O mesmo espírito que anima a teologia da prosperidade é o que impulsiona a febre das apostas esportivas (bets) que se espalham pelo Brasil e pelo mundo. Ambos exploram o desejo humano de mudança imediata, prometendo riquezas fáceis e soluções instantâneas para os desafios da vida. A teologia da prosperidade transforma a fé em um investimento de retorno garantido, onde o fiel é levado a “semear” ofertas esperando uma colheita multiplicada. Da mesma forma, as apostas iludem seus participantes com a ideia de que um simples palpite pode reescrever seu destino financeiro.
No fundo, ambos alimentam uma cultura de esperança vazia, onde o esforço, a disciplina e os princípios bíblicos de fidelidade, trabalho e contentamento são substituídos por uma mentalidade de “tudo ou nada”. Essa ilusão é especialmente perigosa porque aprisiona as pessoas em um ciclo de frustração e dependência, afastando-as da verdadeira fonte de provisão e segurança: Deus.
O resultado é um povo que, em vez de buscar sabedoria e diligência, vive à mercê da sorte e do engano, escravizado por falsas promessas. A teologia da prosperidade promete bênçãos que Deus nunca garantiu, e as apostas vendem uma ilusão estatisticamente improvável. Ambas corrompem a verdadeira fé, desviando o coração do contentamento em Cristo para a obsessão pelo dinheiro.
No fim das contas, a fé que aposta na sorte e a fé que aposta no dinheiro têm o mesmo destino: a frustração daqueles que confiaram em promessas vazias.
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