A bela e inspirada canção Meu Mestre foi composta pelo irmão Lázaro. Ele, que foi vocalista do Olodum, deixou o auge da fama porque percebeu o vazio da farra e dos vícios. Afundou tanto no pecado que chegou à beira da morte, deprimido e sem sentido. Então buscou o Senhor, encontrou vida, perdão e renovação e deixou para trás todo aquele sucesso. Descobriu a salvação, a verdadeira alegria em Cristo, e passou a compor canções evangélicas — uma atrás da outra — tornando-se evangelista.
Ele próprio dizia: “Quem era eu? Um homem marcado pela dor, mas agora servo do Senhor. Deus me tirou do fundo do poço, libertou-me das drogas, deu-me nova vida, e hoje vivo só para Ele.” E isso é possível porque quem está em Cristo já passou da morte para a vida (Jo 5.24).
A mesma esperança vimos em D. L. Moody, grande evangelista do século XIX, que declarou perto da morte: “Quando vocês lerem no jornal que D. L. Moody morreu, não acreditem; estarei mais vivo do que nunca!” — pois Deus é Deus de vivos e não de mortos (Mt 22.32).
“A minha vida é do Mestre”
Deus ainda clama: “Filho meu, dá-me o teu coração” (Pv 23.26). Jesus também disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23-24). E o apóstolo recorda: “Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15).
Eu nasci num lar evangélico, cresci na igreja, mas só aos dezesseis anos entreguei, de fato, o barco da minha existência ao Mestre. Foi o divisor de águas da minha vida: Ele assumiu o leme e tudo mudou.
“O meu caminho é do Mestre”
Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Por isso a Escritura manda: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia n’Ele, e o mais Ele fará” (Sl 37.5). Salvação não é mera experiência estanque; é jornada. Eu fui salvo, estou sendo salvo e, pela graça, serei salvo — é caminhada contínua com Cristo.
“Minha esperança é o Mestre”
“Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor” (Jr 17.7). Se a nossa esperança repousa em bens, pessoas ou carreiras, somos pobres; se está no Senhor, somos bem-aventurados.
“Entrei mar afora”
O Espírito é soberano: “O vento sopra onde quer… assim é todo o que é nascido do Espírito” (Jo 3.8). Ele não revela todo o roteiro, mas garante a presença: “Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28.20). Abraão partiu “sem saber para onde ia” (Hb 11.8). Também vivemos por fé, não pelo que vemos (2 Co 5.7); o justo viverá pela fé (Rm 1.17).
“Na solidão da lida”
Mesmo guiados pelo Bom Pastor, às vezes atravessamos o vale da sombra da morte (Sl 23.4). Jesus advertiu: “No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (Jo 16.33). Nada nos separa do Seu amor (Rm 8.38-39). “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado” (Sl 34.18); “Não temas, porque Eu sou contigo” (Is 41.10); “Nunca o deixarei, jamais o abandonarei” (Hb 13.5).
“As ondas grandes vêm”
Tribulações ou tentações querem nos arrastar. José resistiu ao assédio perguntando: “Como poderia eu pecar contra Deus?” (Gn 39.9). Lembremos: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza” (Sl 46.1-3) e “fez cessar a tormenta, conduzindo-nos ao porto desejado” (Sl 107.28-30). Por isso, “cuidado para que não haja em vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo” (Hb 3.12).
Conclusão
A canção “Meu Mestre” não é apenas música; é oração e testemunho de fé. Hoje o Senhor repete: “Filho meu, dá-me o teu coração” (Pv 23.26). Talvez você esteja em meio às ondas ou à solidão, mas o Mestre está perto. Entregue-Lhe o leme. Posso afirmar: foi a decisão mais acertada da minha vida.
O Senhor é fiel!
Nenhum comentário:
Postar um comentário