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Mostrando postagens de março, 2018

João Batista foi a reencarnação de Elias?

Sabemos que os espíritas alegam que João Batista foi a reencarnação de Elias. No entanto, o próprio João Batista negou ter sido o Elias. "És tu Elias? E disse: Não sou." (Jo 1:21). Outro argumento contra a idéia de que João Batista tenha sido a reencarnação de Elias reside no fato de que, no monte da transfiguração, apareceram Moisés e Elias (Lc 9:30-31). Mas, se João Batista fosse a reencarnação de Elias, ele deveria ter aparecido, e não Elias, pois o próprio João Batista já havia falecido na ocasião e a doutrina espírita diz que a última reencarnação é a que conta para uma aparição. Além do mais, a doutrina espírita diz que é necessário morrer para poder reencarnar, no entanto, Elias jamais morreu. Ele foi arrebatado com corpo e tudo. (2 Reis 2:11). O que aconteceu com Elias foi o mesmo que aconteceu com Enoque que "foi trasladado para não ver a morte" (Hebreus 11:5). Portanto, nem Elias e nem Enoque morreram, pois ambos foram transladados para não verem a mor

A dúvida de um homem de fé

A dúvida de um homem de fé Introdução: "És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro?" (Lc 7.20). A dúvida de João Batista tem a ver com o fato dos judeus esperarem um Messias guerreiro como Davi que venceu o Golias (1Sm 17) e não um bondoso e pacífico pastor que curava os enfermos. João Batista era um homem como nós, sujeito às mesmas fraquezas. Ele foi preso e estava prestes a ser degolado pelo perverso Rei Herodes, e não havia sido liberto daquela prisão por Jesus. Portanto, suas expectativas de que Jesus fosse um messias guerreiro e libertador político não estavam se cumprindo. A partir dos sinais do Reino de Isaías 35, Jesus provou para João que ele era de fato o Messias prometido:  "os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho" (Lc 7.22). Existem muitas profecias que mostram o Messias atuando como um pastor que "apascentará o povo n

A Destruição atual de Damasco tem alguma coisa a ver com a profecia de Isaías?


 Um erro grave é ler profecias bíblicas sem levar em consideração o seu contexto histórico. O profeta Isaías deixou claro que Damasco seria destruída e despojada naquele tempo pelo rei da Assíria: “Porque antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, serão levadas as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei da Assíria.” (Is 8.4). Cerca de 738 aC, os sírios, liderados por Rezim, uniram forças com Peca, rei de Israel, para subjugar Judá. Muitas terras foram capturadas, embora o cerco de Jerusalém tenha sido mal sucedido (2 Rs 16: 5, 6; 2 Cr 28:5). Neste momento de aparente sucesso para Damasco, a destruição da cidade foi prevista por Isaías (8:4; 17:1), Amós (1:3-5) e Jeremias (49:23-27). Acaz de Judá fez uma aliança com os assírios em busca de proteção contra os sírios e Israel (reino do Norte). O rei assírio Tiglate-Pileser III concordou e marchou contra a confederação sírio-israelita. Depois de derrotar Israel, ele atacou Damasco, saqueou a cidade, depo

Morte na panela

O "homem da iniquidade" de 2 Tessalonicenses 2.3

O "homem da iniquidade" de 2 Tessalonicenses 2.3 certamente não é o anticristo porque os únicos quatro versículos que falam do anticristo ou dos anticristos os descrevem como falsos profetas cristãos gnósticos, adeptos do docetismo que negavam que Jesus havia vindo em carne. (1Jo 2.18; 1Jo 2.22; 1Jo 4.3 e 2Jo 7).  Ainda que não possamos apontar com certeza, é possível que o "homem da iniquidade" seja a "Besta" mencionada no livro de Apocalipse, no caso, o Imperador Nero. Existem 3 referencias no capítulo 2 de 2 Tessalonicenses que indicam que tal sujeito estava por perto na época em que Paulo escreveu a carta: 1) "o que o detém", 2) "já opera" e 3) "aquele que agora o detém".  Paulo ao escrever aos tessalonicenses, dizendo: "sabeis o que o detém", indica que eles tinham conhecimento de quem se tratava e que tinha a ver com os acontecimentos contemporâneos a eles. Sabemos que Paulo foi condenado a morte por vo

A Besta do Apocalipse

A Besta do Apocalipse Por Bispo Ildo Mello É comum ver os cristãos dos nossos dias lendo o Apocalipse como uma revelação de coisas que ainda estariam para acontecer, esquecendo-se de que o livro foi escrito há quase dois mil anos e que foi originalmente endereçado aos cristãos das sete igrejas da Ásia Menor que estavam realmente sofrendo terrível perseguição por parte do Império Romano. Parte das revelações diziam respeito a fatos contemporâneos a eles, outras a eventos que aconteceriam ainda naquela geração e, por fim, também encontramos revelações de coisas que só se cumprirão por ocasião da Segunda Vinda de Cristo. Portanto, antes de ser uma mensagem de Deus para nós aqui e agora, foi mensagem de Deus para eles, lá. Compreender o contexto daquelas igrejas do primeiro século e procurar interpretar a mensagem do Apocalipse a partir da ótica dele facilitará em muito a nossa compreensão do significado de figuras de linguagem como, por exemplo, a da Besta. Vamos começar examin