Em 1962, aquela que seria minha irmã mais velha acabou falecendo durante o parto. Imagine o que não foi para minha mãe regressar para casa e ainda ter que contemplar o berço que com tanto carinho havia sido montado para acolher a sua tão esperada filha. Foi aí que sua vizinha, Vicência, que também era a sua melhor amiga, pegou sua filhinha, que tinha poucos meses de vida e que era carinhosamente chamada de Naninha, e a colocou no colo de minha mãe e disse: “Frieda, não fica assim tão triste, pois a Naninha, a partir de agora, é sua filha também”. Minha mãe voltou a engravidar. Meses depois do meu nascimento, a Naninha ficou gravemente enferma e veio a falecer. E, para piorar ainda mais a situação, Vicência não podia mais engravidar. Então, foi a vez de minha mãe visitá-la e me colocar em seus braços, e dizer a ela: “Querida amiga, não fica assim tão triste, pois, a partir de agora, esse também será seu filho” Assim foi que passei a ter duas preciosas e amadas mães, uma natural e ...