências religiosas intensas. A lição de Wesley é que a fé deve ser equilibrada, fundamentada nas Escrituras e combinada com uma busca diligente pelos meios de graça. 
  2. Discernimento Espiritual: É crucial discernir entre experiências genuínas e ilusões espirituais. Hoje, isso se aplica à busca de direção divina, dons espirituais e experiências religiosas. 
  3. Evitar o Julgamento Precipitado: Assim como Wesley alertou contra o julgamento precipitado dos outros, devemos evitar rotular apressadamente aqueles com crenças religiosas diferentes das nossas. 
  4. Buscar a Verdade: A busca pela verdade e pela vontade de Deus deve ser baseada nas Escrituras, na razão e na experiência. Devemos evitar práticas que negligenciam esses fundamentos. 
  5. Humildade Espiritual: O orgulho espiritual é um perigo atemporal. Devemos manter a humildade em nossa jornada espiritual. 


Conclusão

O sermão de John Wesley, "A Natureza do Entusiasmo", oferece insights valiosos sobre a busca de uma fé equilibrada e uma compreensão saudável da espiritualidade. Embora tenha sido pregado há séculos, suas lições ressoam nos dias de hoje, recordando-nos da importância de discernir, buscar a verdade e manter a humildade em nossa jornada de fé.


Questões:

  1. Qual é a origem e o significado da palavra "entusiasmo" nos dias de Wesley, e como essa compreensão difere da maneira como a palavra é usada hoje? 
  2. Quais são as diferentes categorias de entusiasmo que Wesley identifica e como ele as descreve? Você acha que essas categorias ainda se aplicam às práticas religiosas contemporâneas? 
  3. Como Wesley aborda a questão do discernimento da vontade de Deus? Quais são os meios apropriados que ele enfatiza para buscar orientação espiritual? Como esses princípios podem ser aplicados na vida cotidiana? 
  4. Qual é a importância da humildade e da autoavaliação na abordagem de Wesley ao fanatismo religioso? Por que ele adverte contra o orgulho espiritual? 
  5. De que maneira a recomendação de Wesley de evitar o uso da força para impor a fé se relacionado os desafios contemporâneos de tolerância religiosa e coexistência pacífica? 
  6. Como podemos aplicar os princípios de Wesley sobre o uso de meios apropriados para alcançar objetivos espirituais em nossa busca por uma fé genuína e prática religiosa nos dias de hoje? 
  7. Como podemos equilibrar a busca por experiências espirituais profundas com a necessidade de manter uma base sólida nas Escrituras e na razão, conforme enfatizado por Wesley? 
  8. Em sua opinião, quais são os perigos mais urgentes do fanatismo religioso nos dias de hoje e como podemos abordá-los à luz das lições apresentadas por Wesley em seu sermão? 



Link para o Sermão 37 de John Wesley, intitulado A Natureza do Entusiasmo:


http://www.metodistavilaisabel.org.br/docs/SERMAO_37.pdf

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