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Entre a Folia e a Fé: Um Balanço Teológico sobre o Carnaval


De um modo em geral, carnaval é a festa que dá vazão aos apetites carnais, promovendo excessos de todo tipo, como gula, embriaguez e orgias sexuais, que afetam a dignidade humana, além de resultar em um significativo aumento nos casos de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez indesejada, sem falar nos casos de infidelidade conjugal que terminarão em divórcio. Há também um espantoso aumento do uso e abuso de álcool e drogas nos dias de carnaval, gerando inúmeros casos de intriga, violência e mortes nos salões, nas ruas e no trânsito. Mulheres nuas, homens fantasiados de mulher ou de bebê com frauda e chupeta, pessoas com fantasias diabólicas e medonhas, um descalabro total que promove tudo o que é ridículo, estúpido, leviano, vergonhoso e extravagante. Uma festa que costumeiramente termina em amargas cinzas. No passado, as máscaras de carnaval serviam para ocultar a identidade daqueles que queriam cair na folia sem comprometerem sua imagem pública, enquanto que, para agravar ainda mais a situação, nos dias de hoje, a hipocrisia parece ter dado lugar ao descaramento total, sinal da degradação moral da sociedade.


Participar do Carnaval é, no mínimo, compactuar com estes males e expor-se à inúmeras tentações perigosas.  Não adianta orar “não nos deixes cair em tentação” quando nós mesmos damos lugar ao diabo, indo ao seu encontro. “Pode alguém andar sobre brasas sem queimar os pés?” (Pv 6:28).  O Apóstolo Paulo adverte os cristãos dizendo que se eles andarem segundo a carne, certamente morrerão (Rm 8.13). Ele ainda os exorta, dizendo: “vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.” (1 Co 10:21). Portanto, “não dêem lugar ao Diabo (Ef 4:27)  e “fujam das paixões da mocidade (2 Tm 2.22). Pedro igualmente adverte: “sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.” (1 Pe 5.8). 

Comentários

  1. Bom texto. Já tenho mais de trinta anos de caminhada cristã e hoje percebo uma degradação no nível do cristianismo! Antes trabalhávamos para tentar convencer os não cristãos sobre os males morais do Carnaval, e apresentando os princípios bíblicos tentávamos conscientizar sobre essa festividade! Atualmente, temos mais dificuldade de convencer "cristãos" sobre a pecaminosidade do Carnaval, do que antes com os descrentes! Com frequência ouço/vejo "cristãos" alegarem não ver problema algum de se servir a Cristo e compactuar com o Carnaval - "o importa é o coração"!!! Que Deus tenha misericórdia da sua Igreja.

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