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Mostrando postagens de 2025

Morando na Casa da Graça

Morando na Casa da Graça John Wesley, o grande avivalista e teólogo metodista, tinha uma maneira belíssima e prática de falar sobre a salvação. Para ele, a obra de Deus na vida do ser humano podia ser comparada a uma casa — e cada etapa da salvação era como um ambiente que vamos conhecendo, habitando e sendo transformados por ele. A graça preveniente é o caminho até a casa . Mesmo quando não sabíamos, Deus já estava à nossa procura. Ele nos viu de longe, feridos e perdidos, e saiu ao nosso encontro. Foi Ele quem construiu a estrada, limpou os obstáculos e nos atraiu com cordas de amor. Quantas vezes, sem perceber, nosso coração foi tocado por pensamentos de eternidade, pela beleza da criação, pelo desconforto do pecado? Isso já era Deus nos chamando: “Venha para casa, filho meu.” A graça convincente é a varanda da casa . Quando finalmente nos aproximamos, começamos a enxergar nossa condição: sujos, cansados, vazios. É o Espírito Santo quem acende a luz da consciência e nos mostra...

Legendários: um alerta pastoral sobre o que parece ser e o que de fato é

Legendários: um alerta pastoral sobre o que parece ser e o que de fato é Vivemos um tempo em que muitos homens se sentem desorientados quanto ao seu papel no lar, na igreja e na sociedade. Essa crise de identidade tem dado lugar a uma busca crescente por respostas, pertencimento e significado. Nesse contexto, surgem movimentos como o Legendários, que prometem restaurar o "verdadeiro homem" por meio de retiros espirituais, jornadas em meio à natureza, e experiências de "quebrantamento" exclusivas para o público masculino. A proposta pode parecer atrativa à primeira vista. Os encontros são promovidos em locais isolados, com atividades desafiadoras, falas impactantes, forte apelo emocional e espiritualidade embalada em linguagem viril. Homens são convidados a subir a montanha, reencontrar seu "propósito original" e retornar como lendas vivas. Mas é precisamente nesse pacote sedutor que precisamos fazer uma pausa e perguntar: que tipo de homem está sendo forma...

Adoração ou Entretenimento? O Risco de Confundir Emoção com Devoção

Adoração ou Entretenimento? O Risco de Confundir Emoção com Devoção Vivemos em um tempo em que muitos cultos são marcados por produção artística impecável: música de alta qualidade, músicos talentosos, luzes e estrutura profissional. Tudo isso pode enriquecer a experiência de adoração, mas surge uma pergunta crucial: estamos realmente adorando a Deus ou apenas nos encantando com a performance? Como seres humanos, facilmente trocamos a essência da adoração por emoções passageiras. O profeta Oséias já alertava: "Quero misericórdia, e não sacrifício; conhecimento de Deus, mais do que holocaustos" (Os 6:6). Deus não se impressiona com ritos vazios; Ele busca corações sinceros e comprometidos. Jesus reforçou essa verdade: "Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" (Mateus 15:8). Infelizmente, é possível estar em um culto emocionante, saltar de alegria, levantar as mãos e ainda assim não adorar de verdade. A verdadeira adoração não é sobre ent...

Por que procuram entre os mortos Aquele que vive?

Transcrição do vídeo do Sermão que preguei neste Domingo de Páscoa sob o título: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui. Ressuscitou!”
 📖 Lucas 24.5-6 Eu estou com um desafio aqui. Ontem conversei com minha esposa sobre se pregaria uma mensagem como de costume, ou se leria um texto que escrevi inspirado em dois dos sermões mais famosos sobre a ressurreição: o de João Crisóstomo e o de Charles Spurgeon. Inspirado por eles, escrevi um breve sermão. Ao relê-lo, percebi que dificilmente conseguiria pregar melhor do que aquilo que escrevi. Por isso, decidi fazer algo diferente hoje: vou lê-lo para vocês. Confesso que corro o risco de cometer os mesmos erros que um pregador certa vez cometeu ao ler seu sermão. Ao pedir a opinião da esposa, ouviu: "Seu sermão teve três problemas: foi lido, foi mal lido e não merecia ser lido". Assumo esse risco, mas quero compartilhar com clareza essa mensagem sobre a ressurreição. Desejo destacar Lucas 2...

Por que buscais o Vivente entre os mortos?

Por que buscais o Vivente entre os mortos? 📖 Lucas 24.5-6 Na manhã da ressurreição, enquanto as mulheres chegavam ao sepulcro com corações aflitos e mãos cheias de perfumes, foram surpreendidas com uma pergunta celestial que ecoa até hoje: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui. Ressuscitou!” Ainda hoje, muitos continuam buscando vida onde só há morte. Procuram Jesus onde Ele não está: em religiões sem vida, em rituais vazios, no legalismo, nas boas obras feitas como barganha, no moralismo que esconde orgulho, na justiça própria, no humanismo que nega o pecado, nas ideologias e filosofias passageiras, na erudição que se exalta, e até na ciência que ignora o Criador. Mas Jesus não está em todo lugar. Ele é o único Caminho, a Porta das ovelhas, o Mediador entre Deus e os homens. Como disse Pedro a Jesus: “Para onde iremos nós, só Tu tens as Palavras de Vida Eterna.  ✨ O que foi encontrado no sepulcro? 🕊️ Perfume. E quando entraram no sepu...

Vivendo com princípios cristãos

“Vivendo com princípios cristãos” Texto base: Filipenses 4.8 e Tito 2.12 Introdução: Princípios ou Costumes? • Você vive segundo princípios ou apenas segue costumes? • Costumes mudam com o tempo e a cultura, mas os princípios bíblicos são imutáveis , pois vêm de Deus. • Esta lição nos convida a refletir: O que tem moldado minha vida? Objetivo: Refletir e agir à luz dos princípios bíblicos, deixando que a Palavra de Deus forme em nós um caráter semelhante ao de Cristo. ⸻ 1. Tudo o que é VERDADEIRO “Seguindo a verdade em amor…” (Ef 4.15) • Ser verdadeiro é viver de forma íntegra, transparente e coerente com o evangelho. • Não se trata apenas de dizer a verdade, mas de encarnar a verdade com amor . • Wesley insistia que doutrina e amor caminham juntos. A verdade sem amor vira dureza; o amor sem verdade vira confusão. Aplicação: Você fala e vive a verdade com amor? Ou usa a verdade como arma? ⸻ 2. Tudo o que é RESPEITÁVEL (honesto, nobre)...

Amor Radical, Amor que Transforma

Amor Radical, Amor que Transforma Sexta‑feira da Paixão Texto‑chave:  “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (1Jo 4.10) 1. Tese Só quando reconhecemos a radicalidade do sacrifício de Jesus compreendemos a profundidade do Seu amor; então, habilitados por esse amor, podemos amar como Ele amou. 2. Confissão necessária Nosso apetite por  reconhecimento, poder e conforto  devora a capacidade de amar desinteressadamente. Admitamos: não amamos a Deus nem ao próximo como deveríamos (1Jo 4.20‑21). “Senhor, meu coração tende a buscar a mim mesmo e não a Ti. Tem misericórdia de mim.” (Sl 51.1‑4, adaptado) “Derrama Teu amor em nosso coração pelo Espírito Santo.” (Rm 5.5) 3. Contemplando a cruz (12h – 15h) Hora Palavra de Jesus Ênfase 9h Lc 23.34 – “Pai, perdoa‑lhes …” Perdão imerecido 11h Lc 23.43 – “Hoje estarás comigo …” Graça imediata 12h Jo 19.26‑27 – “Mulher, eis aí teu fi...

Conquistas de Jesus na Cruz

Na cruz, Jesus concluiu a nossa salvação (Jo 19.30): Ele pagou toda a nossa dívida e apagou a culpa do pecado (Cl 2.14‑15; Ef 1.7), declarando‑nos justos diante de Deus (Rm 3.24‑26) e quebrando a barreira que nos separava dEle e uns dos outros, unindo judeus e gentios num só povo (2Co 5.19; Ef 2.14‑16). Ali Ele venceu as forças do mal (Cl 2.15), tirou de nós a maldição da Lei (Gl 3.13) e o medo da morte (Hb 2.14‑15). Pelo seu sangue inaugurou a nova aliança e abriu caminho livre até a presença do Pai (Lc 22.20; Hb 10.19‑20), adotou‑nos como filhos (Gl 4.4‑5) e formou um povo de sacerdotes pronto para servir (1Pe 2.9; Ap 1.5‑6). Depois de morrer e ressuscitar, derramou o Espírito Santo sobre nós (At 2.33; Gl 3.14), abriu portas para a reconciliação de todo o universo com Deus (Cl 1.20), deixou o exemplo supremo de humildade e serviço (Fp 2.5‑8; 1Pe 2.21) e garantiu uma esperança viva de ressurreição e nova criação (1Co 15.20‑22; 2Co 5.17). Assim, a cruz mostra de uma vez por todas a jus...

Domingo de Ramos: O Rei humilde e suas lições triunfais

Um Rei Diferente: Manso, Humilde e Cativante!

Domingo de Ramos: O Rei humilde e suas lições triunfais

Domingo de Ramos: O Rei humilde e suas lições triunfais Por Bispo Ildo Mello Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa, relembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Naquele dia, cumprindo as profecias, Jesus apresentou-se publicamente como o Messias prometido e foi recebido por uma multidão jubilosa. Homens, mulheres e crianças estendiam seus mantos pelo caminho e agitavam ramos de palmeira em sinal de honra. Todos clamavam em alta voz: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!” (Jo 12.13; cf. Mt 21.9). Eles exaltavam a Jesus como o tão esperado descendente de Davi – o Rei que vinha trazer salvação. A cena foi marcada por profunda alegria e adoração sincera diante de Cristo. A aclamação da multidão não foi um acaso, mas a realização da fidelidade de Deus às suas promessas antigas. Séculos antes, o profeta Zacarias havia anunciado exatamente este momento: “Alegre-se muito, ó filha de Sião! Exulte, Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você, justo e...